Educação física escolar e corpo: propostas metodológicas e PCNs

  • Edinéia de Fátima Orvath CESUMAR
  • Vilson Aparecido da Mata CESUMAR
Palavras-chave: escola, corpo, metodologias

Resumo

A Educação Física Escolar é uma disciplina que necessariamente utiliza-se do corpo, e como conseqüência, do movimento. Assim, ela poderia contribuir de modo mais efetivo se vinculasse aos seus trabalhos elementos que munissem seus alunos de conhecimentos, por exemplo, sobre Saúde e Qualidade de Vida. A presente pesquisa, caracterizada como um estudo bibliográfico, tem como objetivo relacionar as propostas metodológicas das décadas de oitenta e noventa com as regulamentações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), na busca de um referencial de democratização, humanização e diversificação da prática pedagógica, compreendendo as concepções de corpo expressas por eles. Os Parâmetros Curriculares Nacionais são uma proposta aberta em educação e trazem a abordagem do corpo como um sistema integrado, não havendo separação entre corpo e mente. No corpo se visualiza a imagem social do aluno, seus fatores econômicos, alimentares, raciais e também fisiológicos, de modo que se pode entender como o corpo sobrevive, como ele se mantém vivo, como respiramos e nos alimentamos. A área de Arte nos traz um conceito cultural de corpo, o qual permite concluir em qual cultura esse corpo está inserido. Para este estudo se utilizam as seguintes propostas metodológicas: a meetodologia aberta, de Reiner Hildebrandt, segundo a qual as aulas de Educação Física devem ser voltadas ao movimento, e não somente às técnicas, preocupando-se com o modo de trabalhar, acessar e tornar os conteúdos significativos para os alunos; a metodologia crítico-superadora, trazida pelo Coletivo de Autores e Valter Bracht, pela qual as aulas devem ser voltadas à cultura corporal encontrada nos esportes, nos jogos, na ginástica e na dança, na significação dos conteúdos coerente e útil para a realidade; a metodologia crítico-emancipatória, de Elenor Kunz, que procura levar o aluno a se constituir como um ser pensante, devendo as aulas ser voltadas ao movimento humano e suas transformações sociais; a metodologia sociológico-sistêmica de Mauro Betti, segundo a qual as aulas propõem a interação entre os alunos, pois a sociedade está constantemente se transformando e a escola deve acompanhar essa modificação; e por fim, a Ciência da Motricidade Humana, de Manuel Sérgio, em que o movimento deve conter uma intencionalidade. O que pode se encontrar nessas propostas metodológicas é a importância que se dá ao movimento humano e à cultura corporal, como também à mediação do professor para o desenvolvimento do conhecimento histórico produzido e do conhecimento vivenciado pelos alunos.

Biografia do Autor

Edinéia de Fátima Orvath, CESUMAR
Acadêmica do Curso de Educação Física do CESUMAR – Centro Universitário de Maringá, Bolsista do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do CESUMAR (PROBIC) – E-mail: edineia81@hotmail.com
Vilson Aparecido da Mata, CESUMAR
Orientador e Docente do curso de Educação Física do CESUMAR – Centro Universitário de Maringá – E-mail: vdamata@uol.com.br; vdamata@ufpr.br
Publicado
2007-08-20
Seção
Artigos Originais