Propagação por estaquia de Sangra-d’Água (Croton urucurana BAILL.)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9168.2022v15n1e9062

Palabras clave:

Ácido indolbutírico, Enraizamento, Épocas do ano, Euphorbiaceae

Resumen

A sangra-d’água (Croton urucurana Baill.) é uma árvore de difícil propagação por sementes. Objetivou-se avaliar o efeito da época de coleta de estacas e de diferentes concentrações de ácido indolbutírico (IBA), no enraizamento de estacas de Croton urucurana Baill. As coletas foram realizadas em novembro/2017, fevereiro/2018, maio/2018 e agosto/2018. As estacas tiveram suas bases imersas em solução hidroalcoólica (50 v/v) de IBA, nas concentrações de zero, 500, 1.000, 2.000, 4.000 e 8.000 mg L-1, por 10 segundos. O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado, com 24 tratamentos, em arranjo fatorial de 4 x 6 (épocas do ano x concentrações de IBA), e quatro repetições de 24 estacas/parcela. Avaliou-se a porcentagem de estacas enraizadas, número médio de raízes/estaca, comprimento médio de raízes, massa seca média de raízes/estaca, porcentagem de estacas com brotações, porcentagem de estacas que mantiveram folhas e porcentagem de estacas não enraizadas. A época de coleta de estacas não influenciou na porcentagem de estacas enraizadas e não enraizadas, cujas médias foram de 28,6% e 71,4%, respectivamente, entretanto, foi significativa para o número médio de raízes/estaca, comprimento médio de raízes e massa seca média de raízes/estaca. A aplicação de IBA influenciou positivamente o número médio de raízes/estaca e a massa seca de raízes/estacas, sendo a concentração de 8.000 mg L-1 a mais eficaz. C. urucurana pode ser propagada em qualquer época do ano, mas com baixo percentual de enraizamento. A aplicação de IBA não se mostra eficiente para a propagação vegetativa de C. urucurana por estaquia.

Biografía del autor/a

Arnaldo Gonçalves de Campos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso

Doutor, Professor do Campus São Vicente - Centro de Referência de Jaciara, Instituto Federal de Mato Grosso - IFMT/CRJac, Jaciara (MT), Brasil.

Maria de Fatima Barbosa Coelho, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT

Doutora, Professora Titular Permanente do Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá (MT), Brasil.

Alex Caetano Pimenta, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso

Doutor, Professor Titular do Campus São Vicente - Centro de Referência de Jaciara, Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT/CRJac) Jaciara (MT), Brasil.

Solange Aparecida Floriano, Escola Estadual Alice Barbosa Pacheco, Campo Verde (MT)

Acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza, Campus São Vicente - Centro de Referência de Jaciara, Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT/CRJac), Jaciara (MT), Brasil.

Maxuel Fellipe Nunes Xavier, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso

Mestrando do Programa de Pós-graduação em Agronomia, Escola de Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil.

Paulo Ricardo Lima Flores, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso

Acadêmico de Agronomia, Campus São Vicente - Centro de Referência de Campo Verde, Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT-CRCV), Campo Verde (MT), Brasil.

Citas

BASTOS, L. M.; FERREIRA, I. M. Composições fitofisionômicas do bioma Cerrado: Estudo sobre o subsistema de Vereda. Espaço em Revista, v. 12, n. 2, p. 99-108, 2010. DOI:10.5216/ER.V12I1.17656.

BONA, C. M.; BIASI, L. A. Influence of leaf retention on cutting propagation of Lavandula dentata L. Revista Ceres, Viçosa, v. 57, n. 4, p. 526-529, 2010. DOI: 10.1590/S0034-737X2010000400014

BORTOLINI, M. F. Uso de ácido indol butírico na estaquia de Tibouchina sellowiana (Cham.) Cogn. 2006. 85f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006.

CAMILLO, J.; VIEIRA, R. F. Croton urucurana - Sangra-d’água. In: VIEIRA, R. F.; CAMILLO, J.; CORADIN, L. (ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro - região Centro-Oeste. Brasília: MMA, 2016. p. 753-760.

CUNHA, C. S. M.; MAIA, S. S. S.; COELHO, M. F. B. Estaquia de Croton zehntneri Pax et Hoffm. com diferentes concentrações de ácido indol butírico. Ciência Rural, Santa Maria, v. 42, n. 4, p. 621-626, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-84782012000400007.

DELGADO, J. P. M.; YUYAMA, K. Comprimento de estaca de camu-camu com ácido indol butírico para a formação de mudas. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 32, n. 2, p. 522-526, 2010. DOI: 10.1590/S0100-29452010005000066

FACHINELLO, J. C.; HOFFMANN, A.; NACHTIGAL, J. C. Propagação de plantas frutíferas. Brasília: Embrapa. 2005. 221p.

FERREIRA, D. F. Sisvar: a Guide for its Bootstrap procedures in multiple comparisons. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 38, n. 2, p. 109-112, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-70542014000200001

FLOSS, E. L. Fisiologia das plantas cultivadas: o estudo que está por trás do que se vê. 5. ed. Passo Fundo: Ed. da UPF, 2011. 734p.

FRAGOSO, R. O. et al. Recuperação de área degradada no domínio floresta estacional semidecidual sob diferentes tratamentos. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 26, n. 3, p. 699-711, 2016. DOI: https://doi.org/10.5902/1980509824194.

DAVIES JR., F. et al. Plant propagation: principles and practices. 9. ed. London: Pearson, 2017. 1004p.

INMET, Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=home2/page&page=estacoesDoAno. Acesso em: 03 fev. 2017.

LIMA, D. M. et al. Capacidade de enraizamento de estacas de Maytenus muelleri Schwacke com a aplicação de ácido indol butírico relacionada aos aspectos anatômicos. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 13, n. 4, p. 422-438, 2011. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-05722011000400008

LIMA, D. M. et al. Ácido indol butírico no enraizamento de estacas de Langerstroemia indica em diferentes substratos. Pesquisa Florestal Brasileira, Colombo, v. 36, n. 88, p. 549-554, 2016. DOI: 10.4336/2016.pfb.36.88.1022

LIMA, E. C. et al. Indução de calos em segmentos foliares de sangra d`água (Croton urucurana Baill.). Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 32, n. 1, p. 17-22, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-70542008000100002

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 7ª ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2016. Vol. 1. 384p.

MACHADO, M. P. et al. Ácido indolbutírico no enraizamento de estacas semilenhosas do porta-enxerto de videira ‘VR043-43’ (Vitis viniferax Vitis rotundifolia). Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 27, n. 3, p. 476- 479, 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-29452005000300032.

NEGISHI, N. et al. Hormone level analysis on adventitious root formation in Eucalyptus globulus. New Forests, West Lafayette, v. 45, p. 577-587, 2014. DOI: 10.1007/s11056-014-9420-1

OLIVEIRA, G. L. et al. Enraizamento de estacas de Lippia sidoides Cham. utilizando diferentes tipos de estacas, substratos e concentrações do ácido indolbutírico. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 10, n. 4, p. 12-17, 2008.

PIRES, M. M. Y.; SOUZA, L. A.; TERADA, Y. Biologia floral de Croton urucurana Baill. (Euphorbiaceae) ocorrente em vegetação ripária da ilha Porto Rico, Porto Rico, Estado do Paraná, Brasil. Acta Scientiarum. Biological Sciences, Maringá, v. 26, n. 2, p. 209-215, 2004. DOI: https://doi.org/10.4025/actascibiolsci.v26i2.1638

PIZZATTO, M. et al. Influência do uso de AIB, época de coleta e tamanho de estaca na propagação vegetativa de hibisco por estaquia. Revista Ceres, Viçosa, v. 58, n. 4, p. 487-492, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-737X2011000400013.

SÁ, F. P. et al. Miniestaquia de erva-mate em quatro épocas do ano. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 28, n. 4, p. 1431-1442, 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.5902/1980509835051

SANTOS, J. P. et al. Enraizamento de estacas lenhosas de espécies florestais. Cerne, Lavras, v. 17, n. 3, p. 293-301, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-77602011000300002

SANTOS, L. W. et al. Caesalpinia ferrea Mart. ex. Tul. var. ferrea: study of vegetative propagation. International Journal of Agriculture and Environmental Research, India, v. 2, n. 5, p. 1138-1148, 2016.

TADEU, M. et al. Enraizamento de estacas caulinares e radiculares de Rubus fruticosus tratadas com AIB. Revista Ceres, Viçosa, v. 59, n. 6, p. 881-884, 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-737X2012000600021

TAIZ, L. et al. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. 888p.

TREVISAN, R. et al. Enraizamento de estacas herbáceas de mirtilo: influência da lesão na base e do ácido indolbutírico. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 32, n. 2, p. 402-406, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-70542008000200009.

WENDLING, I.; FERRARI, M. P.; DUTRA, L. F. Produção de mudas de corticeira-do-banhado por miniestaquia a partir de propágulos juvenis. Comunicado técnico, Colombo, n. 130, p. 1-5, out. 2005.

WENDLING, I. et al. Seleção de matrizes e tipo de propágulo na enxertia de substituição de copa em Ilex paraguariensis. Revista Árvore, Viçosa, v. 33, n. 5, p. 811-819, 2009. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-67622009000500004.

ZUFFELLATO-RIBAS, K. C.; RODRIGUES, J. D. Estaquia: uma abordagem dos principais aspectos fisiológicos. Curitiba: Imprensa Universitária da UFPR, 2001. 39p.

Publicado

2022-02-21

Cómo citar

Campos, A. G. de ., Coelho, M. de F. B. ., Pimenta, A. C., Floriano, S. A. ., Xavier, M. F. N., & Flores, P. R. L. (2022). Propagação por estaquia de Sangra-d’Água (Croton urucurana BAILL.). Revista Em Agronegócio E Meio Ambiente, 15(1), 65–75. https://doi.org/10.17765/2176-9168.2022v15n1e9062

Número

Sección

Agronegócio