REINFECÇÃO DE COVID-19 ENTRE DOSES DA VACINAÇÃO: RELATO DE CASO EM UMA CIDADE DO SUDESTE DO BRASIL

Palavras-chave: COVID-19, Pandemia, Reinfecção, Relato de caso, SARS-CoV-2, Vacinação

Resumo

A vacinação contra a COVID-19 está acontecendo mundialmente, com a maioria das vacinas necessitando de duas doses para atingir o seu potencial máximo. É o método mais eficaz para prevenir novos casos de COVID-19, tanto por infecção ou por reinfecção. Este relato discorre a respeito de uma paciente do sexo feminino, recepcionista de uma Unidade de Pronto Atendimento onde o grupo de pesquisa realizava testagem e monitoramento de sintomas de pacientes com síndromes gripais, na capital do Estado de Minas Gerais, Brasil, que se reinfectou entre as duas doses preconizadas de vacinação. A primeira infecção ocorreu em setembro de 2020, enquanto a reinfecção ocorreu em fevereiro de 2021, 14 dias após a primeira dose do esquema vacinal - ambos os casos confirmados com RT-PCR - com piores sintomas nesta segunda ocasião. Nós alertamos a possibilidade de reinfecção mesmo após a primeira dose, ao contrário do que estava sendo preconizado na literatura, para que os agentes de saúde possam estabelecer medidas de segurança mais efetivas, principalmente em um contexto de mutação viral e de novas variantes.

Biografia do Autor

Murilo Soares Costa, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Doutorando em Infectologia e Medicina Tropical pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte (MG), Brasil.
Gabriel de Oliveira Gelape, UFMG
Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte (MG), Brasil.
André Barbosa de Andrade, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte (MG), Brasil.
Luiza Passini Vaz-Tostes, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Acadêmica de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte (MG), Brasil.
Madara da Silva Simões, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Acadêmica de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte (MG), Brasil.
Rhuan Braga Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte (MG), Brasil.
Nathalia Sernizon Guimarães, Universidade Federal da Bahia - UFBA
Doutora em Infectologia e Medicina Tropical pela UFMG, Pós-Doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador (BA), Brasil.
Unaí Tupinambás, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Doutor em Infectologia e Medicina Tropical pela UFMG, Docente do Programa de Pós-Graduação em Infectologia e Medicina Tropical da UFMG e do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Belo Horizonte (MG), Brasil.

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Publicado
2021-11-30