TRANSEXUALIDADE, POLÍTICAS PÚBLICAS E INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: FORMAS DE RESISTÊNCIA ATRAVÉS DA ARTE

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9192.2021v23n1e9815

Palabras clave:

Arte, Intolerância religiosa, Preconceito, Transexualidade

Resumen

Según el Observatorio de Personas Trans Asesinadas (TGEU, 2019), Brasil es considerado el país con mayor número de muertes contra sujetos transexuales. Se sabe que la permanencia estructural del prejuicio dirigido hacia este público tiene el objetivo explícito de invalidar modos de vida justificados por argumentos de diversos tipos de intolerancia, entre ellos, la religiosa, que ha ido ganando cada vez más espacio en la representación parlamentaria brasileña. . A partir de esto, se pretende investigar los efectos del prejuicio derivado de la intolerancia religiosa dirigida a sujetos transexuales. Para ello, se realizó un análisis exploratorio de políticas públicas dirigidas al público LGBTQIA + y una reflexión crítica sobre las posibles formas de resistencia frente a esta problemática, apuntando al arte como una de estas posibilidades. Se argumenta que el arte puede ser una forma de resistencia potente, dado que es un lenguaje que permite un debate justo, igualitario y democrático en el ámbito político, social y cultural, además de servir como una forma de empoderar a los artistas LGBTQIA +, con el objetivo de legitimar sus obras y narrativas. En este sentido, se apuesta a que el presente trabajo pueda mover importantes discusiones, capaces de desplazar prácticas discursivas prejuiciosas y construir formas de resistencia que permitan reordenar racionalidades fijas y estáticas.

Biografía del autor/a

Cintia Helena Brito de Sousa, Centro Universitário Uninta, Sobral (CE)

Acadêmica do curso de Psicologia do Centro Universitário Uninta, Sobral, Ceará (CE), Brasil .

Francisco Gilieferson Soares de Sousa, Centro Universitário Uninta, Sobral (CE)

Acadêmico do curso de psicologia do Centro Universitário Uninta, Sobral (CE), Brasil.

Ailton Bruno de Farias, Centro Universitário Uninta, Sobral (CE)

Acadêmico do curso de psicologia do Centro Universitário Uninta, Sobral (CE), Brasil.

Beatriz Alves Viana, Centro Universitário Uninta, Sobral (CE)

Doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professora do curso de psicologia do Centro Universitário Uninta, Sobral (CE), Brasil.

Citas

ALAM, C. Batemos um papo com a Mc Linn da Quebrada. São Paulo São, 17 mar. 2017. Disponível em: https://saopaulosao.com.br/nossas-pessoas/2711-batemos-um-papo-reto-com-a-mc-linn-da-quebrada.html. Acesso em: 13 jan. 2021.

AMORIM, A. Poder e violação de direitos humanos no discurso neopentecostal: uma análise da atuação político-midiática de Silas Malafaia e Marco Feliciano nas redes sociais online. 2017. 220f. Tese (Doutorado em Comunicação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2017.

ARAGÃO, G. Direitos (e deveres) das outras sexualidades. Blog Estudos de Religião, Universidade Católica de Pernambuco. 2013. Disponível em: http://estudosdereligiao.blogspot.com.br/2013/05/direitos-edeveres-das-outras.html. Acesso em: 13 jan. 2021.

ARAGÃO, G. Encruzilhada dos Estudos de Religião no Brasil. Revista de Teologia e Ciências da Religião, v. 5, n. 1, p. 319-337, 2015.

ARAM, A. Urias: quero que as pessoas saibam que a gente existe. Gay-blog.com, 2020. Disponível em: https://gay.blog.br/entrevistas/urias-quero-que-as-pessoas-saibam-que-a-gente-existe/. Acesso em: 13 jan. 2021.

ARTE, C. (28 de dezembro de 2015). Entrevista Lyz Parayzo. Fonte: Arquivo de vídeo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iuafej-C6V4&t=2s. Acesso em: 13 jan. 2021.

BRASIL. 1ª Conferência nacional de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais - GLBT. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2008.

BRASIL. 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - LGBT. Brasília: Secretaria Especial de Direitos Humanos, 2011.

BRASIL. 3ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - LGBT. Brasília: Secretaria Especial de Direitos Humanos, 2016.

BRASIL. Advocacia-Geral da União. Ação direta de inconstitucionalidade nº 26/DF - Distrito Federal. Relator: Ministro Celso de Mello, 2019. Disponível em: https://www.conjur.com.br/dl/acao-agu.pdf. Acesso em: 10 jun. 2020.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação direta de inconstitucionalidade nº 26/DF - Distrito Federal. Relator: Ministro Celso de Mello, 2019. Disponível em: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/ADO26votoMAM.pdf?mc_cid=c040c67029&mc_eid=dda8916e3f. Acesso em: 10 jun. 2020.

BALBI, C. Parayzo, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YdwLHaGOxK0. Acesso em: 10 jun. 2020.

BENTO, B. A reinvenção do corpo: sexualidade e género na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006, p. 256. (Sexualidade, género e sociedade).

BOURDIEU, P. A economia das trocas simbólicas. 6. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005, p. 371. (Coleção estudos, 20).

BUTLER, J. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In: LOURO, G. L. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

DIAS, T. Eu sou o corpo errado. UOL TAB, 2019. Disponível em: https://tab.uol.com.br/edicao/linn-da-quebrada/#eu-sou-o-corpo-errado. Acesso em: 09 jan. 2021.

ENDJSO, D. O. Sexo e religião: do baile de virgem ao sexo sagrado homossexual. São Paulo: Geração Editorial, 2014. p. 376.

FERREIRA, D. A. A arte como arma em território hostil: enfrentamentos nas produções de Lyz Parayzo. Cidades, Comunidades e Territórios, v. 39, p. 1-13, 2019. Disponível em: https://dx.doi.org/10.15847/citiescommunitiesterritories.dec2019.039.doss-art01. Acesso em: 09 jan. 2021.

FOUCAULT, M. História da sexualidade 1: a vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque. Rio de Janeiro: Graal, 1984. (Biblioteca de Filosofia e História das Ciências, v. n. 15).

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

GOUVEIA, R. B. Reincidentes conflitos entre sexualidade e religião: caminhos para desmontar preconceitos e a intolerância religiosa. In: CONGRESSO NORDESTINO DE CIÊNCIAS DA RELIGIÃO E TEOLOGIA - GÊNERO, RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADES, 3., 2016, Recife. Anais [...]. Recife: UNICAP, 2016.

MACHADO, R. D. Matrimônio transexual: a necessária flexibilização das normas que regulam o instituto do casamento no direito de família. Revista Brasileira de Direito das Famílias e Sucessões, v. 13, n. 24, p. 65-83, out./nov. 2011.

MOIRA, A. et al. Vidas Trans: A coragem de existir. [S. l.]: Alto Astral, 2017.

MOIRA, A. E se eu fosse puta. [S. l.]: Universo dos Livros, 2016.

MUSSKOPF, A. S. Religião e Sexualidade. Mandrágora, v. 18, n. 18, p. 143-150, 2012. (Entrevista concedida à Ofir Maryuri Mora Grisales).

NATIVIDADE, M.; OLIVEIRA, L. Sexualidades ameaçadoras: religião e homofobia(s) em discursos evangélicos conservadores. Revista Latinoamericana Sexualidad, Salud y Sociedad, n. 2, p. 121-161, 2009. Disponível em: https://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/SexualidadSaludySociedad/article/view/32/447. Acesso em: 13 fev. 2021.

NEXO JORNAL. A música e os corpos políticos. [2018]. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=W17OoImPFV4&t=253s. Acesso em: 09 jan. 2021.

OROZCO, Y. P. Religiões em diálogo: violência contra as mulheres. São Paulo: Católicas pelo Direito de Decidir, 2009.

PICH, R. H. Religião como forma de conhecimento. In: PASSOS, J. D.; USARSKI, F. (org.). Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo: Paulinas; Paulus, 2013. p. 706.

PINTO, I. V. et al. Perfil das notificações de violências em lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Brasil, 2015 a 2017. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 23. supl. 1, e200006. SUPL.1, 2020.

PONDÉ, L. F. Religião e ética. In: PASSOS, J. D.; USARSKI, F. (org.). Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo: Paulinas; Paulus, 2013. p. 706.

QUEBRADA, L. Mulher. Em Pajubá. [CD]. Sentido Produções. Fatiado Disco. Independene, 2017.

QUEBRADA, L. Oração. Em Oração. [CD], 2019.

QUEIROZ, T.; MOSS, A. Lyz Parayzo: Artista do Fim do Mundo. E Revista Performatus, Inhumas, ano 5, n. 17, jan. 2017.

RIFF, A. Meu Corpo é Político. Olhar Distribuição, 2017.

SIMÕES, J. A.; FACHINI, R. Do movimento homossexual ao LGBT. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2009. p. 196.

SIMPSON, K. Assassinatos contra travestis e transexuais brasileiras em 2020. Antra, 2020. Disponível em: https://antrabrasil.files.wordpress.com/2020/09/boletim-4-2020-assassinatos-antra-1.pdf. Acesso em: 17 set. 2020.

SOUZA, S. D. Política Religiosa e religião política: os evangélicos e o uso do sexo. Estudos de Religião, v. 27, n. 1, p. 177-201, jan./jun. 2013. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/ER/article/viewFile/4160/3622. Acesso em: 25 jun. 2020.

STEARNS, P. N. História da sexualidade. São Paulo: Contexto, 2010. p. 287.

STIFTUNG, H. B. Transrespect versus Transphobia Worldwide. TGEU, 2009. Disponível em: https://transrespect.org/en/map/trans-murder-monitoring/. Acesso em: 20 set. 2020.

TALKS, T. Quem tem medo de Travesti?. TEDxUNESPBauru. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_36gC35V-ko. Acesso em: 26 mar. 2019.

TALKS, T. O mundo nas palavras Trans: Amara Moira. TEDxVoltaRedonda. https://www.youtube.com/watch?v=WYBkm-9P93E&t=2s. Acesso em: 26 mar. 2019.

URIAS. Abracadabra. Urias. [EP]. (2019).

URIAS. Diaba. Urias. [EP]. (2019).

VAGGIONE, J. M. A religião e a política no tempo dos direitos sexuais e reprodutivos. In: ROSADO, M. J. Gênero, feminismo e religião: sobre um campo em constituição. Rio de Janeiro: Garamond, 2015. p. 71-90.

VAINFAS, R. Trópicos dos pecados: moral, sexualidade e inquisição no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. 448p.

Publicado

2021-05-14

Cómo citar

Sousa, C. H. B. de ., Sousa, F. G. S. de ., Farias, A. B. de, & Viana, B. A. (2021). TRANSEXUALIDADE, POLÍTICAS PÚBLICAS E INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: FORMAS DE RESISTÊNCIA ATRAVÉS DA ARTE. Iniciação Científica Cesumar, 23(1), 5–18. https://doi.org/10.17765/2176-9192.2021v23n1e9815