Análise comparativa de oportunidades de aplicação do fator terra no Estado de Goiás

Autores

  • João Paulo Thomazini Universidade Federal de Goiás - UFG
  • Clayton Luiz de Melo Nunes Universidade Federal de Goiás - UFG
  • Klaus de Oliveira Abdala Universidade Federal de Goiás - UFG

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9168.2020v13n1p117-134

Palavras-chave:

Investimento, Terra, Mercado de capitais

Resumo

A incerteza sobre a rentabilidade no setor primário é uma discussão recorrente, dado o elevado custo de oportunidade do fator terra. O presente trabalho analisou comparativamente o investimento em terra para produção de soja em municípios selecionados do Estado de Goiás em relação a outras oportunidades de investimentos no mercado de capitais. O resultado classifica as regiões selecionadas por ordem de rentabilidade acumulada no investimento em terra para produção de soja e evidencia aqueles municípios nos quais este investimento foi mais rentável que os investimentos alternativos, permitindo apresentar considerações sobre a racionalidade do investimento em terras para produção agrícola. Foi possível concluir que as propriedades rurais de todos os nove municípios estudados tiveram seus valores de mercado valorizados acima da inflação, medida pelo IGP-DI. Os municípios de Jataí e Mineiros se destacaram como os que tiveram valorização mais acentuada e Goiatuba, Rio Verde e Santa Helena de Goiás foram os de menor evolução patrimonial, constituindo investimentos menos rentáveis do que qualquer uma das alternativas financeiras.

Biografia do Autor

João Paulo Thomazini, Universidade Federal de Goiás - UFG

Engenheiro Agrônomo UFG-Universidade Federal de Goiás

Clayton Luiz de Melo Nunes, Universidade Federal de Goiás - UFG

Mestre em Economia Aplicada/USP-Universidade de São Paulo Professor adjunto/UFG-Universidade Federal de Goiás Setor de Desenvolvimento Rural – Campus Samambaia –UFG

Klaus de Oliveira Abdala, Universidade Federal de Goiás - UFG

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1994), Mestrado em Agronegócios pela Universidade Federal de Goiás (2005). Atualmente é docente autor da Universidade Federal de Goiás, Doutorado no Programa Interdisciplinar em Ciências Ambientais (CIAMB- UFG-2012) . Tem experiência nas áreas de Gestão e Elaboração de Projetos, Análise de Risco, Agronegócios, Mercados Futuros, Política Agrícola, Desenvolvimento Sustentável, Comercio Exterior, Administração da Produção, Modelagem de Sistemas Ambientais, Sistemas de Informações Geograficas, Economia Ambiental e Agricultura Familiar.

Referências

ABDALA, Klaus de Oliveira.; RIBEIRO, Francis Lee; FERREIRA, Manuel Eduardo. Risco de impactos ambientais gerados pela dinâmica de uso do solo no estado de Goiás: uma abordagem multimétodos. Revista Brasileira de Cartografia, Nº 68/2. Universidade de Brasília. 2016.

ALMEIDA, Patrícia José. Arrendamento e Acesso à Terra no Brasil. p. 272. Tese de Mestrado. Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Campinas, 2002.

BANCO MUNDIAL. Rising global interest in farmland: Can it yield sustainable and equitable benefits? Washington D.C., 07 de setembro de 2010.

GASQUES, José Garcia; BASTOS, Eliana Teles; VALDES, Constanza. Preços da Terra no Brasil. SOBER – Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Economia Rural, 2008.

BILAS, Richard. Teoria Macroeconômica: uma análise gráfica. 5 ed. Rio de Janeiro, Forense-Universitária, 1976. p.168.

CAMARGO Jr., Alceu Salles; NAKAMURA, Wilson Toxiro. Tobin e a Preferência pela Liquidez: Um Estudo Empírico no Brasil. XI SIMPEP – Bauru, São Paulo, nov. 2004.

CERBASI, Gustavo. Investimentos Inteligentes. 1 ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2008.

DELEO, João Paulo; LEGNARO, Álvaro. Gestão de Custos: O controle de gastos é essencial para garantir a renda do bataticultor. Hortifruti Brasil, 2007. Disponível em < http://www.hfbrasil.org.br/br/revista/acessar/capa/especial-batata-o-controle-dos-gastos-e-essencial-para-garantir-renda-ao-produtor.aspx >. Acesso em: 02 nov. 2017.

FGV. IGP-DI. Disponível em: < http://www.portalbrasil.net/igp.htm >. Acesso em: 14 abr. 2017.

FNP Consultoria. Série Histórica de Preço de Propriedades Rurais no estado de Goiás. IEG, Informaecon. São Paulo, 2017.

HARRISON, Fred. The power in the land. Shepheard – Walwyn (Publisherd) Ltd. Londres, 1983.

INFOMONEY. O que é o CDB? InfoMoney. [s.l]: InfoMoney, 2017. Disponível em: < http://www.infomoney.com.br/cdb >. Acesso em: 02 nov. 2017.

LEITE, S. P.; SAUER, Sérgio. Expansão agrícola, preços e apropriação de terra por estrangeiros no Brasil. Rev. Econ. Sociol. Rural vol.50 no.3 Brasília Jul/Sep. 2012.

MARTINI, Marcos Felipe Gomes. Renda fixa versus renda variável: uma análise descritiva entre as rentabilidades dos investimentos. Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013, jul. 2013.

MERCADO & NEGÓCIOS. A valorização das terras no Brasil. Agroanalysis. Dez. 2014. Disponível em: < http://www.agroanalysis.com.br/12/2014/mercado-negocios/investimentos-fundiarios-a-valorizacao-das-terras-no-brasil >. Acesso em 01 jul. 2017.

OLIVEIRA, M. Por que o Ibovespa é um termômetro do mercado? O Estadao de São Paulo, 03 fev. 2015. Disponível em: < http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,por-que-o-ibovespa-e-um-termometro-do-mercado,1628857 >. Acesso em: 17 nov. 2017.

O GLOBO. Petrobras encolheu 85% em valor de mercado desde pico de 2008. Portal G1, Economia, São Paulo, 19 jan. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/01/petrobras-encolheu-85-em-valor-de-mercado-desde-pico-de-2008.html>. Acesso em: 18 nov. 2017.

RAHAL, Clea Santos. A Evolução dos Preços da Terra no Estado de São Paulo: Análise de Seus Determinantes. Escola Superior de Agricultura – ESALQ. Piracicaba, mar. 2003.

REYDON, B. P. Mercados de terras agrícolas e determinantes de seus preços no Brasil: Um estudo de casos. 320 p. Tese de Doutorado. Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1992.

REZENDE, Gervasio C. Crédito Rural Subsidiado e Preço da Terra no Brasil. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, texto- 48. Brasília-DF, dez. 1981. p. 58

SAYAD, J. Preço da terra e mercados financeiros. Instituto de Pesquisa em Econômia Aplicada – IPEA, Brasília-DF, p.623-662, 1977.

SHARPE, Willian F. Capital Asset Prices: A Theory of Market Equilibrium Under Conditions of Risk. Journal of Finance. 19, 3, set. 1964. 425-442.

SILVA, A. S.; REIS, E. A.; LEÃO, L. C. G. Custo de Oportunidade. In: Anais... IV Congresso Brasileiro de Gestão Estratégica de Custos – Belo Horizonte, MG, Brasil, 28 a 30 de novembro e 01 de dezembro de 1997.

TESOURO NACIONAL. Entenda cada título no detalhe. Tesouro Direto. [s.l]: Tesouro Nacional, 2017. Disponível em: < http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-entenda-cada-titulo-no-detalhe#this >. Acesso em: 02 nov. 2017.

TOBIN, J. Liquidity Preference as Behavior Towards Risk. Review of Economics Studies, fev. 1958.

WANDERLEY, Maria de Nazaré Baudel. Capital e propriedade fundiária na agricultura brasileira. In Braz J. Araújo(org.) Reflexões sobre a agricultura brasileira. Rio de Janeiro, Paz e Terra. 1979.

ZAFALON, M. Quebra da soja pode frustrar supersafra. Folha de São Paulo, AgroFolha, 23 mar. 2004. Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2303200431.htm >. Acesso em 15 nov 2017.

Downloads

Publicado

2020-02-20

Como Citar

Thomazini, J. P., Nunes, C. L. de M., & Abdala, K. de O. (2020). Análise comparativa de oportunidades de aplicação do fator terra no Estado de Goiás. Revista Em Agronegócio E Meio Ambiente, 13(1), 117–134. https://doi.org/10.17765/2176-9168.2020v13n1p117-134

Edição

v. 13 n. 1 (2020): jan./mar.

Seção

Agronegócio

Licença

A Revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.

Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizado pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution Licença Creative CommonsCreative Commons Atribuição 4.0 Internacional. São permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remixar, transformar, e criar a partir do trabalho, mesmo para fins comerciais), desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.