A Influência de Fatores Climáticos e Ambientais Sobre a Saúde de Trabalhadores Florestais

  • Janaine Vosniak Batista Secretaria de Estado da Educação - SEED
  • Otávio Bezerra Sampaio Instituto Federal do Paraná - IFPR
  • Frederico Fonseca da Silva Instituto Federal do Paraná - IFPR
Palavras-chave: Ergonomia, Segurança do Trabalho, Trabalho Florestal

Resumo

Esta pesquisa teve por objetivo analisar o ambiente de trabalho nas atividades de implantação de povoamentos florestais, com a avaliação de 42 trabalhadores do coveamento, plantio e adubação, comparando os valores obtidos aos permitidos pela legislação trabalhista vigente. As condições climáticas, temperatura e iluminação solar e o fator ambiental ruído, foram analisados através de métodos científicos apropriados. As condições climáticas estavam dentro dos valores admissíveis pela Legislação (Norma Regulamentadora - NR 15, do MTE - Ministério do Trabalho e Emprego), que é de um Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo (IBUTG) de até 25°C para as atividades pesadas, o maior valor ocorreu às doze horas (21,2°C) na atividade de coveamento, não havendo necessidade de tempo de repouso. Por se tratar de ambientes abertos, a luminosidade foi considerada satisfatória, segundo a Norma Brasileira de Referência - NBR 5413/92, que avalia somente os limites mínimos (200 a 500 Lux - Unidade de medida da intensidade luminosa). Os valores foram considerados altos pela incidência de iluminação solar e os trabalhadores devem utilizar proteção contra a radiação nos horários mais quentes. A dose média diária de ruído no coveamento com motocoveador foi de 225%, com Leq (Level equivalent, Nível de Pressão Sonora Equivalente em Decibéis) de 90,8 dB, ultrapassando o limite previsto na legislação para oito horas de trabalho que é de 100% e 85 dB (NR15), porém os trabalhadores utilizaram um protetor auricular, com poder de atenuação NRRsf (Noise Reduction Rating - Subject Fit, Nível de redução do protetor auricular) de 15 dB e o Leq reduziu para 75,8 dB (condizente com a NR-15). Os níveis de ruído instantâneo apresentaram variação nas diferentes fases dos coveamento, sendo a fase de coveamento propriamente dito, a fase de maior risco auditivo com duração de 211,5 minutos e nível médio de ruído de 100,03 dB, mostrando a importância do uso contínuo do protetor auricular.

Biografia do Autor

Janaine Vosniak Batista, Secretaria de Estado da Educação - SEED
Engenheira Florestal; Engenheira de Segurança do Trabalho; Mestre em Ciências Florestais; Docente da Secretaria de Estado da Educação - SEED
Otávio Bezerra Sampaio, Instituto Federal do Paraná - IFPR
Engenheiro Florestal; Doutor em Ciências Florestais; Docente e Pesquisador do Instituto Federal do Paraná - IFPR
Frederico Fonseca da Silva, Instituto Federal do Paraná - IFPR
E
Publicado
2013-09-11
Seção
Meio Ambiente