Perfil Farmacoterapêutico e Nível de Adesão à Terapia de Pacientes Assistidos pelo Hiperdia, Lagarto-SE

  • Fernanda Machado Oliveira Universidade Federal de Sergipe
  • Flávia de Almeida Universidade Federal de Sergipe.
  • Thaynara Santos de Oliveira Universidade Federal de Sergipe.
  • Lívia Nerillo CENTROCARDE - Centro Médico Especializado em Cardiologista.
  • Mirian Ueda Yamaguchi
  • Edivan Rodrigo de Paula Ramos Universidade Federal de Sergipe
Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, Teste de Morisky-Green, Teste de Haynes-Sackett, Medicamentos Anti-hipertensivos.

Resumo

O sucesso da terapia anti-hipertensiva depende dos fármacos utilizados e da adesão do paciente ao tratamento. Por isso, este trabalho objetivou a determinação do perfil farmacoterapêutico e o nível de adesão ao tratamento medicamentoso de hipertensos atendidos pelo Hiperdia de Lagarto-SE. Foram entrevistados 228 pacientes com o auxílio de um questionário para a coleta de variáveis sociodemográficas, econômicas, relacionadas ao estilo de vida, às patologias e às farmacoterapêuticas. A adesão à terapia farmacológica foi determinada pelos testes de Morisky-Green (TMG) e Haynes-Sackett (THS). Os resultados foram analisados pelo teste do Qui-quadrado e exato de Fisher (p<0,05*). A maioria dos pacientes foi do gênero feminino (70,6%), com baixo grau de escolaridade, pertencentes à classe socioeconômica E (49,1%), autodeclarados brancos (44,7%) e com faixa etária entre 51 e 60 anos (37,7%). A prevalência de sobrepeso/obesidade foi de 89,1%. Contudo, um estilo de vida favorável ao controle da pressão arterial foi relatado pela maioria dos entrevistados. A adesão à terapia farmacológica foi encontrada em apenas 31,2% (THS) e 27,2% (TMG) dos hipertensos. O perfil farmacoterapêutico se caracterizou pela monoterapia sendo a losartana (50%) e os inibidores da ECA (18,4%) os mais citados. Maior adesão à terapia foi encontrada nos hipertensos em monoterapia (p=0,016*), que utilizam medicamentos de outras classes terapêuticas (p<0,0001*), que esclarecem suas dúvidas sobre a medicaçãocom farmacêuticos (p=0,016*) e que não realizam consultas médicas para avaliação do anti-hipertensivo usado (p=0,001*). Estes resultados mostram baixa adesão à terapia farmacológica que pode estar associada ao baixo nível socioeconômico e baixo grau de escolaridade.

Biografia do Autor

Fernanda Machado Oliveira, Universidade Federal de Sergipe
Acadêmica do 4º Ano do curso de medicina da Universidade Federal de Sergipe. Aluna pesquisadora PIBIC-CNPq.
Flávia de Almeida, Universidade Federal de Sergipe.
Acadêmica do 4º ano de Farmácia. Aluna Pesquisadora bolsista PIBIC-CNPq.
Thaynara Santos de Oliveira, Universidade Federal de Sergipe.
Acadêmica do 4º Ano do curso de Medicina da Universidade Federal de Sergipe. Aluna pesquisadora PIBIC-CNPq.
Lívia Nerillo, CENTROCARDE - Centro Médico Especializado em Cardiologista.
Enfermeira especialista em Farmacologia; Especialista em Enfermagem em Cardiologia; e Especialista em Urgência e Emergência.
Mirian Ueda Yamaguchi
Professora Doutora do Curso de Medicina da UNICESUMAR.
Edivan Rodrigo de Paula Ramos, Universidade Federal de Sergipe
Professor Adjunto II do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Sergipe.
Publicado
2016-06-15
Seção
Artigos Originais