Potencial energético da madeira de Algaroba para a indústria de cerâmica no nordeste brasileiro

  • Pedro Nicó de Medeiros Neto UFCG/CSTR
  • Nauan Ribeiro Marques Cirilo
  • Libânia da Silva Ribeiro
  • João Gabriel Missia da Silva
  • William de Paiva
  • Flavio Cipriano de Assis do Carmo
Palavras-chave: Fonte renovável;, Espécie exótica;, Sustentabilidade;, Semiárido

Resumo

O uso energético da biomassa florestal favorece o menor consumo de combustíveis fósseis. Assim, o objetivo da pesquisa foi avaliar as características físico-químicas e energéticas da madeira e do carvão vegetal da espécie Algaroba (Prosopis juliflora). Para isso, foram coletadas toras em três classes diamétricas distintas e avaliadas sua densidade, umidade, composição química e qualidade energética. Na avaliação das características do material foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, sendo empregado o teste de Tukey (p ≤ 0,05). A densidade básica variou de 0,60 a 0,74 g cm³. O teor de umidade inicial foi superior a 30%. A classe diamétrica 1 e 3 apresentaram os maiores valores de cinzas na madeira, 0,9% e 1,05%, respectivamente. Quanto ao rendimento em carvão vegetal, os valores variaram de 34,31% a 38,19%. De modo geral a madeira de Algaroba apresentou potencialidade energética para uso nas indústrias de cerâmicas vermelhas.

Biografia do Autor

Pedro Nicó de Medeiros Neto, UFCG/CSTR
Doutorado em Ciências Florestais na Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Brasil.
Nauan Ribeiro Marques Cirilo
Mestrado em Ciências Florestais na Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Brasil.
Libânia da Silva Ribeiro
Doutorada em Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais na Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, Brasil.
João Gabriel Missia da Silva
Doutorado em Ciências Florestais na Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Brasil.
William de Paiva
Doutorado em Engenharia Civil na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Brasil.
Flavio Cipriano de Assis do Carmo
Doutorado em Ciências Florestais na Universidade Federal do Espírito Santo na UFES, Brasil.

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Publicado
2024-03-29
Seção
Tecnologias Limpas