RESTORATIVE JUSTICE IN THE SOLUTION OF CONFLICTS INVOLVING DOMESTIC VIOLENCE AGAINST WOMEN

Keywords: Aggressor, Restorative justice, Solution of conflicts, Victim

Abstract

Restorative Justice may be an alternative for the solution of conflicts involving domestic and family violence against women. Based on special methods and principles, Restorative Justice is being more and more acknowledged, since traditional penal justice, characterized by punishment, has been inefficient and a violation against fundamental constitutional rights. Restoration practices cope with crime not as totally accountable to the state but as a breach in the offender-victim- community bond. The victim is transformed from a passive to an active role within the penal process and the aggressor is led to be accountable for damage caused, within an awareness and reintegrated mode. Current research will concentrate on doctrine criteria to criminal answers given by retributive justice when coping with domestic and family violence against women, based on the Maria da Penha Law and suggesting the insertion and complementation by restorative practices as a concrete change in the lives of people involved. Survey and bibliographic analysis, laws and registers of experiences in Brazil on the theme have been employed through the inductive and qualitative method. The method helps us to analyze and improve restorative practices in a theoretical and critical way as an adequate manner for the effective solution of conflict in cases of violence against women within the home.

Author Biographies

Thábatta Karine Danilau, Faculdade Educacional da Lapa - FAEL
Especialista em Direito Processual Penal pela Faculdade Educacional da Lapa (FAEL), Lapa (PR), Brasil.
Ana Cristina Zadra Valadares Warszawiak, Faculdade Educacional da Lapa - FAEL
Coordenadora dos Cursos de Pós Graduação da Faculdade Educacional da Lapa (FAEL), Lapa (PR), Brasil.

References

ALVAREZ, M. C. et al. A vítima no processo penal brasileiro: um novo protagonismo no cenário contemporâneo? Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, ano 18, n. 86, p. 247-288, set./out. 2010.

BANDEIRA, L. Violência contra mulher no Brasil e as ações do feminismo. In: Encontro Nacional Feminista, 13, 2000, João Pessoa. Anais. João Pessoa, 2000.

BRASIL. Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 08 ago. 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em: 21 jun. 2018.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ. Resolução nº 225, de 31 maio 2016. Dispõe sobre a Política Nacional de Justiça Restaurativa no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. DJe/CNJ, nº 91, de 02 jun. 2016, p. 28-33. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/2289. Acesso em: 07 jul. 2020.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ. Justiça Restaurativa é aplicada em casos de violência doméstica. Agência Nacional de Notícias, 2017. Disponível em: https://cnj.jusbrasil.com.br/noticias/474821479/justica-restaurativa-e-aplicada-em-casos-de-violencia-domestica. Acesso em: 08 jul. 2020.

DEZ anos da Lei Maria da Penha motivam celebração, mas também cobranças por novos avanços. Agência Senado. 17 ago 2016. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/08/17/dez-anos-da-lei-maria-da-penha-motivam-celebracao-mas-tambem-cobrancas-por-novos-avancos. Acesso em: 08 jul. 2020.

DE VITTO, R. C. P. Justiça Criminal, Justiça Restaurativa e Direitos Humanos. In: SLAKMON, C.; DE VITTO, R. C. P.; PINTO, R. S. G. (org.). Justiça Restaurativa: Coletânea de Artigos. Brasília: Ministério da Justiça e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 2005. p. 41-51. Disponível em: http://carceraria.org.br/wp-content/uploads/2014/07/Coletanea-de-Artigos-Livro-Justi%C3%A7a-Restaurativa.pdf. Acesso em: 31 maio 2018.

DIAS, E. Lei Maria da Penha: a terceira melhor lei do mundo. 2015. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/36178/lei-maria-da-penha-a-terceira-melhor-lei-do-mundo. Acesso em: 09 jul. 2020.

FARIA, N. Feminismo e Luta das Mulheres: Análises e Debates. São Paulo: SOF - Sempre Viva Organização Feminista, 2005.

FERNANDES, M. P. M. Sobrevivi... posso contar. 2. ed. Fortaleza: Armazém da Cultura, 2012.

GIMENEZ, C. P. C. A Justiça Restaurativa como instrumento de paz social e tratamento de conflitos. Revista do Instituto do Direito Brasileiro (RIDB), ano I, n. 10, 2012.

KRUG, E. G. et al. Relatório Mundial Sobre Violência e Saúde. Genebra: OMS, 2002.

LISBOA, T. K.; PINHEIRO, E. A. A Intervenção do Serviço Social junto à questão de violência contra a mulher. Katálysis, Florianópolis, v. 8, n. 2, p. 199-210, jul./dez. 2005.

MCCOLD, P. W.; WACHTEL, T. Em busca de um Paradigma: uma teoria de justiça restaurativa. Disponível em: https://www.iirp.edu/eforum-archive/em-busca-de-um-paradigma-uma-teoria-de-justica-restaurativa. Acesso em: 12 jun. 2018.

MESQUITA, M. R. Justiça Restaurativa: uma opção na solução de conflitos envolvendo violência doméstica e familiar contra a mulher. 2015. 167f. Dissertação (Mestrado em Direito) - Programa de Mestrado em Direito, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Núcleo de Mestrado em Direito, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2015. Disponível em: https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/4360/1/MARCELO_ROCHA_MESQUITA.pdf. Acesso em: 31 maio 2018.

MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS. (MMFDH). Balanço anual: Ligue 180 recebe mais de 92 mil denúncias de violações contra mulheres. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2019/agosto/balanco-anual-ligue-180-recebe-mais-de-92-mil-denuncias-de-violacoes-contra-mulheres#:~:text=viola%C3%A7%C3%B5es%20contra%20mulheres-,Balan%C3%A7o%20anual%3A%20Ligue%20180%20recebe%20mais%20de%2092,den%C3%BAncias%20de%20viola%C3%A7%C3%B5es%20contra%20mulheres&text=Servi%C3%A7o%20de%20utilidade%20p%C3%BAblica%20oferecido,viola%C3%A7%C3%B5es%20contra%20mulheres%20em%202018. Acesso em: 13 abr. 2021.

MORATELLI, P. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Revista Paz restaurativa: a paz que nasce de uma nova justiça: 2012-2013 um ano de implantação da justiça restaurativa como política de pacificação social em Caxias do Sul. Coordenação Leoberto Brancher. Porto Alegre: Departamento de Artes Gráficas, 2014. 108p. Disponível em: http://www1.tjrs.jus.br/export/processos/conciliacao/doc/A_Paz_que_Nasce_de_uma_Nova_Justica.pdf. Acesso em: 1º jun. 2018.

NAÇÕES UNIDAS. Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra a Mulher. Centro de Informação das Nações Unidas. Rio de Janeiro, 1994. Disponível em: http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/instrumentos/discrimulher.htm. Acesso em: 06 jul. 2020.

OLIVEIRA, T. L. de M. Justiça restaurativa: um novo paradigma de justiça criminal.

Boletim Científico da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), Brasília, ano 16, n. 50, p. 233-255, jul./dez. 2017. Disponível em: https://escola.mpu.mp.br/publicacoes/boletim-cientifico/edicoes-do-boletim/boletim-cientifico-n-50-julho-dezembro-2017/justica-restaurativa-um-novo-paradigma-de-justica-criminal/at_download/file. Acesso em: 31 maio 2018.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Resolução 2002/12 da ONU: Princípios Básicos para Utilização de Programas de Justiça Restaurativa em Matéria Criminal. 37ª Sessão Plenária, 24 de julho de 2002. Tradução: Renato Sócrates Gomes Pinto. Disponível em: http://www.juridica.mppr.mp.br/arquivos/File/MPRestaurativoEACulturadePaz/Material_de_Apoio/Resolucao_ONU_2002.pdf. Acesso em: 29 maio 2018.

PELAES, F. Violência contra a mulher foi tema de debate no BrazilConference, em Harvard. Portal Planalto, Notícias, 11 abr. 2017. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/noticias-spm/noticias/violencia-contra-a-mulher-foi-tema-de-debate-no-brazil-conference-em-harvard. Acesso em: 20 nov. 2016.

PERRONE, T. S. Violência de gênero e as formas alternativas de resolução de conflitos. In: ENCONTRO NACIONAL DE ANTROPOLOGIA DO DIREITO, 2015, São Paulo. Anais [...]. São Paulo, 2015.

PINTO, R. S. G. Justiça Restaurativa como o Paradigma do Encontro. Disponível em: http://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/doutrina/justica_restaurativa/jr_o_paradigma_do_encontro.pdf. Acesso em: 31 maio 2018.

POZZOBON, G. N.; LOUZADA, M. C. A Justiça restaurativa como ferramenta alternativa para resolver os conflitos de gênero nas relações domésticas. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE MEDIAÇÃO DE CONFLITOS E JUSTIÇA RESTAURATIVA, 1, 2013: Segurança, Políticas Públicas, Poder Familiar e Gênero. [s. l.]: UNICS, 2013. Disponível em: http://online.unisc.br/acadnet/anais/indez.php/mediacao_e_jr/issue/currente. Acesso em: 13 abr. 2021.

PRADO, F. L. Z. A prisão preventiva da Lei Maria da Penha. Boletim IBCCRIM, n. 234, outubro, 2007.

RIFIOTIS, T. Direitos Humanos: sujeito de direitos e direitos do sujeito. In: RIFIOTIS, T.; VIEIRA, D. (org.). Um olhar antropológico sobre violência e justiça: etnografias, ensaios e estudos de narrativas. Florianópolis: UFSC, 2012.

SANTOS, M. L.; CAGLIARI, C. T. S. Justiça Restaurativa: alternativas de ressocialização. Revista Direito em Debate, [s. l.], v. 20, n. 35-36, mar. 2013. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/revistadireitoemdebate/article/view/59. Acesso em: 08 jul. 2018.

SCURO NETO, P. S. Modelo de Justiça para o século XXI. Revista da Emarf, Rio de Janeiro, v. 6, 2003.

SCURO NETO, P. S. Fazer Justiça Restaurativa - padrões e práticas. Disponível em: https://jij.tjrs.jus.br/doc/justica-restaurativa/Fazer-Justica-Restaurativa.pdf. Acesso em: 15 jun. 2018.

SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES. Viver sem violência é direito de toda a mulher. Entenda a Lei Maria da Penha, Presidência da República, abr. 2015. Disponível em: http://www.mulher.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2018/02/livreto-maria-da-penha-2-web-1.pdf. Acesso em: 07 jul. 2020.

SICA, L. Justiça restaurativa e mediação penal: o novo modelo de justiça e de gestão do crime. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.

SILVA, M. B. N. O divórcio na capitania de São Paulo. In: BRUSCHINI, C.; ROSEMBERG, F. (org.). Vivências, histórias, sexualidade e imagens femininas. São Paulo: Brasiliense, 1980. p. 94-151.

WAISELFISZ, J. J. Mapa da violência 2015 homicídio de mulheres no Brasil. Brasília: OPAS/OMS, ONU Mulheres, SPM e Flacso, 2015. Disponível em: https://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2016/04/MapaViolencia_2015_mulheres.pdf. Acesso em: 07 jul. 2020.

ZALUAR, A. Violência e Crime. In: MICELI, S. (org.). O que ler na Ciência Social Brasileira (1970-1995). São Paulo: Sumaré, Anpocs; Capes, 1999. (Antropologia. v. 1).

ZEHR, H. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a Justiça. São Paulo: Palas Athena, 2008.

ZEHR, H. Justiça restaurativa. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012

Published
2021-05-14