O brincar na infância segundo mães de crianças na faixa etária entre zero e quatro anos de idade

Resumo

O brincar na infância tem sido alvo de interesse de pesquisadores de diferentes áreas. Neste sentido, a realização dessa pesquisa justificou-se pelo fato de que o brincar não acontece de repente, mas inicia-se a partir do vínculo existente entre a mãe e o bebê, e se torna essencial para o desenvolvimento psicoafetivo da criança. Nas brincadeiras, as crianças conseguem substituir mentalmente objetos quaisquer por algo real. A infância é um período de apropriações de imagens e representações. Brincando, a criança sente prazer e inicia a organização das suas relações sociais. Tendo por base esses pressupostos teóricos, o presente estudo teve por objetivo investigar a concepção do brincar em mães de crianças na faixa etária de zero a quatro anos de idade. Para a realização da pesquisa, num primeiro momento, fez-se uma revisão bibliográfica sobre a importância do brincar na infância. Num segundo momento, de natureza empírica, foram realizadas entrevistas semidirigidas com dez mães, as quais responderam questões referentes à forma como concebem a brincadeiras e sua importância para o desenvolvimento infantil. Para a análise dos dados adotou-se uma abordagem qualitativa. Com relação aos resultados, constatou-se que as mães, de um modo geral, consideram que as brincadeiras são importantes para o desenvolvimento infantil, sendo que algumas disseram que as crianças brincam porque não têm mais nada para fazer. Entretanto, a maioria afirmou que não tem tempo para brincar com seus filhos e que preferem que esses brinquem em casa com seus brinquedinhos. Chegou-se à conclusão que as mães precisam brincar com mais freqüência com seus filhos, pois esta atitude contribui para o desenvolvimento infantil.