Efeito do Samba e da Valsa na Mobilidade Funcional de Pacientes com Doença de Parkinson

  • Samuel Geraldi Fragnani
  • Poliana Penasso Bezerra
Palavras-chave: Marcha, Música, Doença de Parkinson, Reabilitação, Ritmo.

Resumo

Estudos evidenciam a música como uma intervenção terapêutica importante para indivíduos com doença de Parkinson. O fornecimento dos estímulos espaciais e temporais desta intervenção pode sinalizar as fases do ciclo da marcha proporcionando ao portador da doença um andar mais fluente. Além deste benefício, a terapia por meio da música possibilita ao indivíduo aumento de sua autoestima, maior conforto, relaxamento, bem-estar e proporciona maiores interações quando o tratamento é realizado em grupo. Neste estudo objetivou-se analisar o efeito que os gêneros musicais, valsa e samba, promovem na mobilidade funcional em indivíduos com doença de Parkinson. Os voluntários desta pesquisa realizaram o Timed Up and Go Test (TUG) nas situações: sem música, música clássica (valsa) e música popular brasileira (samba). Os dados obtidos foram ponderados por análise estatística descritiva e inferencial com teste Fridman e post-hoc de Wilcoxon pareado (nível de significância de 5%). Os achados evidenciam que o samba promoveu efeito adverso na marcha reduzindo a velocidade (p=0,04), número de passos (p=0,04) e cadência (p=0,04), aumentando o tempo (p=0,04) e comprimento de passos (p=0,05) quando comparado á condição sem música. Entendemos que os fatores intrínsecos da música como ritmo, harmonia, melodia e amplitude podem estar associados com o efeito adverso observado na mobilidade funcional de pacientes com doença de Parkinson.
Publicado
2016-12-14
Seção
Artigos Originais