Fluxo de caixa na bovinocultura de corte: um estudo de casos múltiplos em empreendimentos no Estado do Rio Grande do Sul

Ricardo Gonçalves de Faria  Correa; Matheus Dhein  Dill; Vanessa Martins  Pires

doi:10.17765/2176-9168.2022v15n4e9957

Ricardo Gonçalves de Faria Correa Universidade Federal do Rio Grande (FURG) https://orcid.org/0000-0002-1106-7740
Matheus Dhein Dill Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE https://orcid.org/0000-0003-0267-3367
Vanessa Martins Pires Universidade Federal do Rio Grande - FURG https://orcid.org/0000-0002-1220-2254

DOI: https://doi.org/10.17765/2176-9168.2022v15n4e9957

Palavras-chave: Gestão Financeira, Empreendimentos Rurais, Agronegócio

Resumo

O uso do fluxo de caixa para avaliar a viabilidade de projetos de investimentos é frequentemente discutido no setor agropecuário. Todavia, são raras as análises de fluxos de caixa de empreendimentos em operação. Entendendo a importância da gestão financeira nos empreendimentos rurais, este trabalho tem como objetivo elaborar um fluxo de caixa orçado e realizado e discutir as causas das principais variações, tendo como unidades de análise três empresas de bovinocultura de corte estabelecidas no Rio Grande do Sul. Para atingir esse objetivo, uma sistemática de coleta e análise de dados foi construída a partir da metodologia proposta por Kay, Edwards e Duffy (2014). Os resultados obtidos foram discutidos à luz da teoria e relacionados com informações obtidas nas entrevistas com os produtores. Os resultados obtidos contribuem com a literatura do agronegócio, ao evidenciar a sensibilidade das previsões de fluxos de caixa para os empreendimentos rurais, considerando tanto seus sistemas produtivos, quanto fatores mercadológicos. Embora a técnica de fluxo de caixa seja reconhecida como importante pelos produtores, ela ainda é utilizada de forma incipiente, o que denota a importância da discussão sobre essa ferramenta. Em termos gerenciais, a pesquisa contribui ao identificar que o efeito sazonalidade têm sido compensado com a venda de animais no período entressafra; que os produtores costumam adotar critérios objetivos na definição da retirada de pró-labore e do volume de capital de terceiros utilizado; e que menores níveis de variações entre o fluxo de caixa orçado e realizado estão relacionados com a utilização de assessoria técnico-gerencial.

Biografia do Autor

Ricardo Gonçalves de Faria Correa, Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Mestre e Doutor em Engenharia de Produção (PPGEP - UFRGS). Professor no curso de Engenharia de Produção, Escola de Engenharia (EE), Campus Santo Antônio da Patrulha (SAP), Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Brasil.

Matheus Dhein Dill, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE

Doutor em Agronegócios. Professor no Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia (BICT), Departamento Interdisciplinar, Campus Litoral Norte, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Coordenador acadêmico da Incubadora Multissetorial Germina.

Vanessa Martins Pires, Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Mestre em Ciências Contábeis e Doutora em Administração. Professora e Coordenadora Adjunta do Curso de Administração da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Brasil.

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