Caracterização pós-colheita de espécies de Capsicum spp.
Resumen
A pimenta é uma das especiarias mais consumidas no mundo. Em função da quantidade significativa de genótipos diferentes de pimenta existente no Brasil, é extremamente desejável caracterizá-los quanto à sua qualidade pós-colheita. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar fisiológica, química e fisicamente pimentas do gênero Capsicum. As variedades de pimenta (Capsicum spp.) “pimenta-americana”, “pimenta-bode”, “pimenta-de-cheiro” e pimenta-dedo-de-moça foram obtidas na Ceasa-DF e levadas ao Laboratório de Pós-Colheita da Embrapa Hortaliças, onde foram selecionadas e classificadas. As amostras foram divididas em dois lotes, Um lote foi imediatamente analisado para clorofilas a, b e total e cor (L*a*b*). Outro lote foi armazenado à temperatura ambiente (24±1 °C) e avaliadas a cada uma hora durante 5 horas para atividade respiratória. O teor de clorofila total foi ao redor de 60% maior na pimenta-bode em relação à pimenta-dedo-de-moça. A pimenta-americana e a pimenta-de-cheiro tiveram valores intermediários de clorofila total. Observou-se que a relação entre as clorofilas a/ b foi muito próxima para as variedades pimenta-dedo-de-moça, pimenta-de-cheiro e pimenta-bode, diferindo significativamente da pimenta-americana. Três dos materiais estudados tiveram a relação clorofila a/b próxima a 2,35, valor que indica fruto imaturo, ainda com predominância de cloroplastos. Por outro lado, a pimenta-americana apresentou relação próxima a 1,19, um indicativo de processo avançado de amadurecimento. A relação de cor a*/b*, um indicativo da predominância de cor verde (valor negativo) ou vermelho-alaranjada (valor positivo) foi cerca de 20% maior para a pimenta-americana quando comparada às demais variedades, o que corrobora a baixa relação clorofila a/b verificada para este material. No início do experimento os genótipos pimenta-de-cheiro e pimenta-bode apresentavam atividade respiratória similar, enquanto pimentas-americanas possuíam atividade respiratória 50% menor do que aqueles genótipos. Por outro lado, “pimentas-dedo-de-moça” possuíam evolução de CO2 que era ao redor de 3 vezes maior do que a de “pimentas-de-cheiro” e “pimenta-bode” Ao final do experimento a atividade respiratória das pimentas era estatisticamente idêntica.
Publicado
2008-08-13
Sección
Agronegócio
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