Evolução e perspectivas do setor eólico no Brasil: análise dos principais estados produtores
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2020v13n4p1409-1432Palavras-chave:
Energia eólica, Energias renováveis, Produção energéticaResumo
Este artigo propõe analisar a evolução do setor eólico no Brasil, resgatando as políticas públicas de incentivo ao setor, e apresentar tendências para o futuro, destacando a participação dos Estados brasileiros na produção e comercialização da energia eólica. Foi proposto um campo empírico de análise com base em investigação das regiões de maior expressividade produtiva, com uma abordagem qualitativa aos moldes descritivos, perfazendo o campo de uma predição de tendência para o setor. Dados os destaques aos programas governamentais que incentivaram o avanço da energia eólica e aos mecanismos de compra de energia por meio de leilões, observou-se que a região Nordeste, especificamente os Estados do Rio Grande do Norte e a Bahia, concentra a maior parte dos parques eólicos e capacidade instalada. Isso se deve aos incentivos públicos dotados no setor, associados às condições climáticas das regiões e às correntes de ventos. A tendência observada pode ser atribuída de diversas possibilidades, que se somada tanto a fatores endógenos quanto exógenos, ou seja, estímulos estrangeiros em ampliação do uso pela energia limpa com fatores climáticos e econômicos internos no país, este último amparado por apoios governamentais, tornará a fonte predominante no fornecimento de energia elétrica por fontes limpas e renováveis, capaz de reestruturar no longo prazo a cadeia consumidora pela sua amplitude comercial a preços acessíveis e tecnologias de produção e distribuição a um curso disruptivo.Referências
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