ATIVIDADE DE BIOEXTRATOS NO DESENVOLVIMENTO DE PHOMOPSIS PHASEOLI VAR. SOJAE, FUSARIUM SP. E NO TRATAMENTO DE SEMENTES DE SOJA

  • Luiz Carlos Pascuali Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT
  • José Wilson Pires Carvalho Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Aniele Arvani Souza Universidade do Estado de Mato Grosso –UNEMAT
  • Larissa Regina Ballerini Gonçales Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT.
  • Armando da Silva Filho Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT
Palavras-chave: Alho, Cebola, Controle fúngico, Extração hidroalcoólica, Meio ambiente

Resumo

As doenças de plantas são responsáveis por perdas econômicas em todos os cultivos, afetam as plantas no campo e as sementes durante o armazenamento. Diferentes técnicas de controle de patógenos são utilizadas para minimizar impactos negativos, entre elas têm-se usado bioextratos, os quais se apresentam como alternativas desejáveis comparados ao controle químico convencional. O presente estudo objetivou avaliar a atividade antifúngica in vitro e in vivo de extratos de pinhão manso (Jatropha curcas L.), cipreste (Cupressus sp.) e tiririca (Cyperus rotundus L.), alho (Allium sativum L.) cebola (Allium cepa L.) e gengibre (Zingiber officinalis L.) com diferentes processos de elaboração, contra Phomopsis phaseoli var. sojae, Fusarium sp., e a influência na germinação e no vigor de sementes de soja. Os bioextratos foram preparados utilizando-se 40 g de plantas (in natura e seco a 55± 2°C) e solução água-metanol (1:3). Os extratos, após filtrados e evaporado o álcool, foram divididos em duas frações, uma delas foi autoclavada e ambas aplicadas nos isolados de culturas puras e diretamente nas sementes de soja. A secagem promoveu melhora na eficiência dos bioextratos de alho, cebola e gengibre no controle in vitro de Phomopsis phaseoli var. sojae enquanto que os de cipestre e pinhão manso foram menos efetivos. A autoclavagem resultou em perda da capacidade fungitóxica do bioextrato de alho, enquanto no de cebola afetou negativamente o vigor das sementes a 10% v/v. O extrato de alho seco não autoclavado controlou eficientemente o desenvolvimento de Phomopsis phaseoli var. sojae in vitro. Os demais bioextratos não apresentaram eficiência significativa no controle dos patógenos. Todos os bioextratos conferiram à semente de soja índice de germinação inferior quando comparado ao tratamento com Carbendazin+Tiran. O bioextrato de cebola, gengibre ambos in natura não autoclavado e de tiririca desidratada não autoclavado melhoraram significativamente o percentual de plântulas normais, comparado à testemunha. Entretanto, os bioextratos não diminuíram a contaminação das sementes por Fusarium spp. e Phomopsis phaseoli var. sojae. Portanto, o processo de autoclavagem é uma etapa importante podendo afetar de maneira diferente a eficiência dos bioextratos estudados, assim como o processo de secagem da matéria vegetal antes da preparação dos bioextratos.

Biografia do Autor

Luiz Carlos Pascuali, Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT
Engenheiro Agrônomo: Doutorado em Ciência e Tecnologia de Sementes e Professor Doutor da Universidade do Estado de Mato Grosso – Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial
José Wilson Pires Carvalho, Universidade do Estado de Mato Grosso
Professor Doutor da Universidade do Estado de Mato Grosso – Curso de Engenharia de Alimentos e Produção Agroindustrial.
Aniele Arvani Souza, Universidade do Estado de Mato Grosso –UNEMAT
Acadêmica da Universidade do Estado de Mato Grosso – Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial
Larissa Regina Ballerini Gonçales, Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT.
Acadêmica da Universidade do Estado de Mato Grosso – Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial
Armando da Silva Filho, Universidade do Estado de Mato Grosso-UNEMAT
Graduado em Ciência da Computação: Mestrado em Física Ambiental e Professor Mestre da Universidade do Estado de Mato Grosso – Curso de Ciência da Computação
Publicado
2018-06-29
Seção
Meio Ambiente