Expectativa e experiência do processo parturitivo em mulheres atendidas em unidade básica de saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9206.2019v12n3p545-554

Palavras-chave:

Assistência pré-natal, Gravidez, Parto normal, Promoção da saúde.

Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar a expectativa da gestante em relação ao parto no final da gestação e a vivência parturitiva. A amostra foi composta por 16 mulheres que se encontravam no terceiro trimestre de gestação, primíparas e que realizaram o pré-natal em Unidade Básica de Saúde. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas no terceiro trimestre de gestação e após o parto. Utilizou-se a análise de conteúdo para o tratamento e discussão dos dados. O estudo identificou que o parto vaginal foi a via preferida pelas gestantes, entretanto a cesárea eletiva foi a principal via de parto realizada pelos obstetras, mesmo em mulheres cuja preferência era a via de parto vaginal. Concluiu-se que é preciso investir no esclarecimento da população médica, das gestantes e dos seus familiares de que a cesárea eletiva expõe desnecessariamente os recém-nascidos a riscos e complicações neonatais, por meio de programas e de ações de promoção à saúde do grupo materno-infantil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eliete dos Reis Carvalho, Centro Universitário de Maringá

Enfermeira, Mestre em Promoção da Saúde pelo Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde do Centro Universitário de Maringá - UniCesumar.

Roney Alan Nogueira, Centro Universitário de Maringá

Enfermeiro, Mestrando em Promoção da Saúde pelo Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde do Centro Universitário de Maringá - UniCesumar.

Andréa Grano Marques, Centro Universitário de Maringá

Psicóloga, Docente Titular do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde do Centro Universitário de Maringá - UniCesumar. Bolsista do Programa de Produtividade em Pesquisa do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação – ICETI, Brasil.

Sônia Silva Marcon, Universidade Estadual de Maringá

Enfermeira, Docente Titular do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá – UEM, Brasil.

Rute Grossi Milani, Centro Universitário de Maringá

Psicóloga, Docente Titular do Departamento de Psicologia e dos Programas de Pós-Graduação em Promoção da Saúde e em Tecnologias Limpas do Centro Universitário de Maringá - UniCesumar. Bolsista do Programa de Produtividade em Pesquisa do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação – ICETI, Brasil.

Referências

Domingues RMSM, Hartz ZM de A, Dias MAB, Leal M do C. Avaliação da adequação da assistência pré-natal na rede SUS do Município do Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saúde Públ. 2012;28(3):425–37.

Cunha ACB da, Santos C, Gonçalves RM. Concepções sobre maternidade, parto e amamentação em grupo de gestantes. Arq Bras Psicol [Internet]. 2012;64(1):139–55.

Gama A de S, Giffin KM, Angulo-Tuesta A, Barbosa GP, D’Orsi E. Representações e experiências das mulheres sobre a assistência ao parto vaginal e cesárea em maternidades pública e privada. Cad Saúde Públ. 2009;25(11):2480–8.

Zanardo GL de P, Uribe MC, Nadal AHR De, Habigzang LF. Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Psicol Soc. 2017;29:1-11.

Pasche DF, de Albuquerque Vilela ME, Martins CP. Humanização da atenção ao parto e nascimento no Brasil: pressupostos para uma nova ética na gestão e no cuidado. Rev Tempus Actas Saúde Coletiva. 2010;4(4):105–17.

Mandarino NR, Chein MB da C, Monteiro Júnior F das C, Brito LMO, Lamy ZC, Nina VJ da S, et al. Aspectos relacionados à escolha do tipo de parto: um estudo comparativo entre uma maternidade pública e outra privada, em São Luís, Maranhão, Brasil. Cad Saúde Públ. 2009;25(7):1587–96.

Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes de Atenção à Gestante: a operação cesariana. Ministério da Saúde. Brasilia, Distrito Federal. 2016.

Brasil. Ministério da Saúde. Informações de Saúde - Estatísticas Vitais [Internet]. DATASUS. Ministério da Saúde. Brasilia, Distrito Federal. 2016.

Organização Mundial da Saúde. Declaração da Organização Mundial da Saúde sobre Taxas de Cesáreas. Human Reproduction Programme. Word Health Organization. Genebra, Suíca. 2015.

Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao normal parto: Versão resumida. Ministério da Saúde. Brasilia, Distrito Federal. 2017.

Andrade P de ON, Silva JQP da, Diniz CMM, Caminha M de FC. Fatores associados à violência obstétrica na assistência ao parto vaginal em uma maternidade de alta complexidade em Recife, Pernambuco. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2016;16(1):29–37.

Weidle WG, Medeiros CRG, Grave MTQ, Dal Bosco SM. Escolha da via de parto pela mulher: autonomia ou indução? Cad Saúde Col. 2014;22(1):46–53.

Bardin L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica: Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco. Ministério da Saúde. Brasilia, Distrito Federal. 2012.

Francisco RPV, Zugaib M. Intercorrências neonatais da cesárea eletiva antes de 39 semanas de gestação. Rev Assoc Med Bras. 2013;59(2):93–4.

Domingues RMSM, Dias MAB, Nakamura-Pereira M, Torres JA, D’Orsi E, Pereira APE, et al. Processo de decisão pelo tipo de parto no Brasil: da preferência inicial das mulheres à via de parto final. Cad Saúde Públ. 2014;30(1):101–16.

Benute GRG, Nomura RY, Santos AM dos, Zarvos MA, Lucia MCS de, Francisco RPV. Preferência pela via de parto: uma comparação entre gestantes nulíparas e primíparas. Rev Bras Ginecol e Obs. 2013;35(6):281–5.

Junior TL, Steffani JA, Bonamigo EL. Escolha da via de parto: expectativa de gestantes e obstetras. Rev Bioética. 2013;21(3):509–17.

Tostes NA, Seidl EMF. Expectativas de gestantes sobre o parto e suas percepções acerca da preparação para o parto. Temas em Psicol. 2016;24(2):681–93.

Nunes ACF, Ramos DKR, Mesquita SK da C. Preferência por cesarianas em gestantes nulíparas de um consultório particular de ginecologia e obstetrícia: um estudo de caso. Rev da Univ Val do Rio Verde. 2014;12(2):743–53.

Silva SPC e, Prates RDCG, Campelo BQA. Parto normal ou cesariana? Fatores que influenciam na escolha da gestante. Rev Enferm da UFSM. 2014;4(1):1–9.

Santana FA, Lahm JV, dos Santos RP. Fatores que influenciam a gestante na escolha do tipo de parto. Rev da Fac Ciências Médicas Sorocaba. 2015;17(3):123–7.

Araujo SM, Silva MED, Moraes RC, Alves DS. A importância do pré-natal e a assistência de enfermagem. VEREDAS FAVIP-Rev Elet de Ciên [Internet]. 2010;3(2):7.

Veringa IK, de Bruin EI, Bardacke N, Duncan LG, van Steensel FJA, Dirksen CD, et al. Ive Changed My Mind, Mindfulness-Based Childbirth and Parenting (MBCP) for pregnant women with a high level of fear of childbirth and their partners: study protocol of the quasi-experimental controlled trial. BMC Psychiatry. 2016;16(1):377.

Oliveira ASS, Rodrigues DP, Guedes MVC, Felipe GF. Percepção de mulheres sobre a vivência do trabalho de parto e parto. Rev da Rede Enferm do Nord. 2010;11:32–41.

Szejer M, Benetti MNB, Stewart R, Lambrichs LL, Frydman R. Nove meses na vida da mulher: uma abordagem psicanalítica da gravidez e do nascimento. Casa do Psicólogo; 1997. 322 p.

Brasil. Ministério da Saúde. Programa Humanização do Parto - Humanização no Pré-Natal e no Nascimento. Ministério da Saúde. Brasilia, Distrito Federal. 2002.

Vieira MJ de O, Santos AAP dos, Silva JM de O e, Sanches MET de L. Assistência de enfermagem obstétrica baseada em boas práticas: do acolhimento ao parto. Rev Eletrônica Enferm. 2016;18:10.

Reis CC, de Souza KRF, Alves DS, Tenório IM, Neto WB. Percepção das mulheres sobre a experiência do primeiro parto: implicações para o cuidado de enfermagem. Cienc y Enfermería. 2017;23(2):45–56.

Greinert BRM, dos Reis Carvalho E, Capel H, Marques AG, Milani RG. A relação mãe-bebê no contexto da depressão pós-parto: estudo qualitativo. Saúde e Pesqui. 2018;11(1):81–8.

Downloads

Publicado

2019-10-21

Como Citar

Carvalho, E. dos R., Nogueira, R. A., Marques, A. G., Marcon, S. S., & Milani, R. G. (2019). Expectativa e experiência do processo parturitivo em mulheres atendidas em unidade básica de saúde. Saúde E Pesquisa, 12(3), 545–554. https://doi.org/10.17765/2176-9206.2019v12n3p545-554

Edição

Seção

Artigos Originais