Identidade Étnica Africana- Escravidão e Liberdade em Minas Gerais, Século XVIII

  • Mariana Bracks Fonseca Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
  • Eduardo França Paiva Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
Palavras-chave: Identidade Étnica, Escravidão, Mestiçagem.

Resumo

O presente estudo pretende analisar como a sociedade colonial mineira via e interpretava os africanos e seus descendentes no que tange à identidade étnica. Como os designadores étnicos foram formulados e operados na documentação do século XVIII, qual eram os significados atribuídos aos nomes de Nações africanas no contexto da escravidão brasileira, qual era a distinção feita entre “pretos”, “pardos” e “brancos” e o que tais denominações simbolizavam no universo cultural em questão. Foram pesquisados os documentos da Câmara Municipal de Ouro Preto, entre os anos 1716 e 1732, encontrados no Arquivo Público Mineiro, principalmente as listas nominativas para o pagamento do Real Donativo, que revelam o nome, cor, profissão e número de escravos de cada habitante livre da Comarca de Ouro Preto, consideradas assim como uma radiografia dessa sociedade, em que se percebem as relações raciais tecidas. Somam-se ainda a discussão científica do conceito de etnicidade e sua construção histórica e ideológica e o consequente reflexo de tais teorias nas atitudes dos atores sociais da colônia brasileira, bem como a adequação desse conceito atualmente.

Biografia do Autor

Mariana Bracks Fonseca, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Mestranda em História Social pela Universidade de São Paulo- USP. Email: maribracks@hotmail.com
Eduardo França Paiva, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
Docente do departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. E-mail: edupaiva@ufmg.br
Publicado
2010-06-16
Seção
Artigos de Iniciação Científica