Outros Olhares sobre as Organizações: Contribuições dos Simbolismos e da Etnografia nos Estudos Organizacionais
Palavras-chave:
simbolismo organizacional, paradigma interpretativo, antropologia, etnografia
Resumo
O objetivo deste artigo é discutir possibilidades na investigação dos simbolismos nos Estudos Organizacionais, sob uma ênfase predominantemente antropológica, especialmente a partir da etnografia. A relevância deste artigo encontra-se em seu alinhamento com posturas mais críticas em relação às teorias organizacionais dominantes, que se fundamentam em óticas funcionalistas. O intuito é contribuir para preencher uma lacuna aberta por questionamentos da abordagem interpretativa, ao buscar alternativas à limitação da visão funcionalista para tratar de aspectos subjetivos ambientes complexos, oriundos das construções sociais nas organizações. Com base no simbolismo organizacional, o paradigma interpretativo se posiciona como uma abordagem na busca pela compreensão de aspectos formais e informais socialmente construídos em uma organização (MORGAN; FROST; PONDY, 1983; BURREL; MORGAN, 1970). A etnografia (GEERTZ, 1989) é mobilizada como uma alternativa de análise qualitativa com amplos potenciais para os Estudos Organizacionais. Esse método possibilita um maior aprofundamento em determinado contexto para permitir a sua compreensão, a partir dos aspectos simbólicos construídos pelos membros do grupo nativo que ali convivem. Conclui-se nesse artigo que adotar o simbolismo interpretativo e o método etnográfico abre horizontes nas pesquisas em administração, pois, além de aspectos formais, os estudos em organizações se deparam com a impossibilidade de objetivar tudo, principalmente os aspectos sociais. Enfim, os estudos interpretativos não almejam a inexistência de instâncias objetivas e formalizadas no meio organizacional, porém para eles esses aspectos são apenas “a ponta do iceberg”, devido ao fato de tais instâncias não conseguirem esgotar a imensa complexidade das relações no dia-a-dia nas organizações (CARRIERI, 2007; CAVEDON, 2003).
Publicado
2016-02-10
Edição
Seção
Artigos de Revisão
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