Avaliação do Processo de Restauração de Área de Preservação Permanente Degradada no Sul de Minas Gerais

  • Rafaela Guimarães Silva Universidade Federal de Lavras
  • Regiane Aparecida Vilas Boas Faria Universidade Federal de Lavras
  • Lucas Gomes Moreira Universidade Federal de Lavras
  • Tiago de Lima Pereira Universidade Federal de Lavras
  • Carlos Henrique da Silva Universidade Federal de Lavras
  • Soraya Alvarenga Botelho Universidade Federal de Lavras
Palavras-chave: Mata Ciliar, Nascente, Regeneração

Resumo

Estudos que focam a restauração ecológica de Áreas de Preservação Permanente (APP) no entorno de nascentes vêm sendo executados de forma mais intensiva nas últimas décadas devido ao conhecimento da importância desse ecossistema pela sociedade. Protegidas pelo Código Florestal, as zonas ripárias são sistemas com interações complexas que vêm sofrendo grande pressão antropogênica com as ações antrópicas. Diante do exposto, o objetivo geral desse estudo foi avaliar a capacidade de restauração da vegetação ciliar no entorno de uma nascente degradada localizada na sub-bacia do Rio Capivari, município de Lavras (MG). Para a realização da análise fitossociológica foram alocadas 10 parcelas de 10m² no interior de uma transecção de 100 m, partindo da origem do olho d’água e seguindo o gradiente de umidade da APP. Com base na análise do estrato regenerante, verificou-se o elevado número de indivíduos de Eremanthus incanus e Vernonanthura phosphorica, espécies da família Asteraceae. A maioria das espécies é pioneira, zoocórica e jovem caracterizando a área como em fase inicial de sucessão mesmo após 09 anos da implementação do plantio de mudas como metodologia de enriquecimento. Tal fato, possivelmente, remete-se a alta biomassa de gramíneas na área estudada, as quais estabelecem vantagem competitiva sobre as espécies nativas. Mesmo pouco significativa, parte da fonte de propágulos da APP provém do banco de sementes das mudas plantadas. Portanto, os resultados elucidaram o estado de conservação da APP, mostrando a necessidade de intervenção humana em prol do controle das espécies exóticas invasoras e da melhoria ambiental.

Biografia do Autor

Rafaela Guimarães Silva, Universidade Federal de Lavras
Bióloga; Mestre em Tecnologias e Inovações Ambientais na UFLA; Discente de Doutorado do Programa de Pós-graduação em Ecologia Aplicada da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Brasil
Regiane Aparecida Vilas Boas Faria, Universidade Federal de Lavras
Engenheira Florestal; Doutora em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (UFLA); Docente Substituta no Departamento de Ciências Florestais na Universidade Federal de Lavras (ULA), Brasil.
Lucas Gomes Moreira, Universidade Federal de Lavras
Engenheiro Agrônomo; Mestre em Tecnologias e Inovações Ambientais na Universidade Federal de Lavras (UFLA), Brasil.
Tiago de Lima Pereira, Universidade Federal de Lavras
Biólogo; Mestre em Ciências Veterinárias na Universidade Federal de Lavras (UFLA), Brasil.
Carlos Henrique da Silva, Universidade Federal de Lavras
Mestre em Tecnologias e Inovações Ambientais na Universidade Federal de Lavras (UFLA), Brasil.
Soraya Alvarenga Botelho, Universidade Federal de Lavras
Engenheira Florestal; Doutora em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR); Docente Adjunta Universidade Federal de Lavras (UFLA), Brasil.
Publicado
2016-03-31
Seção
Meio Ambiente