UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES TIPOS E CONCENTRAÇÕES DE CALDAS NUTRICIONAIS EM ATRIBUTOS AGRONÔMICOS DA ALFACE

  • Taísa Vargas Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó
  • Tânia Regina Pelizza Autônoma
  • André Luiz Radunz Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó
  • Janaína Muniz Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC Campus Lages
  • Daniele Casal Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó
  • Siumar Pedro Tironi Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó
Palavras-chave: Biofertilizante, Calda bordalesa, Húmus líquido, Lactuca sativa, Microgeo®.

Resumo

Objetivou-se avaliar o efeito da utilização de distintos tipos e concentrações de caldas nutricionais em atributos agronômicos da alface. O experimento foi conduzido em canteiros, em uma propriedade rural no município de Ronda Alta, (RS), de agosto a outubro de 2016. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com sete tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos utilizados foram: calda bordalesa a 0,1 e 0,5%; húmus líquido a 2,5% e 5%; Microgeo® a 0,5% e 1,0%; testemunha. As variáveis analisadas foram: altura da parte aérea, comprimento do sistema radicular, perímetro da parte aérea, matéria seca da parte aérea e do sistema radicular e redução de peso. Para a variável altura da parte aérea, o tratamento com calda bordalesa a 0,5% apresentou resultado superior ao tratamento com o uso de Microgeo® a 0,5 %. Para o comprimento da raiz o tratamento com húmus líquido a 5% igualou-se ao tratamento húmus líquido a 2,5%, sendo aquele superior aos demais. Para a matéria seca do sistema radicular, o uso de húmus líquido e Microgeo®, em ambas as concentrações, apresentaram os melhores resultados. Para a redução de peso da alface, a calda com húmus líquido e calda bordalesa a 0,5% apresentaram os melhores resultados. Assim, diante dos resultados obtidos com a condução deste trabalho, indica-se o uso de caldas nutricionais para o cultivo de alface. Sobre os atributos agronômicos, o uso de húmus líquido (2,5% e 5%) promove maior comprimento de raízes e menor redução do peso da alface.

Biografia do Autor

Taísa Vargas, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó
Engenheira agrônoma, Autônoma
Tânia Regina Pelizza, Autônoma
Doutora em Agronomia, Autônoma
André Luiz Radunz, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó
Doutor em Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Chapecó
Janaína Muniz, Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC Campus Lages
Doutora em Produção Vegetal, Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC-Lages
Daniele Casal, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó
Graduanda em Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Chapecó
Siumar Pedro Tironi, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó
Doutor em Fitotecnia, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Chapecó

Referências

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Publicado
2019-09-30
Seção
Agronegócio