Maria do Ingá: A Construção do Mito Fundador de Maringá

  • Selson Garutti SEED PR
  • Ana Barbosa de Souza
Palavras-chave: Folclore, Folkcomunicação, Lenda Maria do Ingá

Resumo

Os estudos sobre cultura popular, tradições, costumes, crenças, várias formas de artes, entre outras, permitem compreender a formação de um povo, sua história, suas raízes, o comportamento dele e sua identidade. No entanto, para compreender esse universo, é necessário resgatar o passado a que, na maioria das vezes, muitos não dão a devida importância. Tratam, muitas vezes, com menosprezo ou simplesmente acreditam que o que importa mesmo é o futuro e, consequentemente, esse desapreço para com fatos memoriais faz com que não se reconheça a identidade de um povo. A história da origem do nome da cidade de Maringá é um exemplo disso. Muitos maringaenses natos não conhecem a história da origem do nome da cidade onde nasceram. No entanto existem muitas versões, seja na visão dos pioneiros, autores, historiadores ou pessoas comuns. Esse desencontro acontece porque tudo se origina de uma lenda paraibana em que uma jovem cabocla muito bonita, “Maria do Ingá”, retirante da seca do Nordeste, deixou, saudoso, um caboclo apaixonado. Mais tarde a lenda foi contada nos versos da canção “Maringá”, do compositor e médico mineiro, Joubert de Carvalho. A partir do referencial teórico de Brandão (2006), o objetivo deste trabalho foi investigar essa lenda como objeto folkcomunicativo, ou seja, em nível popular, e como ela faz parte da história da cidade como memória no imaginário do maringaense.

Biografia do Autor

Selson Garutti, SEED PR
Graduando em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Mestre em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade de São Paulo (PUCSP). Doutor em Educação pela Universidade de Ponta Grossa (UEPG). Professor de filosofia do Estado do Paraná pela SEED
Ana Barbosa de Souza
Graduada em Comunicação Social pelo Centro Universitário Cesumar - Unicesumar. Acadêmica do curso de Tecnologia em Comunicação Institucional da Universidade Federal do Paraná (UFPR). E-mail:
Publicado
2016-08-03
Seção
Artigos Originais