Germinação e sobrevivência de Adenium obdesum (forssk.) (Rosa do Deserto-Apocynaceae) em diferentes substratos
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2021v14n4e8082Palabras clave:
Comércio de flores, Floricultura, Plantas ornamentaisResumen
O extrativismo de plantas ornamentais das florestas no Paraná ocorre desde a década de 70 em função da alta procura dos consumidores durante o período de veraneio. A reversão dessa situação pode estar associada à implantação de cultivos agronômicos de espécies adaptadas à região, o que favoreceria o comércio de plantas exóticas protegendo os estoques das plantas nativas. Neste contexto uma espécie que vem ganhando interesse comercial é a rosa do deserto, porém existem poucos estudos sobre o cultivo dessa espécie no litoral do Paraná. Assim, realizou-se estudo visando avaliar a germinação e sobrevivência de sementes de Adenium obesum em diferentes substratos. Foram testados quatro tipos alternativos de substratos de fácil acessibilidade ao produtor rural e baixo custo: fibra de casca de coco, húmus de minhoca, casca de pinus humificada e solo agrícola peneirado. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado. A espécie apresentou o início da germinação no 4º dia após a semeadura e finalizou aos 19,8 dias sendo as maiores velocidades de germinação observadas para solo agrícola e húmus de minhoca. Dentre os substratos testados, os maiores níveis de sobrevivência após 60 dias da germinação foram observados para casca de pinus humidificada (n = 88%), seguido por húmus de minhoca (84%), fibra de casca de coco (78%) e solo agrícola (n = 36%). O estudo conclui que existe a viabilidade da reprodução da espécie para cultivos agronômicos utilizando substratos de baixo custo e localmente abundantes a base de casca de pinus humidificada, húmus de minhoca e fibra de casca de coco.Citas
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