AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO BULLYING DE ACADÊMICOS DO CURSO DE PEDAGOGIA

  • Karen de Azevedo Coutinho Universidade Estadual de Maringá - UEM
  • Solange Franci Raimundo Yaegashi Universidade Estadual de Maringá - UEM
  • Luciane Guimarães Batistella Bianchini Unopar
  • Rute Grossi Milani Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR
  • Regiane da Silva Macuch Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR
Palavras-chave: Representações Sociais, Senso Comum, Bullying, Saúde escolar, Formação de Professores

Resumo

O presente estudo teve como objetivo compreender as representações sociais sobre o bullying, compartilhadas pelos acadêmicos do curso de Pedagogia de uma universidade pública do Paraná. Justificamos este estudo pela necessidade de compreender a conceituação do bullying pelos acadêmicos desse curso, futuros professores, visando contribuir com a formação dos novos profissionais da Educação na ampliação de conhecimentos relativos à temática. Como suporte teórico-metodológico, foi adotada a Teoria das Representações Sociais (TRS), a qual permite investigar como se forma o funcionamento dos sistemas de referência utilizados para classificar pessoas e grupos e para interpretar os acontecimentos da realidade cotidiana. Participaram do estudo 12 turmas do curso de Pedagogia, totalizando 261 participantes. Além da investigação proposta, baseada num sistema de classificação do método, também foi utilizado o instrumento denominado Teste de Associação Livre de Palavras, para a validação dos objetos representados pela população investigada, com a criação das categorias, via OME (Ordem Média de Evocações) e frequência de evocações (f). Os resultados das duas evocações: “Bullying é” e “Bullying pode levar a vítima a” revelaram que os participantes da pesquisa conceituam bullying ancorando seus conhecimentos sobre o tema na mídia e no senso comum, ou seja, para eles o bullying é uma forma de agressão (física, verbal ou moral) que se utiliza de maldade e crueldade com o intuito de desrespeitar, humilhar e excluir outros mais fracos. Foi possível compreender, por meio da identificação das representações sociais dos acadêmicos de Pedagogia que se faz necessária a conscientização/sensibilização dos mesmos, por meio de palestras, Workshops, cursos nas escolas, nas universidades e em centros de apoio à criança, a fim de promover discussões acerca do assunto, de maneira que essas discussões podem estar vinculadas a outras áreas de ensino como Psicologia, Medicina e Enfermagem, já que este fenômeno acarreta prejuízos físicos e psicológicos. Sugere-se, ainda, a realização de trabalhos em grupo (com a finalidade de aproximar os pares), bem como o trabalho com o teatro, por meio do lúdico, pode-se possibilitar à criança expressar simbolicamente o que foi reprimido, expor seus sentimentos, a insegurança, a frustração e a agressividade, permitindo, assim, a conscientização deste ato de violência.

Biografia do Autor

Karen de Azevedo Coutinho, Universidade Estadual de Maringá - UEM
Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). É Professora do Ensino Fundamental I na rede particular de ensino e do Instituto Superior de Educação do Paraná (FAINSEP).
Solange Franci Raimundo Yaegashi, Universidade Estadual de Maringá - UEM
Mestrado e Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Pós-Doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). É Professora Associada do Departamento Teoria e Prática da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Luciane Guimarães Batistella Bianchini, Unopar
Mestrado em Educação (UEL), Doutorado em Psicologia (UNESP) e Pós-Doutorado em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP-Assis). É Professora do Programa de Pós-Graduação em Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias da Unopar.
Rute Grossi Milani, Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR
Doutorado em Medicina (USP/Ribeirão Preto). Docente Titular no Departamento de Psicologia e nos Programas de Mestrado em Promoção da Saúde e Tecnologias Limpas do Centro Universitário de Maringá. Pesquisadora do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICETI), Maringá (PR), Brasil.
Regiane da Silva Macuch, Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR
Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Doutorado em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal (FPCEUP) e Pós-Doutorado em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal (FPCEUP). Atualmente é Professora Titular dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu Em Promoção da Saúde e em Gestão do Conhecimentos nas Organizações do Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR).

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Publicado
2017-12-20
Seção
Artigos Originais