Efast na Sala de Emergência no Diagnóstico de Pneumotórax: Relato de Caso

  • Imad Shehadeh Hospital Univeritário Regional de Maringá
  • Claudio Ricardo Capela Bogdan Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Marcelo da Silva Pereira Fernandes Hospital Univeritário Regional de Maringá
  • Fabiane Vieira Berg Shehadeh Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Luiz Alfredo Calvo Fracasso Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Lis Osaku Hospital Univeritário Regional de Maringá
Palavras-chave: Cirurgia, Trauma, Ultrassonografia, Pneumotórax, Emergência

Resumo

A presença de ar livre no espaço pleural pode ocorrer de maneira espontânea ou adquirida e é uma condição clínica frequente no cotidiano de um pronto socorro. Vítimas de traumas torácicos podem desenvolver pneumotórax e complicações à vida. Uso de EFAST (Extended Focused Assessment with Sonography for Trauma) permitiu avanço no diagnóstico dessas lesões ameaçadoras à vida. Este relato mostra o precoce diagnóstico de pneumotórax, usando EFAST, em paciente vítima de trauma torácico fechado. Paciente masculino, 65 anos, admitido em sala de emergência de um hospital universitário, após colisão automobilística há dois dias. Apresentava dor torácica ventilatório-dependente, principalmente à esquerda, e dispneia aos grandes esforços. O murmúrio vesicular estava presente no hemitórax direito, mas abolido no terço inferior do hemitórax esquerdo. Submetido à EFAST, que mostrou pneumotórax à esquerda. A toracostomia com drenagem pleural à esquerda foi realizada sem intercorrências e o pneumotórax foi resolvido. Recebeu alta após quatro dias de internação, com melhora clínica satisfatória e reexpansibilidade pulmonar adequada. O exame ultrassonográfico do tórax em vítimas de trauma tem a vantagem de ser não invasivo, de imediata avaliação e fácil portabilidade. Tem se mostrado superior ao exame de raios-X de tórax, em termos de sensibilidade, e à tomografia computadorizada do tórax, quanto ao tempo de execução e exposição do paciente à radiação. Seu uso deve ser estendido e aplicado na avaliação primária de todo paciente politraumatizado atendido em sala de emergência.

Biografia do Autor

Imad Shehadeh, Hospital Univeritário Regional de Maringá
Médico formado pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande - RS (FURG); Médico Cirurgião Geral pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande - RS (FURG) e Cirurgião do Trauma pelo Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre – RS; Médico Técnico e Plantonista de Cirurgia Geral do Hospital Universitário de Maringá; Instrutor do ATLS.
Claudio Ricardo Capela Bogdan, Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Médico formado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Especialista em Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, Médico Técnico e Plantonista de Cirurgia Geral do Hospital Universitário de Maringá, Professor Assistente de Medicina da Faculdade Ingá; Instrutor do ATLS.
Marcelo da Silva Pereira Fernandes, Hospital Univeritário Regional de Maringá
Médico Formado pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE); Título de Cirurgião Geral pela Universidade Estadual de Maringá (UEM); Plantonista de Cirurgia Geral do Hospital Universitário de Maringá.
Fabiane Vieira Berg Shehadeh, Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Biomédica formada pela UniCesumar. Mestre, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá, Brasil
Luiz Alfredo Calvo Fracasso, Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Médico Formado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM); Título de Cirurgião Geral pela Universidade Estadual de Maringá (UEM); Plantonista de Cirurgia Geral do Hospital Universitário de Maringá.
Lis Osaku, Hospital Univeritário Regional de Maringá
Médica Formada pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Plantonista em Sala de Emergência de Unidade de Pronto Atendimento em Maringá – PR.
Publicado
2016-06-15
Seção
Artigos de Revisão