Estoques de biomassa e carbono na Amazônia brasileira: uma nova abordagem
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2021v14Supl.2.e8820Palavras-chave:
Dados abertos, Floresta amazônica, Método bootstrap, Plataforma BDiA, Processo KDDResumo
A floresta amazônica brasileira concentra um dos maiores estoques de biomassa viva e carbono no planeta. Dada sua importância como sumidouro de carbono, estudos de quantificação de biomassa nesta floresta tropical são imprescindíveis para se buscar um maior entendimento nas questões ligadas às mudanças climáticas. Entretanto, há de se destacar que dados relativos a inventários de biomassa e carbono no Brasil, atualmente, são escassos ou encontram-se de maneira dispersa em diversas bases de dados, muitas vezes com acesso restrito. Nesse sentido, iniciativas de dados abertos (open data) para inventários florestais na Amazônia brasileira são necessárias. No presente estudo, foi feita uma abordagem inédita com dados de inventário florestal do Projeto RADAMBRASIL - disponibilizados na plataforma BDiA - utilizando o método bootstrap de reamostragem, para estimativas de biomassa e carbono no bioma Amazônia. O Processo KDD (Knowledge Discovery in Databases) foi utilizado para extrair informações da base de dados brutos. Três equações para Floresta Ombrófila Densa e duas para Floresta Ombrófila Aberta foram utilizadas, para árvores de grande porte (DAP ? 30 cm). Os resultados indicaram que estimativas de biomassa a partir da equação de Chambers et al. (2001) apresentaram menores valores de erro padrão e viés, para dados de Floresta Ombrófila Densa. Para dados de Floresta Ombrófila Aberta, melhores resultados foram encontrados nas estimativas a partir da equação de Nogueira et al. (2008) [2]. Pode-se concluir que essas duas equações são as mais indicadas nas estimativas de biomassa e carbono para os dados analisados. Além disso, a análise, limitada a árvores de grande porte, indicou que estas são representativas na composição total dos estoques de biomassa e carbono no bioma Amazônia (~163 Mg.ha-1, para Floresta Densa, comparado a valores da literatura, de 250-350 Mg.ha-1).Referências
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