Análise da ocorrência de coleópteros em fragmento de Mata Atlântica e em dois povoamentos de Eucalyptus urophylla (S. T. Blake), com e sem ação de fogo
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2021v14n3e8415Palabras clave:
Armadilha de impacto, Captura de insetos, Coleobrocas, ScolytinaeResumen
O estudo da ocorrência da entomofauna pode ser indicativo da qualidade ambiental de um ecossistema podendo, inclusive, prever surtos populacionais de insetos nocivos ou mesmo condições de estresse vegetal. Diante disso, este trabalho teve como objetivo analisar a flutuação de coleópteros deterioradores de madeira em fragmento de Mata Atlântica em dois povoamentos de Eucalyptus urophylla S. T. Blake, com e sem ação de fogo. O experimento foi conduzido na Floresta Nacional Mário Xavier, em Seropédica, Rio de Janeiro, durante o período de agosto/2011 a agosto/2012. Foram usadas armadilhas de impacto modelo Carvalho-47, a 1,20 m do solo e uma distância de 50 metros uma da outra, sendo três armadilhas em cada área, totalizando nove armadilhas. As coletas foram realizadas semanalmente, seguidas por identificação em nível de família em laboratório e subfamília para alguns grupos. No povoamento de E. urophylla sob ação de queimada, o número de insetos capturados nas primeiras coletas foi inferior aos demais ambientes avaliados, mas após sete meses da ocorrência da queimada, registrou-se um número superior de insetos, nesta área, em relação às demais, principalmente para a subfamília Scolytinae. No povoamento de E. urophylla que não sofreu ação do fogo, desde as primeiras coletas foi observado um número superior de indivíduos, principalmente da subfamília Scolytinae. O fogo afeta a população de coleobrocas, alterando sua ocorrência.Citas
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