Influência do primeiro desbaste no crescimento de quatro espécies do gênero Pinus

Palavras-chave: Análise de tronco, Classes diamétricas, Manejo florestal

Resumo

O objetivo deste estudo foi quantificar e comparar a influência do primeiro desbaste nas variáveis dendrométricas de quatro espécies de Pinus spp. no Estado de Santa Catarina. Os povoamentos monitorados comtemplaram as seguintes espécies: Pinus elliottii Engelm var. elliottii, Pinus greggii Engelm, Pinus taeda L., Pinus patula Schlechtd. & Cham. Os dados foram obtidos por meio de censo florestal e análise de tronco completa por classes diamétricas selecionadas pelo método de Sturges. Foram coletados seis discos por árvore nas alturas absolutas de 0,1 e 1,3 m e, também, nas alturas relativas de 25%, 50%, 75% e 100% da altura comercial e diâmetro igual a 8 cm. Para a distribuição diamétrica foi verificada a normalidade dos dados pelo teste de Shapiro-Wilk. As taxas de crescimento da largura dos anéis dos dois anos que antecedem o desbaste nas alturas de 0,1 m, 1,3 m e 25% reduzem para todas as espécies. Nas alturas de 50% e 75% a taxa de crescimento tende a se estabilizar para o mesmo período, com exceção do Pinus elliottii. Em 100% da altura comercial, Pinus elliottii apresentou crescimento superior ao Pinus taeda, aproximadamente, 50% ao comparar. O efeito do desbaste tardio, entre as árvores, teve influência no crescimento para as diferentes espécies estudadas.

Biografia do Autor

Marcos Felipe Nicoletti, Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Professor Adjunto do Curso de Engenharia Florestal da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Lages (SC), Brasil.
Luciano Lambert
Mestre em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Lages (SC), Brasil.
Philipe Ricardo Casemiro Soares, Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Professor do Curso de Engenharia Florestal da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Lages (SC), Brasil.
Girlene da Silva Cruz, Universidade Federal do Paraná - UFPR
Doutoranda em Engenharia Florestal na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba (PR), Brasil.
Bruno Rafael Silva de Almeida, Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO
Doutorando em Ciências Florestais na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Irati (PR), Brasil.

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Publicado
2022-02-21
Seção
Agronegócio