Adaptabilidade de cultivares de pessegueiro na região dos Campos Gerais – Paraná
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2022v15n3e9116Palabras clave:
Chumbinho, Ferrugem, Grapholita molesta, Prunus persicaResumen
O custo da implantação de um pomar de pessegueiro é alto e sofre influência de variáveis como ataque de patógenos e doenças. Portanto, a cultivar é um dos componentes mais importantes desse sistema de produção, e um dos poucos que podem ser modificados sem que haja muitas alterações desse custo. Logo, o objetivo com este trabalho foi avaliar a adaptabilidade das cultivares de pessegueiro ‘Chimarrita’, ‘Eragil’, ‘Charme’, ‘Ouro’, ‘Seleção 01/08’, ‘FLA 8-1’ e ‘Della Nona’ na região dos Campos Gerais, no Estado do Paraná. O experimento foi conduzido no delineamento em blocos casualizados, contendo sete tratamentos representados pelas cultivares, onde cada tratamento foi composto por oito repetições. As variáveis analisadas foram: área foliar específica (cm² g-1), diâmetro do caule (mm), comprimento da haste principal (cm), volume da copa (m³), incidência e severidade de ferrugem e chumbinho, e porcentagem do ataque de Grapholita molesta (Busck) (%). As cultivares Chimarrita e Ouro foram as mais suscetíveis ao ataque de grafolita (95,5% e 98%, respectivamente) e de ferrugem, com AACPS de 14,65 para Chimarrita e 15,67 para Ouro. As cultivares Charme, Seleção 01/08 e Eragil são as mais adaptáveis aos Campos Gerais, sofreram poucos efeitos nas variáveis de crescimento como o comprimento de haste principal, área foliar específica, diâmetro do caule e volume de copa, mesmo com a ocorrência de doenças e pragas-chave que afetam a cultura.Citas
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