Principais dificuldades identificadas no aprendizado de química: uma busca na literatura
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9192.2025v27e12955Palavras-chave:
Aprendizado de Química, BNCC, Dificuldades Educacionais, Ensino Médio, Estratégias PedagógicasResumo
Este artigo apresenta uma revisão integrativa da literatura acadêmica nacional e internacional, com o objetivo de identificar, de forma mais detalhada e sistemática, as principais dificuldades enfrentadas por estudantes no aprendizado de Química no Ensino Médio. A pesquisa fundamenta-se fortemente nos documentos oficiais brasileiros, em especial a Base Nacional Comum Curricular (BNCC – Brasil, 2018), considerando a necessidade de articular teoria e prática pedagógica. Além disso, explora de modo robusto os critérios de inclusão e exclusão utilizados em estudos que abordam dificuldades de aprendizagem, ressaltando como publicações fragmentadas podem comprometer a síntese dos achados. São analisadas barreiras conceituais, afetivas e metodológicas, destacando-se a influência de concepções equivocadas, da ansiedade acadêmica e da desconexão entre conteúdos e contextos reais de aplicação. Em consonância com as recomendações da BNCC, o texto elabora um panorama ampliado das intervenções pedagógicas – desde metodologias ativas, tecnologias digitais, até a gamificação – apresentando evidências empíricas de sua eficácia. Por fim, são discutidas contribuições para a formação continuada de professores e sugestões para pesquisas futuras, de modo a oferecer subsídios para que docentes alinhem suas práticas às diretrizes oficiais e superem as barreiras identificadas.
Referências
ALENCAR, L. A.; PEREIRA, F. A. Jogo de tabuleiro como ferramenta para ensino de propriedades periódicas. Revista de Química Educacional, v. 15, n. 2, p. 112–128, 2021.
BENNETT, J.; LUBBEN, F. Context-based Chemistry: The Salters approach. International Journal of Science Education, v. 28, n. 9, p. 999–1015, 2006. DOI: https://doi.org/10.1080/09500690600702496.
BISHOP, J. L.; VERLEGER, M. A. The Flipped Classroom: A survey of the research. In: Proceedings of the 120th American Society for Engineering Education Annual Conference & Exposition, 2013. p. 1–18.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 2018.
COSTA, M. A.; PIMENTEL, G. M. Concepções equivocadas de ligação química em estudantes do Ensino Médio: um estudo em São Paulo. Revista Eletrônica de Educação, v. 9, n. 3, p. 45–58, 2015.
COSTA, R. F.; SOUSA, P. W. Implementação do Flipped Classroom no ensino de cinética química em Pernambuco. Anais do Congresso Brasileiro de Ensino de Química, v. 22, p. 250–263, 2019.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – CNE. Resolução CNE/CEB nº 3, de 6 de dezembro de 2018. Diretrizes para a organização do Ensino Médio no Brasil, 2018.
FERREIRA, A. et al. Promoting sustainability awareness through chemistry education: A Brazilian perspective aligned with the BNCC. Journal of Science Education, v. 39, n. 15, p. 2027–2045, 2017.
FROTA, L. T.; ALMEIDA, V. M.; CARVALHO, S. R. Reducing barriers in chemistry education through teacher collaboration: A case in Minas Gerais. Brazilian Journal of Science Education, v. 17, n. 2, p. 89–110, 2021.
GABEL, D. Improving teaching and learning through chemistry education: The case for Context-based Chemistry. Journal of Chemical Education, v. 76, n. 4, p. 548–554, 1999.
HARRISON, A. G.; TREAGUST, D. F. Conceptual change using analogias e modelos: Six case studies. Journal of Research in Science Teaching, v. 37, n. 7, p. 784–821, 2000.
JOHNSTONE, A. H. Why is science difficult to learn? Things are seldom what they seem. Journal of Computer Assisted Learning, v. 7, n. 2, p. 75–83, 1991.
LYTHCOTT, J. Problem-solving and requisite knowledge of chemistry. Journal of Chemical Education, v. 67, n. 3, p. 248–252, 1990.
NAKHLEH, M. B. Why some students don’t learn chemistry: Chemical misconceptions. Journal of Chemical Education, v. 69, n. 3, p. 191–196, 1992.
NIAZ, M. Enhancing problem-solving skills in chemistry. Journal of Research in Science Teaching, v. 37, n. 3, p. 342–347, 2000.
OSBORNE, J.; COLLINS, S. Pupils’ views of the role and value of science in the school curriculum: A focus on science in secondary schools. International Journal of Science Education, v. 23, n. 5, p. 441–467, 2001.
OZMEN, H. A study on students’ misconceptions of mole concept and stoichiometry in Turkey. Chemistry Education: Research and Practice in Europe, v. 5, n. 1, p. 54–65, 2004.
POZO-SECO, A.; RIAÑO-REINA, M. Misconceptions about atomic structure: A cross-cultural study in Colombia. International Journal of Science Education, v. 40, n. 12, p. 1442–1460, 2018.
QUINTANA, C. et al. Project-based learning in chemistry: Effects on student conceptual understanding and motivation. Science Education and Technology, v. 28, n. 4, p. 345–358, 2019.
RODRIGUES, P. et al. The impact of advanced scientific calculators on student performance in stoichiometry. Journal of Chemical Education, v. 97, n. 7, p. 1805–1811, 2020.
RODRIGUES, T. et al. Use of augmented reality in the teaching of acid–base titration. Journal of Chemical Education, v. 95, n. 9, p. 1627–1630, 2018.
SILVA, M. et al. Educational games in chemistry: An innovative approach to reduce student anxiety. Journal of Chemical Education, v. 96, n. 6, p. 1245–1250, 2019.
TABER, K. S. Chemical Misconceptions: Prevention, Diagnosis and Cure. London: Royal Society of Chemistry, 2002.
TREAGUST, D. F.; DUIT, R.; FRASER, B. J. Improving Teaching and Learning in Science and Mathematics. New York: Teachers College Press, 2003.
WENGER, E. Communities of Practice: Learning, Meaning, and Identity. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Iniciação Científica Cesumar

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. A Revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.
Juntamente com o e-mail de aceite (para casos de aprovação) será encaminhado modelo da Carta de Direitos Autorais que deverá conter o nome completo dos autores, bem como dados de documentos pessoais e assinada por todos os autores e coautores envolvidos no trabalho.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution CC-BY-NC que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.




