Qualidade química e físico-química de rúcula orgânica em função do período de colheita e armazenamento

Palavras-chave: Características, Hortaliça, Pós-colheita, Refrigeração

Resumo

A rúcula orgânica é uma hortaliça cujo consumo vem aumentando consideravelmente no Brasil, sendo necessário que haja uma maior produção e um índice maior de exigência quanto à qualidade desse produto. O estudo teve como objetivo determinar o período de colheita da rúcula orgânica nas condições ambientais do semiárido potiguar, a partir dos aspectos qualitativos. O experimento foi conduzido na propriedade rural Hortvida, a qual possui o selo de certificação pelo organismo internacional agropecuária. Depois de colhidos os molhos foram armazenados sob refrigeração (12 ± 1 ºC e 75 ± 5% de umidade relativa) no laboratório de fisiologia e tecnologia pós-colheita da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial (5x4), correspondentes a cinco períodos de colheita (20, 24, 28, 32 e 36 dias após o transplante) e quatro tempos de armazenamento (0, 4, 8 e 12 dias), em 04 repetições, totalizando 80 parcelas. Foram feitas as análises químicas e físico-químicas: potencial hidrogeniônico, sólidos solúveis, acidez titulável, relação de sólidos solúveis, acidez e vitamina C. Os resultados mostraram que a refrigeração é um método eficaz para prolongar a qualidade da rúcula orgânica, com maior vida de prateleira em torno de oito dias; apresentando melhores características de pós-colheita quando colhida aos 28 dias após o transplantio.

Biografia do Autor

Marta Juvênia Andrade Oliveira Meinerz, Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA
Mestre em Fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró (RN), Brasil.
Elizangela Cabral dos Santos , Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA
Docente do Centro de Fitotecnia da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), Mossoró (RN), Brasil.
Vania Cristina Nascimento Porto, Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA
Docente do Centro de Engenharia da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), Mossoró (RN), Brasil
Rydley Klapeyron Bezerra Lima, Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA
Doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró (RN), Brasil
Francisco Sidene Oliveira Silva, Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA
Doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró (RN), Brasil.

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Publicado
2021-06-28
Seção
Tecnologias Limpas