ESTUDO SENSORIAL E FÍSICO-QUÍMICO DE VEGETAIS ARMAZENADOS EM REFRIGERAÇÃO COM MONITORAMENTO DE PARÂMETROS

  • Isadora de Andrade Paulo Universidade Regional de Blumenau
  • Fernanda Raquel Wust Schmitz Universidade Regional de Blumenau
  • André Freitas Universidade Regional de Blumenau Engenheiro Químico
  • Sávio Leandro Bertoli Universidade Regional de Blumenau Engenheiro Químico
  • Carolina Krebs de Souza Universidade Regional de Blumenau Engenheira de Alimentos
Palavras-chave: Armazenamento refrigerado, Vida de prateleira, Vegetais

Resumo

O controle da temperatura e da umidade relativa em sistemas de refrigeração, para armazenamento de alimentos frescos, é fundamental para garantir boa aparência e manter as características físico-químicas, biológicas e sensoriais por períodos mais longos. Já que estes parâmetros afetam diretamente os atributos de qualidade nutricional, textura, aroma, sabor e aspecto visual. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da temperatura do sistema de refrigeração isotérmico (3,3°C) e o monitoramento da umidade relativa na vida de prateleira dos vegetais (melancia, melão, aspargos, milho, ervilha, pimentão, aipo, pepino e alface romana). Foram realizadas análises da variação da massa, sensoriais e de cor com todos estes vegetais durante os 12 dias de armazenamento refrigerado. A análise sensorial foi realizada por um painel de sete julgadores treinados que avaliaram as amostras em uma escala hedônica não estruturada de nove pontos. De acordo com a avaliação sensorial, os alimentos foram rejeitados na seguinte ordem: ervilha torta no terceiro dia; milho no quarto dia; alface romana no quarto dia; pepino no sexto dia; aipo no oitavo dia; melancia no nono dia; melão no 11° dia; aspargos no 11° dia e pimentão verde no 12° dia.

Biografia do Autor

Isadora de Andrade Paulo, Universidade Regional de Blumenau
Acadêmica de Engenharia de Alimentos na Universidade Regional de Blumenau, Brasil.
Fernanda Raquel Wust Schmitz, Universidade Regional de Blumenau
Mestrado em Engenharia Química em andamento pela Fundação Universidade Regional de Blumenau, Brasil.
André Freitas, Universidade Regional de Blumenau Engenheiro Químico
Engenheiro Químico do Departamento de Engenharia Química da Universidade Regional de Blumenau, Brasil.
Sávio Leandro Bertoli, Universidade Regional de Blumenau Engenheiro Químico
Doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Docente do quadro da Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), Brasil.
Carolina Krebs de Souza, Universidade Regional de Blumenau Engenheira de Alimentos
Doutorado internacional em Chemistry and Toxicology of Foods pela Universidade de Perúgia - Unipeg (Itália); Pós-doutorado em Engenharia Bioquímica na linha de pesquisa em Microbiologia Preditiva pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Docente nos cursos de Engenharia de Alimentos, Engenharia Química e do Programa de Pós-graduação em Engenharia Química; Coordenadora do Curso de Engenharia de Alimentos na Universidade Regional de Blumenau (FURB), Brasil.

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Publicado
2017-06-27