O impacto do manejo da cana-de-açúcar com controle químico e biológico sobre a fauna epígea
Resumo
A cana-de-açúcar é considerada uma das principais atividades que se destaca no Brasil, no segmento sucroenergético. Contudo, o cultivo da cana-de-açúcar também se destaca como consumidor de agrotóxicos, prática muito difundida para combater pragas, eliminar plantas daninhas e doenças identificadas na produção. Porém a utilização provoca desequilíbrio ambiental, por afetar os organismos não alvo solo que são importantes nos serviços ambientais no ecossistema solo. O estudo teve como objetivo avaliar a comunidade da fauna epígea como bioindicadora de qualidade do solo, em áreas com cultivo de cana-de-açúcar com controle químico e controle biológico e mata nativa. A pesquisa foi realizada na usina Pagrisa, localizada no município de Ulianópolis, PA. Foram selecionadas duas áreas de cultivo de cana-de-açúcar com manejos distintos, controle biológico e controle químico, além de uma área de mata, como referência. Foram observados, que na primeira coleta referente ao período seco, as maiores frequências foram dos grupos: Formicidae, Opilionida, Coleoptera e Chilopoda. Na segunda coleta, período chuvoso, o grupo Formicidae foi o mais frequente, porém foram observados os grupos Coleoptera, larva Coleoptera, Opilionida e Orthoptera, em baixa frequência. Em ambos os períodos de coleta foram registrados maiores frequência do grupo Formicidae nas áreas de manejos de cana-de-açúcar com controles biológico e químico. A análise da fauna epígea nas áreas de cana-de-açúcar evidenciaram por meio da riqueza e índices ecológicos que o manejo com controle biológico, no período seco, forneceu boas condições para o desenvolvimento de grupos da fauna. O manejo com agrotóxicos promoveu acentuada diminuição dos grupos da fauna da epígea.Referências
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