PERCEPÇÃO DE PROFESSORES SOBRE ACESSIBILIDADE PARA ESTUDANTES AUTISTAS NO ENSINO SUPERIOR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17765/1516-2664.2021v26n1p115-127

Palavras-chave:

Acessibilidade, Autismo, Ensino superior, Professores

Resumo

Este artigo analisa as condições de acessibilidade de estudantes com autismo no ensino superior a partir da percepção de professores(as). A pesquisa qualitativa, optou pelo questionário online como técnica de coleta de informações, com questões aberta e fechadas. Participaram dez professores(as) de estudantes com autismo matriculados em suas disciplinas de graduação. A análise dos dados teve como base a análise de conteúdo. Os resultados evidenciaram ações dos docentes voltadas à acessibilidade para os estudantes com autismo se centram mais na dimensão metodológica do que na atitudinal. Destacam a importância do diagnóstico e a tendência tê-lo como determinante da ação pedagógica. Denunciam as condições imposta pelas IES, como o número alto de estudantes por turma e as demandas cotidianas na instituição, os quais dificultam o trabalho docente.

Biografia do Autor

Solange Cristina da Silva, Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Doutora em Psicologia e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis (SC), Brasil.

Daniela Ribeiro Schneider, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), São Paulo (SP); Professora titular do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis (SC), Brasil.

Referências

ANDERSON, A. H.; STEPHENSON, J.; CARTER, M. A systematic literature review of the experiences and supports of students with autism spectrum disorder in post-secondary education. Research in Autism Spectrum Disorders, [s. l.], v. 39, p. 33-53, 2017. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1750946717300521. Acesso em: 27 maio 2017.

APA – AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual de transtornos mentais DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. v. 1. Disponível em: http://c026204.cdn.sapo.io/1/c026204/cld-file/1426522730/6d77c9965e17b15/b37dfc58aad8cd477904b9bb2ba8a75b/obaudoeducador/2015/DSM V.pdf. Acesso em: 27 maio. 2017.

ARAI, A. A.; NUERNBERG, A. H. Investigando as barreiras e facilitadores para inclusão dos estudantes com autismo no ensino superior. Florianópolis, 2016.

ASHBY, C. Disability studies and inclusive teacher preparation: a socially just path for teacher education. Research and Practice for Persons with Severe Disabilities, v. 37, n. 2, p. 89-99, 2012. Disponível em: http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/154079691203700204. Acesso em: 27 set. 2019.

BOCK, G. L. K.; GESSER, M.; NUERNBERG, A. H. O desenho universal para aprendizagem como um princípio do cuidado. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 32 (Publicação Contínua), p. 1-18, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/34504/html_1. Acesso em: 20 jun. 2017.

BRASIL. Lei no 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 jul. 2015, p. 2. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 28 maio 2017.

CAMPBELL, F. K. Inciting Legal Fictions: "Disability's” date with Ontology and the Ableist Body of Law. Griffith University, v. 10, n. 1, p. 42-62, 2001. Disponível em: http://hdl.handle.net/10072/3714. Acesso em: 23 abr. 2018.

DAVIS, L. J. Constructing normalcy: the bell curve, the novel, and the invention of the disabled body in the nineteenth century. In: DAVIS, Lennard J. The disability studies reader. 2. ed. New York: Routledge, 2006. p. 3-16.

DINIZ, Debora. O que é deficiência. São Paulo: Brasiliense, 2007. (Coleção Primeiros Passos).

GARCIA, R. de A. B. Acessibilidade no ensino superior na perspectiva de alunos com deficiência: contribuições da Psicologia Escolar a luz da Teoria Histórico-Cultural. 2016. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2016.

GAUDENZI, P.; ORTEGA, F. Problematizando o conceito de deficiência a partir das noções de autonomia e normalidade. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 10, p. 3061-3070, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232016001003061&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 11 maio 2019.

GELBAR, N.; SMITH, I.; REICHOW, B. Systematic review of articles describing experience and supports of individuals with autism enrolled in college and university programs. Journal of Autism and Developmental Disorders, v. 44, n. 10, p. 2593-2601, 2014. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24816943. Acesso em: 27 maio 2017.

MASATAKA, N. Implications of the idea of neurodiversity for understanding the origins of developmental disorders. Physics of Life Reviews, v. 20, p. 85–108, 2017. Disponível em: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1571064516301361 . Acesso em: 1 maio. 2018.

MASCARENHAS, L. T.; MORAES, M. Desafios e invenções tecidas entre formações de professores e inclusão nas escolas públicas regulares brasileiras. In: MORAES, Marcia;

MARTINS, Bruno Sena; FONTES, Fernando; MASCARENHAS, Luiza Teles. (orgs.). Deficiência em questão: para uma crise da normalidade. Rio de Janeiro: NAU, 2017. p. 10-20.

ORTEGA, F. Deficiência, autismo e neurodiversidade. Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, n. 1, p. 67-77, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232009000100012. Acesso em: 09 jun. 2017.

POKER, R. B. et al. Inclusão no ensino superior: a percepção de docentes de uma instituição pública do interior do estado de São Paulo. Psicologia Escolar e Educacional, SP. Edição especial, p. 127–134, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/2175-3539/2018/010. Acesso em: 24 jul. 2018.

ROBERTSON, S. M. Neurodiversity, quality of life, and autistic adults: shifting research and professional focuses onto real-life challenges. Disability Studies Quarterly, v. 30, n. 1, p. 21, 2010. Disponível em: http://dsq-sds.org/article/view/1069/1234. Acesso em: 09 jun. 2017.

RUIZ-OLABUÉNAGA, J. I. Metodología de la investigación cualitativa. 5. ed. Bilbao: Universidad de Deusto, 2012

STRAND, L. R. Charting relations between intersectionality theory and the neurodiversity paradigm. Disability Studies Quarterly, [s. l.], v. 37, n. 2, p. 21, 2017. Disponível em: http://dsq-sds.org/article/view/5374. Acesso em 27 dez. 2017.

TOOR, N.; HANLEY, T.; HEBRON, J. The facilitators, obstacles and needs of individuals with autism spectrum conditions accessing further and higher education: a systematic review. Journal of Psychologists and Counsellors in Schools, v. 26, n. 2, p. 166–190, 2016. Disponível em: https://www.cambridge.org/core/product/identifier/S2055636516000215/type/journal_article. Acesso em 27 dez. 2017.

Downloads

Publicado

2021-06-30

Como Citar

Cristina da Silva, S. ., & Ribeiro Schneider, D. . (2021). PERCEPÇÃO DE PROFESSORES SOBRE ACESSIBILIDADE PARA ESTUDANTES AUTISTAS NO ENSINO SUPERIOR . Revista Cesumar – Ciências Humanas E Sociais Aplicadas, 26(1), 115–127. https://doi.org/10.17765/1516-2664.2021v26n1p115-127

Edição

v. 26 n. 1 (2021): jan./jun.

Seção

Artigos Originais

Licença

A Revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.

Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizado pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution Licença Creative CommonsCreative Commons Atribuição 4.0 Internacional. São permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remixar, transformar, e criar a partir do trabalho, mesmo para fins comerciais), desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.