Produção de soja, consumo de energia elétrica e CO2 evitado com a implantação de sistemas fotovoltaicos: um estudo de caso do Sudeste Goiano
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2024v17n1e11950Palabras clave:
soja, energia elétrica, sistemas fotovoltaicos, CO ₂Resumen
Nos últimos 20 anos, a produção mundial de soja dobrou e o Brasil foi responsável por 52% de toda a soja exportada no mundo na safra 2021-2022. O Estado de Goiás responde sozinho por 14,1 milhões de toneladas de soja e a região Centro-Oeste brasileira foi responsável por 46% da safra nacional de 2021-2022. A produção de soja requer um consumo considerável de energia elétrica. No entanto, é preocupante notar que, em 2021, cerca de 72% da energia elétrica utilizada pelo setor agropecuário brasileiro provinha de fontes não renováveis, como lenha e óleo diesel. Diante deste contexto, o principal objetivo deste estudo é analisar a correlação entre a produção de soja, o consumo de energia elétrica e o potencial de redução das emissões de dióxido de carbono que pode ser alcançado caso os produtores rurais optem por adotar sistemas de energia fotovoltaica. Na avaliação dessa correlação, a análise concentra-se no período de 2005 a 2019, utilizando dados secundários de comprovada confiabilidade. Os resultados obtidos revelam uma forte correlação entre a produção de soja e o consumo de eletricidade no meio rural. Além disso, é possível identificar que a introdução de sistemas de geração fotovoltaica teria evitado a emissão de cerca de 66 toneladas de CO2 durante a safra de 2020 na região do sudeste goiano. Dado o peso da cultura da soja nessa região, esses resultados têm implicações significativas para o planejamento e a gestão de programas de eletrificação rural, bem como para o desenvolvimento de práticas agrícolas mais sustentáveis.Citas
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