UTILIZAÇÃO DA CINZA LEVE E PESADA DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR COMO ADITIVO MINERAL NA PRODUÇÃO DE BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO

Autores

  • Sergio Tunis Martins Filho Universidade Estadual de Maringá
  • Carlos Humberto Martins Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Engenharia Civil

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9168.2017v10n4p1205-1224

Palavras-chave:

Cinzas do bagaço de cana-de-açúcar, Aditivo mineral, Bloco de concreto intertravado.

Resumo

A produção excessiva de resíduos agroindustriais sem solução adequada é uma realidade no Brasil, merecendo destaque as usinas sucroalcooleiras, que produzem quantidades consideráveis de cinzas provenientes da queima do bagaço da cana-de-açúcar, utilizado para cogeração de energia elétrica. Sabe-se que o setor da construção civil demanda alta quantidade de materiais cada vez mais escassos e oriundos de processos produtivos com grande geração de gases do efeito estufa. Porém o setor demonstra ter grande potencial para absorver os mais diferentes tipos de resíduos. Objetivou-se investigar a potencialidade de utilização de cinzas provenientes da queima do bagaço de cana-de-açúcar como substituto parcial do agregado miúdo e do aglomerante para produção de concreto utilizado na confecção de blocos para pavimentação, verificando-se a resistência à compressão, abrasão, absorção de água e MEV. Os teores de substituição nos traços foram fixados em 25% de cinza pesada pelo agregado miúdo e em até 10% de cinza leve pelo cimento Portland. Para tal, foi realizada a caracterização dos materiais por meio de ensaios físicos e de atividade pozolânica. Verificou-se que uma substituição de 25% de agregado miúdo por cinza pesada e de 2,5% de cimento Portland por cinza leve atendeu às recomendações da ABNT NBR 9781:2013.

Biografia do Autor

Sergio Tunis Martins Filho, Universidade Estadual de Maringá

Professor na Universidade Estadual de Maringá (UEM) no Departamento de Engenharia Civil. Participou de projetos de pesquisa com bolsa Fundação Araucária/UEM e CAPES, atuando na área de novos materiais para construção civil. Pesquisa sobre as potencialidade da Cinza do Bagaço de Cana-de-açúcar e sua inserção no concreto; Análise do ciclo de vida-LCA; Infraestrutura e Meio urbano; Resistência dos Materiais. Atualmente é Doutorando em Engenharia de Construção Civil pela UFPR na área de materiais e estruturas.

Carlos Humberto Martins, Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Engenharia Civil

Engenheiro Civil formado pela USP-São Carlos em 1995 com Mestrado (1998) e Doutorado (2001) em Engenharia de Estruturas pela mesma instituição. Atuou como professor e pesquisador na UNIVAP por 5 anos, onde também foi coordenador do curso de Engenharia Civil durante 3 anos. Atualmente é professor asssociado e pesquisador na Universidade Estadual de Maringa-UEM. Atua na área de análise estrutural com foco em estruturas metálicas, modelagem númerica com elementos finitos e também pesquisas relacionadas ao desenvolvimento novos materiais sustentáveis para a construção civil. Professor Orientador do Programa de Pós Graduação em Engenharia Urbana (PEU) da UEM e do Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil (PCV) da UEM. Já participou de diversos congressos nacionais e internacionais. Atua também como Avaliador de Cursos de Graduação e Avaliador Institucional e do sistema BASIS/INEP do Governo Federal. É avaliador de cursos de engenharia civil pela Comissão Especial de Avaliação da Educação Superior do Sistema Estadual de Educação do Paraná da SETI (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná). É elaborador e revisor de itens do Banco Nacional de Itens (BNI) do ENADE para os cursos de engenharia civil. É Bolsista Produtividade de Pesquisa da Fundaçao Araucária do Estado do Paraná

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Publicado

2017-12-12

Como Citar

Martins Filho, S. T., & Martins, C. H. (2017). UTILIZAÇÃO DA CINZA LEVE E PESADA DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR COMO ADITIVO MINERAL NA PRODUÇÃO DE BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO. Revista Em Agronegócio E Meio Ambiente, 10(4), 1205–1224. https://doi.org/10.17765/2176-9168.2017v10n4p1205-1224

Edição

v. 10 n. 4 (2017): out./dez.

Seção

Meio Ambiente

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