CONHECENDO OS MODELOS DE CARREIRA DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DAS ARTES
Resumo
A presente pesquisa foi realizada no âmbito da análise psicossocial do trabalho e das organizações e dessa forma buscou conhecer os modelos de carreira profissional dos profissionais da área das Artes. As transformações no desenvolvimento de carreiras acompanharam o desenvolvimento do trabalho e atualmente constituem-se modelos de carreira: carreiras sem fronteiras, carreira portfólio, âncoras de carreira, carreira protiana e craft careers. Fizeram parte da pesquisa 14 profissionais. O instrumento da pesquisa foi um roteiro de entrevista semiestruturada e questionário sociodemográfico. Os dados foram analisados por meio da Técnica da Análise de Conteúdo, proposta por Bardin (2011). Os resultados apontam que os modelos de carreira profissional elaborados por parte dos profissionais são a carreira de tipo empreendedor, âncoras de carreiras e craft careers e estes têm como órgãos empregadores as instituições públicas e privadas. Conclui-se que os entrevistados são profissionais motivados a exercerem suas profissões apesar das dificuldades encontradas para exercê-las, visto que alguns deles mantêm duas profissões, sendo a primeira aquela pela qual se optou cursar e, a segunda aquela pela qual tem identificação no campo das artes.Referências
BALASSIANO, M.; COSTA, I. S. F. Gestão de carreiras: dilemas e perspectivas. São Paulo: Ed. Altas, 2013.
BALASSIANO, M.; VENTURA, E. C. F.; FONTES FILHO, J. R. Carreiras e cidades: existiria um melhor lugar para se fazer carreira?. RAC, v. 8, n. 3, jul./set. 2004.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BENDASSOLLI, P. F. Psicologia e trabalho: apropriações e significados. São Paulo: Ed. Cengage, 2009a.
BENDASSOLLI, P. F. Recomposição da relação sujeito-trabalho nos modelos emergentes de carreira. RAE, São Paulo: v. 49, n. 4, 2009b.
BRASIL. Base conceitual do artesanato brasileiro. Brasília: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 2012.
CHANLAT, J. F. Quais carreiras e para qual sociedade?. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 6, nov./dez. 1995.
DE LUCA, G.; ROCHA-DE-OLIVEIRA, S.; CHIESA, C. D. Projeto e metamorfose: contribuições de Gilberto Velho para os estudos sobre carreiras. Revista de Administração Contemporânea, v. 20, n. 4, p. 458-476, jul./ago. 2016.
DIAS, C. M. M. O Piauí que o Brasil quer ver: história, arte e cultura. Teresina: EDUFPI, 2013.
DUTRA, J. S. Administração de carreiras: uma proposta para repensar a gestão de pessoas. São Paulo: Ed. Atlas, 2010.
FÉRAL, J. Além dos limites: teoria e prática do teatro. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2015.
GOMBRICH, E. H. A história da arte. 16. ed. São Paulo: Ed. Guanabara, 2000.
JANSON, H. W.; JANSON, A. Iniciação a história da arte. 2. ed. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1996.
LIMA, L. R. Arte em madeira do Piauí: Santos e sertões do imaginário. Rio de Janeiro: IPHAN: CNFCP, 2010.
MASLOW, A. H. Motivation and personality. New York: Harper e Row, 1954.
MATOS, E.; PIRES, D. Teorias administrativas e organização do trabalho: de Taylor aos dias atuais, influências no setor saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enfermagem, v. 15. n. 3, jul./set. 2006.
MENEZES, G. Praia, história e artesanato no Piauí. O Globo, 2013.
MONTEIRO, M. S. H.; LEITE, D. B. Perspectivas de carreira dos estudantes de administração da Universidade Federal de Mato Grosso: comparativo entre os estudantes das gerações X e Y. Navus-Revista de Gestão e Tecnologia, v. 9, n. 1, p. 87-104, 2019.
MORAES, J. G. V. História e música: canção popular e conhecimento histórico. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 2. n. 39, 2000.
MUNHOZ, I. M. S.; MELO-SILVA, L. L. Educação para a carreira: concepções, desenvolvimento e possibilidades no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Orientação Profissional, v. 12, n. 1, jun. 2011.
NEVES, M. M.; TREVISAN, L. N.; JOÃO, B. do N. Carreira proteana: revisão teórica e análise bibliométrica. Revista de Psicologia Organizacional e do Trabalho, v. 13, n. 2, 2013.
OLIVEIRA, C. S. Do teatro à performance: um lugar de colapso. Revista Landa, v. 6, n. 1, p. 22-40, jun. 2017.
OLIVEIRA, M. Z. et al. Validação da versão brasileira da escala de atitudes de carreira sem-fronteiras. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 62, n. 3, 2010.
ORNELLAS, T. C. F.; MONTEIRO, M. I. Aspectos históricos, culturais e sociais do trabalhador. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 59. n. 4. jul./ago. 2006.
PEDROSA, F. B. O.; SANTOS, J. N. Da relação entre projeto de vida e o opt-out na carreira. In: ENCONTRO DE GESTÃO DE PESSOAS E RELAÇÕES DE TRABALHO, 5., 2015, Salvador. Anais [...]. Salvador: ANPAD, 2015.
PÉREZ-RAMOS, J. Motivação no trabalho: abordagens teóricas. Psicologia USP, São Paulo, v. 1, n. 2, dez. 1990.
ROCHA, M. A. et al. Arte de perto, volume único. 1. ed. São Paulo: Leya, 2016.
SCHEIN, E. H. Career anchors and job planning: the links between career pathing and career development. Cambridge: MIT Review, 1990.
SILVA FILHO, F. P. Perfil e problemática do artesanato do Litoral Piauiense. Fortaleza: Fundação Delta do Parnaíba, 1987.
TAMAYO, A.; PASCHOAL, T. A relação da motivação para o trabalho com as metas do trabalhador. Revista de Administração Contemporânea, v. 7, n. 4, out./dez. 2003.
TOLFO, S. R. A carreira profissional e seus movimentos: revendo conceitos e formas de gestão em tempos de mudança. Revista Psicologia: Organização e Trabalho, v. 2, n. 2, 2002.
TREVISAN, L. N. et al. Âncoras de carreira e tecnologia na percepção sobre estresse no ambiente de trabalho. Organizações em Contexto, v. 12, n. 24, jul./dez. 2016.
VIEIRA, C. L. S.; SOUSA, P. A. Carreira profissional no artesanato: um estudo com artesãos escultores em madeira. RECAPE Revista de Carreiras e Pessoas, v. 9, n. 1, 2019.
WILKOSZYNSKI, C. C.; VIEIRA, F. O. Carreiras contemporâneas: desafios e contradições frente as mudanças no mundo do trabalho. Desenvolve: Revista de Gestão do UnilaSalle, v. 2, n. 1, mar. 2013.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizado pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. São permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remixar, transformar, e criar a partir do trabalho, mesmo para fins comerciais), desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.