Desempenho fisiológico de sementes de Crotalaria ochroleuca durante o armazenamento

Palavras-chave: Crotalária, condições de ambiente, vigor de sementes

Resumo

As crotalárias são amplamente utilizadas como adubo verde, porém um dos maiores desafios é a obtenção de sementes com elevada qualidade fisiológica. A adoção de tecnologias adequadas de armazenamento contribui para manutenção da qualidade fisiológica das sementes, e, dessa forma, é fundamental o conhecimento das condições ideais durante o armazenamento. Objetivou-se avaliar o desempenho fisiológico de sementes de Crotalaria ochroleuca durante o armazenamento. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com quatro repetições, em subparcelas divididas ao longo do tempo. As sementes foram acondicionadas em sacos de papel e armazenadas em condições de ambiente sem o controle de temperatura e umidade relativa e em câmara climatizada. O desempenho fisiológico das sementes foi avaliado no início (controle) e a cada 90 dias, até 270 dias de armazenamento, por meio da germinação, primeira contagem, índice de velocidade de germinação, emergência a campo, envelhecimento acelerado, teste de frio e crescimento de plântulas. As sementes armazenadas em ambiente não controlado apresentam germinação mais elevada (acima de 75%) do que em câmara climatizada por até 270 dias de armazenamento. O desempenho das sementes foi mais influenciado pelo período do que pelo ambiente de armazenamento. As sementes de C. ochroleuca apresentaram elevado desempenho fisiológico por até 150 dias de armazenamento, em ambas as condições de ambiente.

Biografia do Autor

Bruna Neves Pereira da Silva, BRF S/A
Graduação em Agronomia, Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD, Brasil.
Tathiana Elisa Masetto, Universidade Federal da Grande Dourados
Graduação em Agronomia na Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD, Brasil.
Daiane Mugnol Dresch
Doutorada em Agronomia na Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD, Brasil.

Referências

ARAÚJO, A. V. et al. Época de colheita e armazenabilidade de sementes de Crotalaria juncea L. Revista Ciência Agronômica, v. 49, n. 1, p. 103-111, 2018. DOI: https://doi.org/10.5935/1806-6690.20180012

BALLESTEROS, D.; PRITCHARD, H. W.; WALTERS, C. Dry architecture: towards the understanding of the variation of longevity in desiccation-tolerant germplasm. Seed Science Research, v. 30, p. 142–155, 2020. DOI: https://doi.org/10.1017/S0960258520000239

BASBOUSS-SERHAL, I.; LEYMARIE, J.; BAILLY, C. Fluctuation of Arabidopsis seed dormancy with relative humidity and temperature during drying storage. Journal of Experimental Botany, v. 67, n. 1, p. 119-130, 2016. DOI: https://doi.org/10.1093/jxb/erv439

BASKIN, C. C.; BASKIN, J. M. Breaking seed dormancy during dry storage: a useful tool or major problem for successful restoration via direct seeding?. Plants, v. 9, n. 5, p.636, 2020. DOI: https://doi.org/10.1093/jxb/erv439

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa nº 30, de 21 de maio de 2008. Estabelece normas e padrões para produção e comercialização de sementes de espécies forrageiras de clima tropical. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 23 mai. 2008. Seção 1, p. 45.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento. Regras para análise de sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília: MAPA/ACS, 2009. 399p.

CHIEZA, E. D. et al. Produção e aspectos econômicos de milho consorciado com Crotalaria juncea L. em diferentes intervalos de semeadura, sob manejo orgânico. Revista Ceres, v. 64, n. 2, p. 189-196, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-737X201764020012

DELAZERI, J. V. et al. Desempenho agronômico de milheto e crotalária cultivados em sistemas solteiro e consorciado. Ciencia del suelo, v. 38, n. 2, p. 212-223, 2020. http://www.scielo.org.ar/scielo.php?pid=S1850-20672020000200212&script=sci_abstract&tlng=en

FERREIRA, D. F. SISVAR: A computer analysis system to fixed effects split plot type designs. Revista Brasileira de Biometria, v. 37, n. 4, p. 529-535, 2019. DOI: https://doi.org/10.28951/rbb.v37i4.450

GRAEBER, K. et al. Molecular mechanisms of seed dormancy. Plant, cell & environment, v.35, n.10, p.1769-1786, 2012. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1365-3040.2012.02542.x

GRANELLA, S. J. et al. Thermodynamic properties for different equilibrium moisture content in sunn hemp seeds. Journal of Seed Science, v. 40, n. 3, p. 288–295, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/2317-1545v40n3188518

GRANELLA, S. J.; BECHLIN, T. R.; CHRIST, D. Modelagem das isotermas de dessorção e do calor isostérico de sementes de crotalária. Pesquisas Agrárias e Ambientais, v.8, n.1, p.124-8, 2020. DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v7i6.7750

KAPPES, C. et al. Reguladores de crescimento e seus efeitos sobre a qualidade fisiológica de sementes e plântulas de crotalária. Bioscience Journal, v. 28, n. 2, p. 180-190, 2012. http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/11639

MAGUIRE, J. D. Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, v. 2, n. 1, p. 176-177, 1962. DOI: https://doi.org/10.2135/cropsci1962.0011183X000200020033x

MARCOS FILHO, J. Teste de envelhecimento acelerado. In: KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J. B. (Eds.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina-PR: ABRATES, 1999. p. 3-1 a 3-24.

MARCOS-FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Londrina: ABRATES, 2. ed., 2015. 659 p.

MIRA, S. et al. DNA methylation and integrity in aged seeds and regenerated plants. Seed Science Research, v. 30, n. 2, p. 92-100, 2020. DOI: https://doi.org/10.1017/S0960258520000021

NADARAJAN, J.; WALTERS, C.; PRITCHARD, H. W.; BALLESTEROS, D.; COLVILLE, L. Seed longevity-the evolution of knowledge and a conceptual framework. Plants, v. 12, n. 3, p. 471, 2023. https://doi.org/10.3390/plants12030471

NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas. In: KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J. B. (Ed.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, 1999. cap. 2, p. 2-8.

PASCUALIDES, A. L.; PLANCHUELO, A. M. Seed morphology and imbibitions pattern of Crotalaria juncea L. Seed Science and Technology, v. 35, n. 3, p. 760-764, 2007. https://doi.org/10.15258/sst.2007.35.3.24

SANO, N. et al. Staying alive: molecular aspects of seed longevity. Plant and Cell Physiology, v. 57, n. 4, p. 660-674, 2016. DOI: https://doi.org/10.1093/pcp/pcv186

SILVA, B. N. P. D.; MASETTO, T. E.; SOUZA, L. C. F. D. Changes in the physiological potential of sunn hemp seeds during storage. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 52, 2022. https://doi.org/10.1590/1983-40632022v5272687

SCHONS, A. et al. Respostas do genótipo, tratamento de sementes e condições de armazenamento no potencial fisiológico de sementes de soja. Revista de Ciências Agrárias, v. 41, n. 1, p. 109-121, 2018. DOI: https://doi.org/10.19084/RCA17183

VIEIRA, B. G. T. L. et al. Alternative procedure for the cold test for soybean seeds. Scientia Agricola, v. 67, n. 5, p. 540-545, 2010. https://www.scielo.br/j/sa/a/bZMV5Qdz9mXfRgFmTfJPQFF/?format=pdf&lang=en

WATERWORTH, W. M.; BRAY, C. M.; WEST, C. E. Seeds and the art of genome maintenance. Frontiers in Plant Science, v. 10, p. 706, 2019. DOI: https://doi.org/10.3389/fpls.2019.00706

Publicado
2024-03-29
Seção
Agronegócio