Social representations of violence against women in care practices of healthcare professionals

Keywords: Gender studies, Public policy, Violence against women

Abstract

The health professionals are on the front line of care for women in situation of violence and can assist in the planning and implementation of more effective public policies. The objective of the paper is to analyze the representations of health professionals regarding violence against women, seeking to identify whether prejudice and gender stereotypes compromise care actions. The study is exploratory and qualitative and carried out semi-structured interviews involving 15 health professionals who work in urgent and emergency care units in a medium-sized municipality in the South of Brazil. The narratives were interpreted in the light of feminist and gender theories, using content analysis. It was verified the unpreparedness of professionals to deal with the issue of gender violence, little knowledge of legislation that protects women and failures in the communication network between the health, social assistance and public security sectores, depriving the multidisciplinar approach operated in this type of service. It is important to promote practices in the filed of prevention and health promotion, moving away from the biomedical model, centered on curative and hospital-centric ideas, demanding from public policies and health professionals actions that modify the living conditions of women in situation of violence, bringing the perspective of human rights and social justice.

Author Biographies

Tamara Tomitan Richter, Universidade Cesumar - UniCesumar
Psicóloga, Professora Universitária, Mestra e Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde, Universidade Cesumar (Unicesumar), Maringá (PR), Brasil.
Tânia Maria Gomes da Silva, Universidade Cesumar (Unicesumar)
Doutora. Profa. Dra. Programa de Pós-Graduação Strictu sensu em Promoção da Saúde, Universidade Cesumar (UniCesumar). Pesquisadora do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICETI), Maringá (PR), Brasil.

References

AGUIAR, J. M. de. et al. Atenção primária à saúde e os serviços especializados de atendimento a mulheres em situação de violência: expectativas e desencontros na voz dos profissionais. Saúde e Sociedade, v.32, n.1, 2023. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902023000100310&tlng=pt. Acesso em: 09 out. 2023.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70 Brasil, 2016.

BORGES, R. M. Z.; SANTANA, J. C. Imposição Colonial e Estupro Conjugal: uma leitura da dinâmica do poder no contexto familiar. Revista Direito e Práxis, v.13, n.1, p. 93–117, jan. 2022. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-89662022000100093&tlng=pt. Acesso em: 09 out. 2023.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Presidência da República. 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 02 out. 2023.

BRASIL. Lei N°10.778, de 24 de Novembro de 2003. Estabelece a notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos ou privados. Presidência da República. 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.778.htm. Acesso em: 02 out. 2023.

BRASIL. Lei No13.931, de 10 de Dezembro de 2019. Altera a Lei no 10.778, de 24 de novembro de 2003, para dispor sobre a notificação compulsória dos casos de suspeita de violência contra a mulher. Presidência da República. 2019. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/l13931.htm. Aceso em: 02 out. 2023.

BRASIL. Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS). Ministério da Saúde. Brasília-DF, 2018. Disponível em: file:///C:/Users/Juliano/Downloads/Pol%C3%ADtica%20Nacional%20de%20Promo%C3%A7%C3%A3o%20da%20Sa%C3%BAde%20(PNPS).pdf. Acesso em: 02 out. 2023.

BRASIL. Protocolos da Atenção Básica a saúde das mulheres. Ministério da Saúde. Instituo Sírio-Libanes de Ensino e Pesquisa. Brasília-DF, 2016. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf. Acesso em: 02 out. 2023.

BUENO, S. et al. Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil. 4. ed. Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2023. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/publicacoes_posts/visivel-e-invisivel-a-vitimizacao-de-mulheres-no-brasil-4a-edicao/. Acesso em: 03 out. 2023.

CAÇADOR, T. G. V.; GOMES, R. A narrativa como estratégia na compreensão da experiência do adoecimento crônico: uma revisão de literatura. Ciência & Saúde Coletiva, v.25, n.8, p. 3261–3272, Aug. 2020. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232020000803261&tlng=pt. Acesso em 25 set. 2023.

CASTELLANOS, M. E. P. A narrativa nas pesquisas qualitativas em saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v.19, n.4, p. 1065–1076, Apr. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232014000401065&lng=pt&tlng=pt. Acesso em 25 set. 2023.

CERQUEIRA, D. Atlas da Violência. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 2020. Available at: https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/3519-atlasdaviolencia2020completo.pdf. Acesso em: 02 out. 2023.

CERQUEIRA, D. Infográfico Atlas da Violência. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 2022. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/9144-dashboardviolenciamulherfinal-1.pdf. Acesso em: 02 out. 2023.

CORREIA, C. M. et al. Sinais de risco para o suicídio em mulheres com história de violência doméstica. SMAD Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas (Edição em Português), v.14, n.4, p. 219–225, 21 Dec. 2018. Acesso em: https://www.revistas.usp.br/smad/article/view/151401. Acesso em 25 set. 2023.

D’OLIVEIRA, A. F. P. L. et al. Obstáculos e facilitadores para o cuidado de mulheres em situação de violência doméstica na atenção primária em saúde: uma revisão sistemática. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v.24, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1590/Interface.190164. Acesso em 25 set. 2023.

COÊLHO, A. F. F. de M. et al. Registro de violência contra a mulher no estado da Paraíba: estudo observacional. Saúde Coletiva (Barueri), v.11, n.71, p. 9083–9096, 17 Dec. 2021. Disponível em: http://revistas.mpmcomunicacao.com.br/index.php/saudecoletiva/article/view/2095. Acesso em set ago. 2023.

HALL, S. Cultura e Representação. [S. l.: s. n.], 2016.

KIND, L. et al. Subnotificação e (in)visibilidade da violência contra mulheres na atenção primária à saúde. Cadernos de Saúde Pública, v.29, n.9, p. 1805–1815, Sep. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2013000900020&lng=pt&nrm=iso&tlng=en. Acesso em: 25 set. 2023.

KRUG, E. G. et al. Relatório mundial sobre violência e saúde. Organização Mundial da Saúde. Genebra, 2002. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2019/04/14142032-relatorio-mundial-sobre-violencia-e-saude.pdf. Acesso em: 02 out. 2023.

MARINHO NETO, K. R. E.; GIRIANELLI, V. R. Evolução da notificação de violência contra mulher no município de São Paulo, 2008-2015. Cadernos Saúde Coletiva, v.28, n.4, p. 488–499, Dec. 2020. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2020000400488&tlng=pt. Acesso em: 02 out. 2023.

MENEGHEL, S. N. et al. Feminicídios: estudo em capitais e municípios brasileiros de grande porte populacional. Ciência & Saúde Coletiva, v.22, n 9, p. 2963–2970, Sep. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232017002902963&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 02 out. 2023.

MINAYO, M. C. de S. et al. Institucionalização do tema da violência no SUS: avanços e desafios. Ciência & Saúde Coletiva, v.23, n.6, p. 2007–2016, Jun. 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232018000602007&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 02 out. 2023.

OLIVEIRA, A. L. X. de; ABREU, L. D. P. de. Violência Doméstica: Um estudo com mulheres atendidas no Centro de Atenção Psicossocial. Cadernos ESP, v.16, n.1, p. 18–26, 3 Mar. 2022. Disponível em: https://cadernos.esp.ce.gov.br/index.php/cadernos/article/view/543. Acesso em: 25 set. 2023.

OLIVEIRA, M. C. B. de; ZOCCHE, D. A. de A.; ROHDEN, J. Atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica em um serviço de urgência e emergência. Brazilian Journal of Sugery and Clinical Research, v.21, n.3, p. 43–48, 2018. Disponível em: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20180204_154121.pdf. Acesso em: 25 set. 2023.

ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios & procedimentos. 10. ed. Campinas-SP: [s. n.], 2012.

PAIXÃO, R. M. E. de B. F. da. Violência doméstica contra a mulher: reflexões acerca do cuidado. guarulhos-pe: independently published, 2018.

ROGERS, C. R. Um jeito de ser. São Paulo-SP: [s. n.], 1986.

ROLNIK, S. Cartografia Sentimental: transformações contemporâneas do desejo. 1. ed. Porto Alegre: [s. n.], 2016.

ROLNIK, S.; GUATTARI, F. Micropolítica: Cartografias do desejo. Tinta Limó. Buenos Aires: [s. n.], 2006.

SCHRAIBER, L. B. et al. Violência contra a mulher: estudo em uma unidade de atenção primária à saúde. Revista de Saúde Pública, v.36, n.4, p. 470–477, Aug. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102002000400013&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 25 set. 2023.

SCHRAIBER, L. B. et al. Violência dói e não é direito: a violência contra a mulher, a saúde e os direitos humanos. São Paulo: Ed. da Unesp, 2005.

SILVA, T. M. G. da; FERRREIRA, M. W.; GUARIZA, N. M. Contribuições da história oral para uma discussão sobre violência doméstica e adoecimento feminino. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, v.72, p. 257–283, 15 Dec. 2021. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/52814. Acesso em 25 set. 2023.

WHO. The Ottawa charter for health promotion. Word Health Organization. 1986. Disponível em: https://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0004/129532/Ottawa_Charter.pdf. Acesso em: 02 out. 2023.

WHO. Violence against women. Word Health Organization. 2021. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/violence-against-women. Acesso em: 02 out. 2023.

Published
2024-01-24
Section
Artigos Originais