Epidemiological profile of leishmaniasis notifications in the Pernambuco state in Brazil from 2015-2019

Palavras-chave: Epidemiologia, Leishmaniose, Leishmaniose tegumentar americana, Leishmaniose visceral, Pernambuco

Resumo

Aqui, fornecemos uma análise epidemiológica da leishmaniose em Pernambuco, Brasil, de 2015 a 2019. Nossos resultados revelaram 1.705 casos de leishmaniose tegumentar americana-LTA e 859 casos de leishmaniose visceral-LV. LV e LTA afetam crianças de 1 a 4 anos (23% e 3,2% dos casos, respectivamente) e adultos de 20 a 39 anos (26% e 28%, respectivamente), principalmente mulheres. O maior percentual (54,6%) de casos de LV foi encontrado na área urbana, enquanto LTA ocorreu principalmente na área rural (63,2%). Indivíduos com maior escolaridade foram menos acometidos pela leishmaniose e dados de prognóstico revelaram boas chances de cura clínica, mas óbitos ainda são registrados. Esses dados mostram que ações preventivas de saúde devem ser desenvolvidas para impedir a disseminação da leishmaniose, reduzir seu impacto na saúde pública e restaurar a qualidade de vida da população. Este estudo pode ser útil na elaboração de estratégias para minimizar os impactos da leishmaniose.

Biografia do Autor

Welton Aaron de Almeida , Universidade Federal Rural de Pernambuco
Discente de Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal (PPGBA) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife (PE), Brasil.
Lucas Gabriel Pita dos Santos, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
Bacharel em Ciências Biológicas, Discente de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal (PPGBA) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife (PE), Brasil.
Talyta Naldeska da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
Bacharela em Ciências Biológicas, Discente de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife (PE), Brasil.
Lidiane Pereira de Albuquerque, Universidade Federal do Piauí - UFPI
Doutora em Bioquímica e Fisiologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professora Adjunta do Departamento de Bioquímica e Farmacologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina (PI), Brasil.
Emmanuel Viana Pontual, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
Doutor em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife (PE), Brasil. Professor Adjunto do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal (PPGBA) da UFRPE. Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (PPGCB) da UFPE. Docente Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Fisiologia - PPGBqF da UFPE. Coordenador do Centro de Apoio à Pesquisa - CENAPESQ da UFRPE.

Referências

1. Herrera G, Barragán N, Luna N, Martínez D, Martino F, Medina J, et al. Na interactive database of Leishmania species distribution in the Americas. Sci Data. 2020;7(1):1-7.

2. Franssen SU, Durrant C, Stark O, Moser B, Downing T, Imamura H, et al. Global genome diversity of the Leishmania donovani complex. Elife 2020;9:e51243.

3. World Health Organization (WHO). Leishmaniasis fact sheet. Geneva: WHO; 2021 [updated 2021 June 15; cited 2022 Abr 5]. Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/leishmaniasis

4. Boaz R, Corberán-Vallet A, Lawson A, Lima Jr FEF, Donato LE, Alves RV, et al. Integration of animal health and public health surveillance sources to exhaustively inform the risk of zoonosis: An application to visceral leishmaniasis data in Brazil. Spat Spatiotemporal Epidemiol. 2019; 29:177-85.

5. Guedes DL, Justo AM, Barbosa Jr WL, Silva EDD, Aquino SRD, Lima Jr MSD, et al. Asymptomatic Leishmania infection in HIV-positive outpatients on antiretroviral therapy in Pernambuco, Brazil. PLoS Negl Trop Dis. 2021;15(1):e0009067.

6. Rocha ICM, Santos LHM, Coura-Vital W, Cunha GMR, Magalhães FDC, Silva TAM, et al. Effectiveness of the Brazilian Visceral Leishmaniasis Surveillance and Control Programme in reducing the prevalence and incidence of Leishmania infantum infection. Parasit Vectors, 2018; 11(1):1-12.

7. Menon SS, Rossi R, Nshimyumukiza L, Zinszer K. Decentralized control of human visceral leishmaniasis in endemic urban areas of Brazil: a literature review. Trop Med Health, 2016; 44(1):1-9.

8. Lacerda AFA, Oliveria DS, Salomão JVF, Oliveira LGR, Monte-Alegre A, Santos JYG, et al. Clinical, epidemiological and transmission cycle aspects of leishmaniasis urbanization in Barreiras, Bahia, Brazil. Spat Spatiotemporal Epidemiol, 2021;36:100395.

9. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços - Guia de Vigilância em Saúde. 1a edição. Brasília : MS, 2016. 27p

10. Hong A, Zampieri RA, Shaw JJ, Floeter-Winter LM, Laranjeira-Silva MF. One health approach to leishmaniases: understanding the disease dynamics through diagnostic tools. Pathogens, 2020;9(10):809.

11. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis: Manual De Vigilância Da Leishmaniose Tegumentar. 1a edição. Brasília: MS, 2017. 34p.

12. Silva J, Queiroz A, Moura I, Sousa RS, Guimarães LH, Machado PRL, et al. Dynamics of American tegumentary leishmaniasis in a highly endemic region for Leishmania (Viannia) braziliensis infection in northeast Brazil. PLoS Negl Trop Dis, 2017;11(11):e0006015.

13. World Health Organization (WHO). Control of the leishmaniases. World Health Organization technical report series 949, Geneva: WHO; 2010. 22-26 p.

14. Bates PA, Depaquit J, Galati EA, Kamhawi S, Maroli M, McDowell MA, et al. Recent advances in phlebotomine sand fly research related to leishmaniasis control. Parasit Vectors, 2015;8(1):1-8.

15. Brito MEF, Andrade MS, Dantas-Torres F, Rodrigues EH, Cavalcanti MP, Almeida AM, et al. Cutaneous leishmaniasis in northeastern Brazil: a critical appraisal of studies conducted in State of Pernambuco. Rev Soc Bras Med Trop. 2012;45(4):425-9.

16. Ministério da Saúde (MS); Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico: Doenças tropicais negligenciadas. Edição especial. Brasilia: MS, 2021. 62 p.

17. Shepard Z, Rios M, Solis J, Wand T, Henao-Martínez AF, Franco-Paredes C, et al. Common Dermatologic Conditions in Returning Travelers. Curr Trop Med Rep, 2021;8(2):104-11.

18. Paniz‐Mondolfi AE, Talhari C, Bustos MFG, Rosales T, Villamil‐Gomez WE, Marquez M, et al. American cutaneous leishmaniasis in infancy and childhood. Int J Dermatol, 2017;56(12):1328-1341.

19. Pena HP, Belo VS, Xavier‐Junior JCC, Teixeira‐Neto RG, Melo SN, Pereira DA, et al. Accuracy of diagnostic tests for American tegumentary leishmaniasis: a systematic literature review with meta‐analyses. Trop Med Int Health, 2020;25(10):1168-1181.

20. Akbari M, Oryan A, Hatam G. Immunotherapy in treatment of leishmaniasis. Immunol Lett, 2021;233:80-86.

21. Chaurasia M, Pawar VK, Jaiswal AK, Dube A, Paliwal SK, Chourasia MK. Chondroitin nanocapsules enhanced doxorubicin induced apoptosis against leishmaniasis via Th1 immune response. Int J Biol Macromol, 2015;79:27-36.

22. Machado CAL, Sevá AP, Dantas TF, Horta, MC. Spatial analysis and epidemiological profile of visceral leishmaniasis, northeastern Brazil: A cross-sectional study. Acta Trop, 2020; 208:105520.

23. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Brasil; PNAD: 2021 [updated 2021 Dez 15; cited 2022 Abr 5]. Disponível em: https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/ indicadoresminimos/conceitos.shtm

24. Medeiros RM, Holanda RM, & Viana MA, Silva VP. Climate classification in Köppen model for the state of Pernambuco-Brazil. Revista de Geografia (Recife), 2018; 35(3):229-234.

25. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços - Guia de Vigilância em Saúde. 3ª edição. Brasília: MS, 2019. 45 p

26. Barbosa IR, Costa ICC. Aspectos clínicos e epidemiológicos da leishmaniose visceral em menores de 15 anos no estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Sci Med, 2013; 23(1):5-11.

27. Batista FMA, Machado FFOA, Silva JMO, Mittmann J, Barja PR, Simioni AR. Leishmaniose: perfil epidemiológico dos casos notificados no estado do Piauí entre 2007 e 2011. Revista Univap, 2014;20(35):44-55.

28. Chappuis F, Sundar S, Hailu A, Ghalib H, Rijal S, Peeling RW, et al. Visceral leishmaniasis: what are the needs for diagnosis, treatment and control?. Nat Rev Microbiol, 2007;5(11):873-882.

29. Lee BY, Bacon KM, Shah M, Kitchen SB, Connor DL, Slayton RB. The economic value of a visceral leishmaniasis vaccine in Bihar state, India. Am J Trop Med Hyg, 2012;86(3):417

30. Guerra JADO, Barbosa MDGV, Loureiro ACDSP, Coelho CP, Rosa GG, Coelho LIDADCR. Leishmaniose tegumentar americana em crianças: aspectos epidemiológicos de casos atendidos em Manaus, Amazonas, Brasil. Cad Saude Publica, 2007;23:2215-2223.

31. Ximenes MF, Silva VP, Queiroz PV, Rego MM, Cortez AM, Batista LM, et al. Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) e leishmanioses no Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil: reflexos do ambiente antrópico. Neotrop Entomol, 2007;36:128-37.

32. Dantas-Torres F, Brandão-Filho, Sinval P. Expansão geográfica da leishmaniose visceral no Estado de Pernambuco. Rev Soc Bras Med Trop, 2006; 39: 352-356.

33. Machado CAL, Sevá AP, Dantas TF, Horta, MC. Spatial analysis and epidemiological profile of visceral leishmaniasis, northeastern Brazil: A cross-sectional study. Acta Trop, 2020; 208:105520.

34. Ministério da Saúde (MS). Manual de vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana. 2a Edição.Brasília: MS, 2010. 180 p

35. Marchi MNA, Caldart ET, Martins FDC, Freire RL. Spatial analysis of leishmaniasis in Brazil: a systematized review. Rev Inst Med Trop São Paulo [online], 2019; 61:e68.

36. Pan American Health Organizationworld Health Organization (PAHO). Leishmaniasis. Epidemiological Report of the Americas. Report Leishmaniasis nº 9. Washington, 2020.

37. Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Plano estadual de saúde: Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico. 1a Edição. Pernambuco: Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, 2016. 283 p.

38. Negrão GN, Ferreira MEMC. Considerações sobre a leishmaniose tegumentar americana e sua expansão no território brasileiro. Rev Percurso, 2014;6(1):147-168.

39. Vale EC, Furtado T. Leishmaniose tegumentar no Brasil: revisão histórica da origem, expansão e etiologia. An Bras Dermatol, 2005;80:421-8.

40. Teles CBG, Medeiros JF, Santos APA, Freitas LAR, Katsuragawa TH, Cantanhêde LM, et al. Molecular Characterization of American Cutaneous Leishmaniasis in the tri-border area of Assis Brasil, Acre State, Brazil. Rev Inst Med Trop São Paulo. 2015;57(4):343-7.

41. Basano SA, Camargo LMA. Leishmaniose tegumentar americana: histórico, epidemiologia e perspectivas de controle. Rev Bras Epidemiol, 2004;7(3):328-37.

42. Almeida CP, Cavalcante FRA, Moreno JDO, Florêncio CMGD, Cavalcante KKDS, Alencar CH. Leishmaniose visceral: distribuição temporal e espacial em Fortaleza, Ceará, 2007-2017. Epidemiol Serv Saude, 2020;29.

43. Ministério da Saúde (MS). Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8a Edição.Brasília: MS, 2010. 22 p

44. Vasconcelos PP, Araújo NJ, Rocha FJS. Ocorrência e comportamento sociodemográfico de pacientes com leishmaniose tegumentar americana em Vicência, Pernambuco, no período de 2007 a 2014. Semina cienc biol saude, 2017;38(1):105-114.

45. Aliaga L, Cobo F, Mediavilla JD, Bravo J, Osuna A, Amador JM, et al. Localized mucosal leishmaniasis due to Leishmania (Leishmania) infantum: clinical and microbiologic findings in 31 patients. Medicine, 2003;82(3):147-58.

46. Ministério da Saúde (MS). Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral. 2014 [updated 2014 Dez 10; cited 2022 Abr 5] Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_leishmaniose_visceral_1edicao.pdf.

47. Ministério da Saúde (MS). Situação epidemiológica da Leishmaniose Visceral. 2022 [updated 2022 May 16; cited 2023 Mar 12]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/leishmaniose visceral/situacao-epidemiologica-da-leishmaniose-visceral.

48. Fernandes ACBS, Pedroso RB, Venazzi EAS, Zanzarini PD, Aristides SMA, Lonardoni, MVC, et al. American cutaneous leishmaniasis with unusual clinical presentation and response to treatment. Rev Inst Med Trop São Paulo., 2016;58.

Publicado
2023-06-30
Seção
Artigos Originais