Morfofisiologia de genótipos de algodoeiro sob suplementação de piruvato via pré-embebição de sementes

Palavras-chave: Gossypium hirsutum L., Ácido pirúvico, Trocas gasosas, Germinação

Resumo

O algodão é uma das principais culturas exploradas comercialmente, movimentando diversos setores da economia, com geração de emprego e renda. A embebição de sementes em substâncias orgânicas é uma alternativa promissora para os processos vitais das plantas, o piruvato, a exemplo, é um elemento crucial na respiração celular, influenciando o crescimento e desenvolvimento da cultura. Diante do exposto, objetivou-se avaliar a morfofisiologia de genótipos de algodoeiro submetidos à suplementação de piruvato via pré-embebição de sementes como reforço nos mecanismos energéticos das plantas. Os tratamentos resultaram da combinação de dois genótipos de algodoeiro (BRS Jade e Linhagem MT 2009-152) e cinco concentrações de piruvato de cálcio (0, 11, 22, 33 e 44 mM) aplicadas via pré-embebição das sementes, distribuídos em blocos casualizados, em esquema fatorial 2 x 5, com 4 repetições, perfazendo 40 unidades experimentais. Foram avaliados a emergência de plântulas, crescimento inicial das plantas, trocas gasosas e acúmulo de fitomassa. Foi constado, que sementes de algodão pré-embebidas em solução de piruvato a 22, 33 e 44 mM reduz a porcentagem de emergência, índice de velocidade de emergência e velocidade média de emergência, com aumento do tempo médio de emergência de plântulas de algodão. A pré-embebição de sementes na concentração de piruvato a 11 mM aumenta o crescimento da planta em altura, diâmetro e número de folhas, bem como a produção de matéria seca da parte aérea. Á medida em que se elevou a concentração de piruvato houve aumento nos parâmetros de trocas gasosas do algodoeiro BRS Jade e MT 2009-152.

Biografia do Autor

Mirandy Dos Santos Dias, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Engenheiro Agrônomo (CECA/UFAL). Doutorando em Engenharia Agrícola (Irrigação e Drenagem) na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Atua principalmente nos temas: irrigação e drenagem, fisiologia vegetal e manejo e conservação do solo e da água, com ênfase em estresse biótico e abiótico.
Francisco de Assis da Silva, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Engenheiro Agrônomo (CCTA/UFCG). Doutor em Engenharia Agrícola (Área de concentração Irrigação e Drenagem) pela CTRN/UFCG. Atualmente é bolsista de Pós-doutorado Júnior do CNPq. Atua principalmente nos temas: irrigação e drenagem, fisiologia vegetal e manejo e conservação do solo e da água, com ênfase em estresse biótico e abiótico.
Maria de Fátima Caetano da Silva, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Doutoranda em Engenharia Agrícola pela UFCG. Mestre em Ciências Agrárias pela UEPB/Embrapa Algodão (2018). Graduada em Química (Licenciatura) pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB (2010). E em Ciências Biológicas (Licenciatura) pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB (2016). Atuação na área de Irrigação e Drenagem, Melhoramento Genético de Plantas e Biotecnologia.
Vitória Régia do Nascimento Lima, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Campina Grande - Campus Pombal. Bolsista de mestrado da Universidade Federal de Campina Grande - PB, na área de Irrigação e Drenagem.
Andrezza Maia de Lima, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Agroecóloga pela UEPB. Doutoranda em Engenharia Agrícola (Irrigação e Drenagem) na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Integrou o Centro Vocacional Tecnológico de Agroecologia e Produção Orgânica: Agrobiodiversidade do Semiárido na modalidade de Apoio Técnico em Extensão no País/ATP-A.
Pedro Dantas Fernandes , Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Engenheiro Agrônomo pela Escola de Agronomia do Nordeste. Doutor em Solos e Nutrição de Plantas pela ESALQ/USP. Pós-doutorado na University of Arizona, Tucson/AZ, USA em fisiologia da produção. Atualmente é bolsista de produtividade do CNPq e professor no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola da UFCG.

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Publicado
2024-09-27
Seção
Agronegócio