MÉTRICA PROPOSTA PARA VALORAÇÃO DE ÁREAS AMBIENTAIS

  • Lucas José Machado dos Santos Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de São Paulo (campus Ribeirão Preto) FEA USP-RP
  • Maisa de Souza Ribeiro Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de São Paulo (campus Ribeirão Preto) FEA USP-RP
Palavras-chave: Contabilidade, Contabilidade emergética, Custo de oportunidade

Resumo

O objetivo é propor a métrica de valoração de Reservas Legais (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP) em propriedades agrícolas, com a premissa de que as áreas ambientais estejam no seu estado natural e ainda livres dos efeitos antrópicos. Foi utilizado o método de Custo de Oportunidade (CO), Contabilidade Emergética e Curva Ambiental de Kuznets (CAK). A métrica constitui-se da soma do valor do CO ao Valor Total do Bioma (VTB). O valor do CO é descontado pelo risco do negócio analisado. O VTB é estimado pela Contabilidade Emergética, considerou-se a área do hectare preservado, ou conservado, em RL e/ou APP, e a área remanescente de cada bioma terrestre brasileiro estudado. O VTB é ponderado pela CAK e esta, estimada pela variação dos preços da cultura agrícola analisada. Visando à sua validação, estimou-se a área preservada APP’s, ou conservada em hectares de RL de cada bioma terrestre brasileiro, referente às dez culturas agrícolas que possuem maior área plantada. Das culturas utilizaram-se dados sobre os valores brutos de produção, a variação dos preços em média nacional e a extensão territorial das unidades federais brasileiras, assim como dados dos biomas terrestres brasileiros, referentes às suas áreas totais e áreas remanescentes preservadas. Aplicou-se a métrica em biomas preservados em nível nacional e sobre cinco culturas reais de dados coletados de empresas agrícolas.

Biografia do Autor

Lucas José Machado dos Santos, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de São Paulo (campus Ribeirão Preto) FEA USP-RP
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de São Paulo (campus Ribeirão Preto) FEA USP-RP, Brasil.
Maisa de Souza Ribeiro, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de São Paulo (campus Ribeirão Preto) FEA USP-RP
Doutora em Controladoria e Contabilidade. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação da FEA-RP/USP, Brasil

Referências

AGROLINK. Disponível em <http://www.agrolink.com.br/Default.aspx>. Acesso em: 02 mar. 2012.

BEDER, S. Environmental economics and ecological economics: the contribution of interdisciplinarity to understanding, influence and effectiveness. Environmental Conservation, Australia, v, 38, p. 140-150, 2011.

BOTTON, L. O. S. O Desmatamento das Florestas Nativas como Decorrência das Falhas de Mercado. 2008. Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/o-desmatamento-das-florestas-nativas-como-decorr%C3%AAncia-das-falhas-de-mercado>. Acesso em: 2 set. 2012.

BRÄUER, I. et al. The Use of Market Incentives to Preserve Biodiversity. 2006. Disponível em: <http://www.ecologic.de/download/projekte/1750-1799/1750/1750-11_use_of_market_incentives_to_preserve_biodiversity.pdf>. Acesso em: 14 out. 2011.

CAVALETT, O.; ORTEGA, E. Emergy, nutrients balance, and economic assessment of soybean production and industrialization in Brazil. Journal of Cleaner Production, v. 17, p. 762-771, 2009.

CHIABAI, A.; TRAVISI, C. M.; MARKANDYA, A.; DING, H.; NUNES, P. A. L. D. Economic Assessment of Forest Ecosystem Services Losses: Cost of Policy Inaction. Revista: Environmental Resource Economics, 2011.

COSTANZA, R.; Daly, H. E.; Folke, C.; Hawken, P.; Holling, C. S.; McMichael, A. J.; Pimentel, D.; Rapport, D. Managing our environmental portfolio. BioScience, v. 50, n. 2, p. 149–155, 2000.

DIETZ, T.; ROSA, E. A.; YORK, R. Environmentally efficient well-being: Is there a Kuznets curve? Journal: Applied Geography, v. 31, p. 21-28, 2012.

FERREIRA, A. C. S. Contabilidade ambiental: uma informação para o desenvolvimento sustentável. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

GROSSMAN, G.; KRUEGER, A. Economic growth and the environment. Quarterly Journal of Economics, v. 110, p. 353–377, 1995.

HAU, J. L.; BAKSHI, B. R. Promise and problems of emergy analysis. Ecological Modelling, Ohio State University, Columbus, Ohio, v. 178, p. 212-225, 2004.

HUANG, S.; ODUM, H.T. Ecology and economy: emergy synthesis and public policy in Taiwan. Environmental Management, v. 32, p. 313-333, 1991.

IBGE. Sistema IBGE de recuperação automática – SIDRA 2012. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/CD2010ETRD/default.asp>. Acesso em: 14 jul. 2012.

PMDBBS. Projeto de monitoramento do desmatamento dos biomas brasileiros por satélite 2011. Disponível em: <http://siscom.ibama.gov.br/monitorabiomas/index.htm>. Acesso em: 28 out. 2012.

KAHNEMAN, D.; HALL, R. Aspects of investor psychology–beliefs, preferences and biases investment advisors should know about. Journal of Portfolio Management, v. 24, n.4, 1998.

MIRANDA, E. E.; CARVALHO, C. A.; SPADOTTO, C. A.; HOTT, M. C.; OSHIRO, O. T.; HOLLER, W. A. Alcance Territorial da Legislação Ambiental e Indigenista.Campinas: Embrapa Monitoramento por Satélite, 2008. Disponível em:

<http://www.alcance.cnpm.embrapa.br/>. Acesso em: 13 out. 2011.

MOTTA, R. S. Manual para Valoração Econômica de Recursos Ambientais. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. 1998.

ODUM, H.T. Systems Ecology: An Introduction. John Wiley, NY, p. 644. 1983. (revised in 1994. Ecological and General Systems: An Introduction to Systems Ecology. Univ. Press of Colo., P.O. Box 849, Niwot 80544).

ODUM, H.T. Self-organization, transformity and information. Science, v. 242, p. 1132–1139, 1988.

ODUM, H.T. Ecological and General Systems: An Introduction to Systems Ecology. University Press of Colorado, USA, 1994.

ODUM, H.T. Environmental accounting, emergy and decision-making. New York: J. Wiley, 1996. 370p.

PEREIRA, L.; ORTEGA, E. A modified footprint method: The case study of Brazil. Ecol. Indicat., 2012. doi:10.1016/j.ecolind.2011.06.016.

RONCON, T. J. Valoração ecológica de áreas de preservação permanente. 2011 (Dissertação de Mestrado) - UFSCar, São Carlos, 2011.

SELDEN, T. M.; SONG, D. Environmental Quality and Development: Is there a Kuznets Curve for Air Pollution Emissions? Journal of Environmental, 1994.

STERN, D. I.; COMMON, M. S.; BABBIER, E. B. Economic growth and environmental degradation. World Development, v. 24, p. 1151-1160, 1996.

SUKHDEV, P.; TEEB. The Economics of Ecosystems and Biodiversity: Mainstreaming the Economics of Nature: A synthesis of the approach, conclusions and recommendations of TEEB. 2010.

VAN DEN BERGH, J. C. J. M. Ecological economics: themes, approaches, and differences with environmental economics. Tinbergen Institute Discussion Paper, Department of Spatial Economics, Free University: Amsterdam, 2000.

VIANA, Ricardo J. A. L. O efeito da miopia e a aversão à perda nas decisões de risco. 2005. Dissertação (Mestrado em Economia) – Departamento de Economia, Universidade de Brasília, Brasília, DF.

Publicado
2017-12-12
Seção
Meio Ambiente