Subjetividade e Cooperativismo: no Contexto de uma Cooperativa Pautada nos Princípios da Economia Solidária

  • Mariane Lemos Lourenço Universidade Federal do Paraná - UFPR
Palavras-chave: cooperativismo, subjetividade, autogestão

Resumo

Muitos seriam os desafios a serem percorridos dentro da economia solidária, que requerem transformações subjetivas. Nesta pesquisa, são modos de subjetividade constituídos nas interações sociais no âmbito da cooperativa estudada a CooperSol, que se mostrou, por meio de observações e depoimentos, um espaço de expressão da subjetividade do trabalhador cooperado em relação à autogestão e ao tempo de trabalho. Através do desafio da autogestão, os cooperados conquistam direito à voz e voto. Na CooperSol o tempo de trabalho também poderia ganhar em sua dimensão qualitativa, subjetiva, considerando as várias dimensões do cotidiano. Entretanto, como em qualquer manifestação humana, na CooperSol também ocorriam conflitos, que eram ao menos externados e discutidos em reuniões. Assim, não obstante as suas dificuldades, a CooperSol indica que, na medida em que as pessoas organizam e estruturam um empreendimento solidário, organizam e estruturam a si mesmas subjetivamente.

Biografia do Autor

Mariane Lemos Lourenço, Universidade Federal do Paraná - UFPR
Docente Adjunta do Departamento de Administração Geral e Aplicada da Universidade Federal do Paraná - UFPR; Doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo - USP/SP; Mestre em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo - USP/SP; E-mail: marianellourenco@ufpr.br
Publicado
2012-04-10
Seção
Artigos Originais