Educação permanente e qualificação profissional para atenção básica

  • Kênia Souto Moreira Universidade Estadual de Montes Claros, Departamento de Saúde Mental e Coletiva, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Cuidado Primário em Saúde, Montes Claros, MG, Brasil.
  • Cássio de Almeida Lima Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Saúde, Sociedade e Ambiente, Diamantina, MG, Brasil.
  • Maria Aparecida Vieira Universidade Estadual de Montes Claros, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Cuidado Primário em Saúde. Montes Claros, MG, Brasil.
  • Simone de Melo Costa Universidade Estadual de Montes Claros, Departamento de Odontologia, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Cuidado Primário em Saúde. Montes Claros, MG, Brasil.
Palavras-chave: Desenvolvimento de pessoal, Avaliação de serviços de saúde, Qualidade da assistência à saúde, Atenção primária à saúde

Resumo

Objetivou-se analisar a avaliação das equipes de saúde da família quanto aos itens educação permanente e qualificação profissional para Atenção Básica. Pesquisa quantitativa, transversal e analítica, realizada em município polo ao norte de Minas Gerais. Os dados de 75 equipes foram coletados a partir da autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade da atenção básica, em 2014. Consideraram-se dois itens de padrão de qualidade em educação permanente e qualificação. A análise estatística foi realizada no Software IBM SPSS 22.0. Processaram-se análises bivariadas considerando o nível de significância p<0,05. Predominou a autoavaliação positiva, com média de 15,2 pontos, sendo 53,3% das equipes classificadas no padrão muito satisfatório, 26,7% satisfatório e 20,0% regular, com melhor classificação para as equipes da zona urbana comparadas às rurais (p<0,05). A educação permanente ainda não se efetivou no cotidiano dos pro¬fissionais. Sugere-se incentivar a qualificação profissional para aquisição de competências e habilidades na atenção básica.

Biografia do Autor

Kênia Souto Moreira, Universidade Estadual de Montes Claros, Departamento de Saúde Mental e Coletiva, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Cuidado Primário em Saúde, Montes Claros, MG, Brasil.
Enfermeira. Mestre em Cuidado Primário em Saúde, Universidade Estadual de Montes Claros. Montes Claros, MG, Brasil.
Cássio de Almeida Lima, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Saúde, Sociedade e Ambiente, Diamantina, MG, Brasil.
Enfermeiro. Mestrando, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Saúde, Sociedade e Ambiente, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Diamantina, MG, Brasil.
Maria Aparecida Vieira, Universidade Estadual de Montes Claros, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Cuidado Primário em Saúde. Montes Claros, MG, Brasil.
Enfermeira. Doutora em Ciências. Professora, Programa de Pós-graduação em Cuidado Primário em Saúde, Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Montes Claros. Montes Claros-MG, Brasil.
Simone de Melo Costa, Universidade Estadual de Montes Claros, Departamento de Odontologia, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Cuidado Primário em Saúde. Montes Claros, MG, Brasil.
Cirurgiã-Dentista. Doutora em Odontologia-Saúde Coletiva. Professora, Programa de Pós-graduação em Cuidado Primário em Saúde, Departamento de Odontologia, Universidade Estadual de Montes Claros. Montes Claros-MG, Brasil.

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Publicado
2017-07-21
Seção
Artigos Originas - Promoção da Saúde