Shakespeare: Anti-Semita? A Imagem do Judeu em “O Mercador de Veneza”

  • Silvio Ruiz Paradiso Cesumar
  • Leoné Astride Barzotto Cesumar
Palavras-chave: Anti-semitismo, Literatura inglesa, Willian Shakespeare, Anti-Semitism, English Literature, William Shakespeare.

Resumo

Tendo por base um referencial teórico sobre anti-semitismo, subculturas, judaísmo, teoria literária e literatura inglesa, ou seja, teorias que envolvem a cultura e imagem do judaísmo na literatura, em especial, a britânica, desenvolvemos uma análise sobre o anti-semitismo na peça O mercador de Veneza, de William Shakespeare. Para ajudar seu amigo Bassânio a conquistar sua amada Pórcia, o mercador Antônio concorda em fazer um empréstimo com o agiota judeu Shylock oferecendo como garantia uma libra de sua própria carne. É neste enredo que Willian Shakespeare (1564– 1616) constrói uma imagem estereotipada e preconceituosa acerca do judeu e suas crenças. Escrita possivelmente em meados de 1600, época em que os judeus estiveram ausentes da Inglaterra, a peça, por vezes classificada como uma tragicomédia, dá ao leitor visões históricas sobre o pensamento inglês da época, principalmente no que tange à visão do que seria um judeu, pelas próprias falas de/sobre Shylock. Reportando-se ao Mercador de Veneza, Harold Bloom (2000, p. 222) diz: “Somente um cego, surdo e mudo não constataria que a grandiosa e ambígua comédia Shakespeariana ‘O Mercador de Veneza’ é uma obra profundamente anti-semita.” Para que a pesquisa cumprisse sua proposta, o método de procedimento foi histórico, enquanto o caráter foi descritivo-analítico.

Biografia do Autor

Silvio Ruiz Paradiso, Cesumar
* Acadêmico do curso de Letras Português/ Inglês do Centro Universitário de Maringá – CESUMAR; Bolsista do PROBIC-CESUMAR/Fundação Araucária.
Leoné Astride Barzotto, Cesumar
Docente do Centro Universitário de Maringá – CESUMAR; (PG- UEL/ Indiana University Bloomington).
Publicado
2008-06-25
Seção
Artigos Originais