Propriedades químicas de um latossolo vermelho de cerrado cultivado com algodão sob diferentes preparos e adubações

Resumo

A alta taxa de mineralização da matéria orgânica nos solos do cerrado, a qual chega ser cinco vezes mais rápida do que nas regiões temperadas, leva-nos ao desafio de elegermos o melhor sistema de manejo que a mantenha e/ou aumente no solo, garantindo-lhe qualidade e sustentabilidade. Neste sentido o presente trabalho teve por objetivo estudar os efeitos das adubações verde, orgânica e mineral sobre as propriedades químicas de um LATOSSOLO VERMELHO Distrófico de cerrado, de textura média, cultivado com algodão (Gossypium hirsutum), sob preparo convencional e semeadura direta em área sob pastagem (Brachiaria decumbens) há 20 anos. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com parcelas subdivididas. As parcelas principais foram constituídas por dois tratamentos: preparo convencional e semeadura direta, e as subparcelas, por seis tratamentos: testemunha (sem adubação); adubação mineral recomendada para a cultura, de acordo com a análise química do solo; adubo orgânico (esterco bovino – 20 t ha-1); adubo orgânico (esterco bovino – 20 t ha-1) + ½ adubação mineral recomendada de acordo com a análise do solo; adubo verde-1 (Crotalaria juncea) e adubo verde-2 (Pennisetum americanum). Foram estudadas as seguintes propriedades químicas do solo: P, MO, pH, K, Ca Mg, Al, Al+H, S, CTC e V. As coletas do solo destinado às análises foram realizadas nas camadas de 0,00-0,05 m, 0,05-0,10 e 0,10-0,20 m. Chegou-se às seguintes conclusões: as adubações interferiram nas propriedades químicas do solo e os preparos não interferiram; o esterco de bovino e sua associação com a adubação mineral causaram maiores aumentos nos teores dos elementos no solo; o milheto e a crotalária não se diferenciaram quanto às suas influências nas propriedades químicas do solo.