Caracterização energética da madeira de duas espécies exóticas de ocorrência no semiárido brasileiro

Lucas Silva de Lima; Flavio Cipriano de Assis do Carmo; Pedro Nicó de Medeiros Neto; Giselle Lemos Moreira; Natália Isabel Lopes Quirino; Gerlanny Vieira de Morais

doi:10.17765/2176-9168.2024v17n.Especial.e12157

Autores

Lucas Silva de Lima Universidade Federal de Campina Grande - UFCG https://orcid.org/0009-0005-2254-5444
Flavio Cipriano de Assis do Carmo Universidade Federal de Campina Grande - UFCG https://orcid.org/0000-0001-9956-5295
Pedro Nicó de Medeiros Neto Universidade Federal de Campina Grande - UFCG https://orcid.org/0000-0001-5647-0050
Giselle Lemos Moreira Universidade Federal do Piauí - UFPI https://orcid.org/0000-0002-2219-7882
Natália Isabel Lopes Quirino Universidade Federal de Campina Grande - UFCG https://orcid.org/0000-0002-4895-5856
Gerlanny Vieira de Morais Universidade Federal de Campina Grande - UFCG https://orcid.org/0000-0002-7727-9834

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9168.2024v17n.Especial.e12157

Palavras-chave:

Caatinga; Carvão vegetal; Densidade energética.

Resumo

A pesquisa teve como objetivo avaliar as características físico-químicas, anatômicas e energéticas da madeira das espécies Prosopis juliflora e Leucaena leucocephala, visando a utilização como fonte de energia. Para isso, foram selecionadas cinco árvores por espécie e retirados discos com 5 cm de espessura, nas posições a 0 (base), 25, 50, 75 e 100% da altura comercial do tronco, considerado um diâmetro mínimo de 5,0 cm. Esses discos foram divididos em quatro partes em forma de cunha, sendo duas cunhas utilizadas para determinar a densidade básica, teor de casca e relação cerne/alburno e as outras utilizadas para as análises químicas e energéticas e produção do carvão vegetal. A espécie Prosopis juliflora apresentou maiores valores de massa seca (77,92 kg), densidade básica (779,31 kg.m-³) e relação C:A (1,00). Por outro lado, a Leucaena leucocephala teve um maior teor de lignina insolúvel (28,17%), enquanto a Prosopis juliflora apresentou maiores percentuais de extrativos (9,75%) e cinzas na madeira (2,20%). Já a densidade energética da madeira foi superior para a Prosopis juliflora (3,73 Gcal.m-3). Não foi observada diferença significativa entre as espécies para os resultados do poder calorífico superior e inferior, teores de carbono fixo e materiais voláteis. Quanto ao rendimento gravimétrico e à produtividade em carvão vegetal a Prosopis juliflora exibiu os maiores resultados, com valores médios de 42,33% e 329,77 kg.m-³, respectivamente. No geral, ambas as espécies apresentaram características satisfatórias para o uso energético, com melhores resultados para a madeira de Prosopis juliflora.

Biografia do Autor

Lucas Silva de Lima, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Mestre em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Flavio Cipriano de Assis do Carmo, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Doutor em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Docente da Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Campina Grande.

Pedro Nicó de Medeiros Neto, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Doutor em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Giselle Lemos Moreira, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Doutora em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Docente do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Piauí.

Natália Isabel Lopes Quirino, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Mestre em Ciências Florestais com ênfase em Ergonomia Florestal pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Gerlanny Vieira de Morais, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Mestranda pelo programa de Pós-graduação em Ciências Florestais da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

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