Hiperglicemia Induzida por Fluoxetina em Ratos Tratados com Glibenclamida

  • Andrea Luiza de Oliveira Cesumar
  • Talitha Fernandes Stefanello Cesumar
  • Patrícia Simão Rosolem Cesumar
  • Carina Cardoso de Souza CESUMAR
  • Edivan Rodrigo de Paula Ramos Cesumar
Palavras-chave: Depressão, Diabetes, Fluoxetina, Glibenclamida, Depression, Fluoxetine, Glibenclamide.

Resumo

Considerando que a fluoxetina é o medicamento mais utilizado para o tratamento de depressão em pacientes diabéticos e que este antidepressivo interfere na glicemia destes pacientes, este trabalho teve por objetivo investigar uma possível interação entre a fluoxetina e o hipoglicemiante oral glibenclamida. Para isto, foi determinada a glicemia de jejum de ratos Wistar machos submetidos aos seguintes grupos de tratamento: salina; glibenclamida (0,6 mg/kg); fluoxetina (20 mg/kg); glibenclamida (0,6 mg/kg) mais fluoxetina (0,6 mg/kg). Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste de Anova seguido por Bonferroni, com nível de significância p<0,05. Os animais tratados com salina tiveram glicemia média de 86,56 ± 7,9 mg/dL. A fluoxetina induziu hiperglicemia (135,37* ± 9,39 mg/dL), enquanto a glibenclamida reduziu os valores glicêmicos (69,55* ± 8,7 mg/dL). A associação da fluoxetina com glibenclamida resultou em hiperglicemia (116,56* ± 5,52 mg/dL). Estes resultados demonstram que o efeito hiperglicemiante da fluoxetina anula o efeito hipoglicemiante da glibenclamida, sugerindo que a fluoxetina possa exercer seus efeitos glicêmicos por alterar a secreção de insulina. Dessa forma, torna-se importante que os pacientes diabéticos que usam secretagogos de insulina tenham sua glicemia rigorosamente controlada quando submetidos ao tratamento com fluoxetina.

Biografia do Autor

Andrea Luiza de Oliveira, Cesumar
Acadêmica de Biomedicina do Centro Universitário de Maringá – CESUMAR; Bolsista do Programa de Iniciação Científica da Fundação Araucária.
Talitha Fernandes Stefanello, Cesumar
Acadêmica de Biomedicina do Centro Universitário de Maringá – CESUMAR.
Patrícia Simão Rosolem, Cesumar
Acadêmica de Biomedicinado Centro Universitário de Maringá – CESUMAR.
Carina Cardoso de Souza, CESUMAR
Técnica do laboratório de Farmacodinâmica e Fisiologia Humana do Centro Universitário de Maringá – CESUMAR.
Edivan Rodrigo de Paula Ramos, Cesumar
Docente do Departamento de Farmacologia do Centro Universitário de Maringá – CESUMAR.
Publicado
2008-06-26
Seção
Artigos Originais