Potencial Energético da Cama de Aviário Produzida na Região Sudoeste do Paraná e Utilizada como Substrato para a Produção de Biogás

  • Alessandra Buss Tessaro
  • Amarildo Antonio Tessaro
  • Mauricio Pereira Cantão
  • Maria Alessandra Mendes
Palavras-chave: Avicultura, Biodigestores, Biofertilizante, Biogás, Biomassa

Resumo

O processo da criação confinada gera resíduos que causam problemas ambientais e requerem um manejo diferenciado, pois pode gerar um alto impacto ambiental. Faz-se necessária uma nova disposição para os resíduos produzidos. Este trabalho avaliou o potencial energético da cama de aviário produzida na região Sudoeste do Paraná, utilizada como substrato para a produção de biogás. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, quantitativa e exploratória onde se levantou dados em bibliografias específicas sobre o assunto e a caracterização da produção avícola da região Sudoeste do Paraná. A biomassa de frango produzida foi caracterizada quimicamente e posteriormente avaliada em três tratamentos, para se determinar a capacidade de produzir biogás. Os resultados mostraram que o Sudoeste do Paraná mantém um plantel de frangos de corte de 39.173.367 cabeças/ano em 38 municípios, gerando assim 51.219,17 toneladas de biomassa na forma de cama de aviário/ano. Essa biomassa é constituída de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e sulfatos. A biomassa se mostrou capaz de produzir biogás nos três sistemas de tratamento avaliados sendo que o tratamento dois se mostrou mais viável. O biofertilizante produzido se mostrou rico em macro e micronutrientes, destacando-se nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, sódio, ferro, boro, cobre, zinco e manganês. O pH do biofertilizante variou de 6,58 a 8,02. Com isso, pode-se concluir que o uso da biomassa de cama de aviário é uma alternativa viável na produção de biogás, capaz de substituir os combustíveis tradicionais e a energia elétrica consumida nas propriedades avícolas da região Sudoeste do Paraná.

Biografia do Autor

Alessandra Buss Tessaro
Tecnóloga em Saneamento Ambiental; Doutoranda em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Amarildo Antonio Tessaro
Engenheiro Agrônomo; Mestre em Desenvolvimento de Tecnologia pelo Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento; Docente na União de Ensino do Sudoeste do Paraná (UNISEP).
Mauricio Pereira Cantão
Doutor em Física; Docente no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento de Tecnologia no Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento.
Maria Alessandra Mendes
Engenheira Civil; Mestre em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental. Coordenadora dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia de Produção na Faculdade Integrado de Campo Mourão
Publicado
2015-08-03
Seção
Agronegócio