Percepção da autoimagem corporal em dependentes de crack

  • Alexandre Dido Balbinot
  • Renata Brasil Araujo
Palavras-chave: Imagem corporal, Cocaína crack, Antropometria.

Resumo

Este estudo objetivou analisar a imagem corporal, a composição corporal e fatores associados em dependentes de crack internados. Trata-se de um estudo quantitativo com delineamento transversal composto por 100 sujeitos hospitalizados para desintoxicação. Para a coleta de dados foram utilizados como instrumentos: ficha de dados sociodemográficos; escala de Silhuetas e avaliação antropométrica. Observou-se Índice de Massa Corporal médio de 24,01 kg/m² (±3,65), distorção da imagem de -1,48 (±1,80), e insatisfação corporal de 2,13 (±2,85). A análise estatística mostrou diferença significativa entre a imagem da silhueta real e a imagem da silhueta atual dos sujeitos (χ2=153,25; p<0,001). Concluiu-se que existe diferença entre a imagem da silhueta que os indivíduos possuem de si mesmo, quando comparada com aquela que se equipara ao seu IMC, mais que isto ficou evidente a existência de insatisfação dos sujeitos quanto às suas silhuetas, assim como o desejo que seu tamanho corporal fosse aumentado.

Biografia do Autor

Alexandre Dido Balbinot
Educador Físico. Mestre em Saúde Coletiva (UNISINOS) - Especialista em Saúde Mental Coletiva (RIS/ESP/HPSP) - Especialista em Avaliação e Prescrição de Treinamento Físico Personalizado com Ênfase na Saúde e/ou Rendimento Esportivo (ESEF/UFRGS). Professor Especialista do Centro de Atendimento Educacional Especializado de Cachoeirinha/RS
Renata Brasil Araujo
Psicóloga. Doutora em Psicologia. Coordenadora dos Programas de Dependência Química e Terapia Cognitivo-Comportamental do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Porto Alegre (RS), Brasil.

Referências

Hughes EK, Gullone E. Emotion regulation moderates relationships between body image concerns and psychological symptomatology. Body Image. 2011;8(3):224–31.

Kakeshita IS, Silva AIP, Zanatta DP, Almeida SS. Construção e fidedignidade teste-reteste de escalas de silhuetas brasileiras para adultos e crianças. Psic.: Teor. e Pesq. 2009;25(2):263-70.

Saviola MG. A imagem corporal. Rev. Bras. Psiquiatr. 2003;25(2): 126-126.

Skopinski F, Resende TL, Schneider RH. Imagem corporal, humor e qualidade de vida. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 2015; 18(1): 95-105.

Alvarenga MS, Philippi ST, Lourenço BH, Sato PM, Scagliusi FB. Insatisfação com a imagem corporal em universitárias brasileiras. J. bras. psiquiatr. 2010; 59(1):44-51.

Morgano FFR, Ferreira MEC, Alexandrino DFL, Amaral ACS. Escala de silhuetas bidimensionais para avaliação da satisfação corporal do cego. Anais da XVI CONBRACE e III CONICE. 2009; 1-10, Salvador, Brasil. CONBRACE/CONICE; 2009.

Barros DD. Imagem corporal: a descoberta de si mesmo. Hist. cienc. saude-Manguinhos, 2005;12(2):547-54.

Kakeshita IS, Almeida SS. Relação entre índice de massa corporal e a percepção da autoimagem em universitários. Revista Saúde Pública. 2006;40(3):497-504.

Damasceno VO, Lima JRP, Vianna JM, Vianna VRA, Novaes JS. Tipo físico ideal e satisfação com a imagem corporal de praticantes de caminhada. Rev Bras Med Esp. 2005;11(3):181-6.

Tylka TL. Refinement of the tripartite influence model for men: Dual body image pathways to body change behaviors. Body Image. 2011;8(3):199– 207.

Silva DAS, Nahas MV, Sousa TF, Del Duca GF, Peres KG. Prevalence and associated factors with body image dissatisfaction among adults in southern Brazil: a population-based study. Body Image. 2011; 8(4):427–31.

Klos LA, Esser VE, Kessler MM. To weigh or not to weigh: the relationship between self-weighing behavior and body image among adults. Body Image. 2012; 9(4): 551–4.

Blashill AJ. Elements of male body image: Prediction of depression, eating pathology and social sensitivity among gay men. Body Image. 2010; 7(4): 310–6.

Ochoa ACG. Reflexiones sobre el tratamiento de transtornos paranoides inucidos pconsumo de cocaína. Liberaddictus. 2006; 90: 3-8.

Lizasoain I, Moro MA, Lorenzo P. Cocaína: aspectos farmacológicos. Adicciones. 2002; 14(1):37-45.

Balbinot AD, Alves GSL, Junior AFA, Araujo RB. Perfil antropométrico de dependentes de crack hospitalizados para desintoxicação. Revista HCPA. 2011; 31(3): 311-317.

Sichieri R, Moura EC. Análise multinível das variações no índice de massa corporal entre adultos. Rev. Saúde Pública. 2006; 43(2): 90-7.

Langoni POO, Aerts DRGC, Alves GG, Câmara SG. Insatisfação com a imagem corporal e fatores associados em adolescentes escolares. Diaphora. 2014; 12(1):23-30.

Dobmeyer AC, Peterson AL, Runyan CR, Hunter CM, Blackman LR. Body image and tobacco cessation: relationships with weight concerns and intention to resume tobacco use. Body Image. 2005; 2(2):187–92.

SENGIK AS, SCORTEGAGNA, SA. Consumo de drogas psicoativas em adolescentes escolares. Psic: Rev da Vetor Editora. 2008; 9(1):73-80.

Balbinot AD, Alves GS, Junior AFA, Araujo RB. Associação entre fissura e perfil antropométrico em dependentes de crack. Online Jornal Bras Psiq. 2011;60(3).

Oliveira LG, Nappo SA. Crack-cocaine in São Paulo: accessibility, market strategies and ways of use. Rev Psiq Clín. 2008; 35(6):212-8.

Araujo RB, Pansard M, Boeira BU, Rocha NS. As estratégias de coping para o manejo da fissura de dependentes de crack. Revista HCPA. 2010;30(1): 36-42.

Silva RS, Ferreira VL. Avaliação da auto-imagem em frequentadores de academia do interior do Rio Grande do Sul. Encontro: Revista de psicologia. 2013;16(24):23-30.

Pope HG, Gruber AJ, Mangweth B, Decol C, Jouvent R, Hudson JI. Body image perception among men in three countries. Psychiatry. 2000;157(8):1297-1301.

Almeida, FDJF. Perfil Antropométrico de Dependentes Químicos em Tratamento na Casa de Acolhida–Chácara São Miguel Arcanjo. Revista Ceuma Perspectivas. 2017; 28(2):18-25.

Pinto ACS, Beserra EP, Luna IT, Bezerra, LLDAL, Pinheiro PNDC. Educational practice with young crack users aiming the prevention of HIV/AIDS. Escola Anna Nery.2016; 20(3).

Massaroli LC, Santos LC, Carvalho GG, Carneiro SAJ, Rezende LF. Qualidade de vida e o imc alto como fator de risco para doenças cardiovasculares: revisão sistemática. Revista da Universidade Vale do Rio Verde. 2018; 16(1): 1-10.

Publicado
2018-05-02
Seção
Artigos Originais