CARACTERIZAÇÃO PARCIAL PROBIÓTICA E MOLECULAR DE BACTÉRIAS ÁCIDO LÁCTICAS ISOLADAS DE QUEIJO DE COALHO DA CIDADE DE ARCOVERDE – PERNAMBUCO
DOI:
https://doi.org/10.17765/1518-1243.2019v21n1p7-14Palavras-chave:
Probióticos, Tecnologia de alimentos, Saúde, MicrorganismosResumo
O conhecimento da biodiversidade das cepas de bactérias ácido lácticas autóctones é muito importante para a produção de queijo de coalho com qualidade, pois as BAL atuam na inibição do crescimento de microrganismos indesejáveis por competição ou pela ação de proteínas antimicrobianas denominadas bacteriocinas por elas sintetizadas. Além dos efeitos probióticos apontados por pesquisas, com benefícios para a saúde humana. Por isso, esse trabalho teve por objetivo a caracterização parcial probiótica de bactérias ácido lácticas isoladas de queijo de coalho da cidade de Arcoverde – Pernambuco. As bactérias ácido lácticas utilizadas foram previamente isoladas do queijo de coalho da cidade de Arcoverde-PE e conservadas sob refrigeração no Centro de Apoio à pesquisa-Cenapesq. Foram usadas 11 cepas bacterianas diferentes para os testes. As BAL foram submetidas ao teste de resistência ao valor de pH baixo, resistência à presença de sais biliares, atividade antagonista e caracterização molecular, seguindo parâmetros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Das 11 bactérias isoladas da cidade de Arcoverde-PE apenas duas foram eficientes para a maioria dos testes e identificadas como Enterococcus, demonstrando o seu potencial probiótico. Portanto, percebemos que bactérias isoladas do queijo de coalho pernambucano representam importante fonte de microrganismos benéficos para a tecnologia de alimentos e saúde humana e animal.Referências
ARGYRI, A. A. et al. Selection of potential probiotic lactic acid bacteria from fermented olives by in vitro tests. Food Microbiology, v. 33, n. 2, p. 282–91, apr. 2013. DOI: 10.1016/j.fm.2012.10.005. Acesso em: 31 maio 2019.
ANVISA. Substâncias bioativas e probióticos isolados com alegação de propriedades funcionais e ou de saúde. 2018. Disponível em: http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/34379969/do 1-2018-07-27-resolucao-da-diretoria-colegiada-rdc-n-243-de-26-de-julho-de-2018-34379917. Acesso em: 31 maio 2019.
AXELSSON, L. Lactic acid bacteria: classification and physiology. In: SALMINEN, S. Lactic acid bacteria: microbiology and functional aspects. New York: Marcel Decker, 1998. p. 30.
BERESFORD, T. P.; FITZSIMONS, N. A.; BRENNAN, N. L.; COGAN, T. M. Recents advances in cheese microbiology. International Dairy Journal, v. 11, n. 4-7, p. 259-274, jul. 2001.
CASTILLO, F. M. Produção de bacteriocina por Bifidobacterium lactis a partir de leite desnatado. 2013. 107 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
CAVALCANTE, J. F. et al. Lactobacillus capillatus sp., a motile Lactobacillus specie isolated from stinky tofu brine. International Journal of Systematic Evolutionary Microbiology, v. 58, n.11, p. 2555-2559, nov. 2008.
CLEVELAND, J.; MONTVILLE, T.; NES, I. F.; CHIKINDAS, M. L. Bacteriocins: safe, natural antimicrobials for food preservation. International Journal of Food Microbiology, v. 71, n. 1, p. 1-20, 2001. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/S0168-1605(01)00560-8. Acesso em: 23 maio 2019.
DEEGAN, L. C.; COTTER, P. D.; HIL, C.; ROSS, P. Bacteriocins: biological tools preservation and shelf-life extension. International Dairy Journal, v. 16, n. 9, p. 1058-1071, sep. 2006.
DHEWA, T. Screening, production purification and potential use of bacteriocins from lactic acid bacteria of meat and dairy food origin. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON NUTRITION AND FOOD SCIENCES, 2012, Singapore. Proceedings… Singapore: IACSIT Press, 2012. v. 39, p. 35-41.
DIAS, G. M. P. Potencial tecnológico de bactérias ácido láticas isoladas de queijo de coalho artesanal produzido no município de Venturosa Pernambuco. 2014. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2014.
ESCOBAR, C. A. M. Avaliação dos pontos críticos na produção de queijo de coalho em Pernambuco. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 56, n. 321, p. 248-256, 2001.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS; WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines for the evaluation of probiotics in food. London: FAO: WHO, 2002.
HOFVENDAHL, K.; HÄGERDAL-HAHN, B. Factors affecting the fermentative lactic acid production from renewable resources. Enzyme and Microbial Technology, v. 26, n. 2-4, p. 87-107, fev. 2000.
KE, D. et al. Development of a PCR assay for rapid detection of enterococci. Journal of Clinical Microbiology, v. 37, n. 11, p. 3497-3503, nov. 1999.
MAYR-HARTING, A.; HEDGES, A. J.; BERKELEY, R. C. W. Methods for studying bacteriocins. In: NORRIS, J. R.; RIBBONS, D. W. (ed.). Methods in microbiology. New York: Academic Press Inc., 1972. p. 315-422.
OLIVEIRA-SERQUEIRA, T. C. G.; RIBEIRO, C. M.; GOMES, M. I. F. V. Probiotics as potential biotherapeutic agentes targeting intestinal parasites. Ciência Rural, v. 38, p. 2670-2679, 2008.
SETTANNI, L.; MOSCHETTI, G. Non-starter lactic acid bacteria used to improve cheese quality and provide health benefits. Food Microbiology, v. 27, p. 691-697, 2010.
VINDEROLA, C. G.; REINHEIMER, J. A. Lactic acid starter and probiotic bacteria: a comparative ‘‘in vitro’’ study of probiotic characteristics and biological barrier resistance. Food Res. Int., v. 36, p. 895-904, 2003
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.Juntamente com o e-mail de aceite (para casos de aprovação) será encaminhado modelo da Carta de Direitos Autorais que deverá conter o nome completo dos autores, bem como dados de documentos pessoais e assinada por todos os autores e coautores envolvidos no trabalho.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution CC-BY-NC que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.